quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Um grande colecionador em Araucária

Foto: Arquivo Mário J. Gondek

O leitor Mário José Gondek envia artigo publicado pela jornalista polaca Dominika Mierzwa, na revista "Wiedza i Zycie" de Varsóvia.

Milhões de pares de olhos, asas e barbatanas. Libélulas, besouros e borboletas, tamanduás, capivaras, cangurus. Trazidos para a Polônia durante 190 anos, vindos de todo o mundo. É uma das maiores coleções zoológicas da Europa. Atualmente aos cuidados do Museu e Instituto de Zoologia da Academia Polaca de Ciências em Varsóvia. Devemos uma parte considerável desta coleção a Józef Czaki.
É 11 de maio de 1934. Chega ao porto de Gdańsk o navio Dar Pomorza. Entre os passageiros estão os membros da expedição polaca naturalista, Wencesław Roszkowski – diretor do Museu Zoológico Nacional em Varsóvia e Janus Nasta – funcionário do museu. O meio científico aguarda com ansiedade a chegada do navio. As coleções naturalistas polacas serão enriquecidas com a chegada de exemplares únicos de plantas e animais da América do Sul, entre os quais milhares de insetos, répteis, pássaros e mamíferos acondicionados, fruto de 10 anos de trabalho de Józef Czaki, médico polaco residente no Brasil.
A sua generosidade com o meio naturalista polaco já era conhecida a tempo. Em janeiro de 1922, durante a expedição científica de Tadeusz Chrostowski ao Brasil, o doutor Czaki apresentou em torno de 20 mil amostras zoológicas – além das exposições da América do Norte, espécimes da Europa a muito tempo guardadas e conservadas. As coleções trazidas a Gdańsk no navio Lwów em março de 1924, levaram um ano para chegar a Varsóvia. A coleção do doutor Czaki era composta por aproximadamente 22 mil insetos, entre os quais 10 mil borboletas, 300 crustáceos, miriápodes, aracnídeos, 100 equinodermos, 200 moluscos marítimos, 100 peles de pássaros e outros vertebrados. Além disso, coleções botânicas, minerais, etnográficas e arqueológicas. O seu valor na época foi avaliado em 300 mil dólares.

Quem foi o doador?
Józef Czaki nasceu a 21 de dezembro do ano de 1857 em Sanniki. Os seus pais Jan e Joanna (da família Noskowski), obrigados a abandonar o país na época do levante do ano de 1863, entregaram o sexto filho aos cuidados da família mais próxima. Foi criado na aldeia “Rokitnica pod Brodnica”, na casa dos seus tios Niemojewski, juntamente com o filho Andrzej.
Aproximadamente pelo ano de 1877 viajou para Varsóvia para estudar medicina.
Nos anos de 1884 a 1886 praticou medicina nos hospitais de Varsóvia, e nos 10 anos seguintes trabalhou como médico em Sokołowka, Wapniarka e Balt na Podólia. Já naquela época organizava exposições naturalistas. A coleção entomológica desta época bem como as seguintes de vertebrados marítimos do Mar Negro e do Extremo Oriente ofereceu ao Museu da Indústria e Agricultura de Varsóvia.
Em 1895, Czaki assumiu o cargo de médico na Frota Comercial Russa. Trabalhou em Odessa, em Vladivostok bem como em Harbin. Em seguida foi designado para Manchúria, trabalhando como médico na construção da estrada de ferro transiberiana. O levante chinês dos boxers (1899-1901) encontrou Czaki em Djungari, onde foi testemunha contra a dinastia dominante Qing.
A situação piorou ainda mais com o estouro da epidemia da peste bubônica, a qual ceifou a vida de milhares de moradores da Manchúria e da China. Os restos mortais das pessoas eram enterrados ou queimados juntamente com os animais. Poucos médicos, entre os quais Czaki, examinavam os doentes e os mortos com a intenção de descobrir as causas da epidemia. Depois de alguns meses, quando a peste foi controlada, tinham morrido aproximadamente mil trabalhadores da estrada de ferro transiberiana.
Em 1906, Czaki foi preso por ter participado no levante revolucionário da Manchúria. Neste mesmo ano – depois de alguns meses de prisão – fugiu para o Japão, e dois anos mais tarde para os Estados Unidos. Relatou estes acontecimentos no livro “Lembranças da Manchúria”, cujo manuscrito enviado para o redator polaco, extraviou-se no ano de 1939.
A partir do ano de 1908, Czaki morou em Chicago, onde exerceu atividades médicas e educacionais entre a imigração polaca. Neste mesmo ano reconheceu o seu diploma de médico. Foi colaborador do “Diário do Povo”, membro da Comissão de Defesa Nacional e também co-fundador da Universidade Popular Polaca, em Chicago, onde lecionou durante seis anos. Ofereceu as numerosas coleções naturais recolhidas durante a estadia nos EUA, ao museu polaco em Chicago.
No ano de 1914, mudou-se para o Brasil. Morou consecutivamente em Curitiba, Ivaí, Cândido de Abreu, Ponta Grossa, Marechal Mallet. Finalmente fixou moradia em Araucária, onde além do trabalho médico, exercia atividades educacionais e culturais naquela comunidade polaca. Os resultados de seus trabalhos eram apresentados na imprensa polaca local e em periódicos educacionais.
Conduziu também pesquisas intensas em herpetologia. Mantinha contatos com cientistas brasileiros do Rio de Janeiro e de São Paulo, especialmente com o doutor Vital Brasil (fundador do Instituto Butantã em São Paulo), o qual fazia pesquisas com o soro contra picadas de cobras venenosas. Vital Brasil introduziu, entre outros, o emprego do soro do tipo antibotrópica contra picadas p.ex. de jararacas e surucucus e do soro anticrotálica (usado nos casos de picadas de cascavéis). Czaki, além de obter espécimes de cobras venenosas, ocupava-se igualmente com a atividade educacional – publicou nos anos de 1920-1929 o “Tratado popular sobre as serpentes e animais causadores de algumas doenças”, “Como lidar em situações desastrosas e como proceder, a fim de evitar as doenças” e “O que deveríamos saber sobre as serpentes da América do Sul”.
Enviou numerosos espécimes de répteis para o Museu Zoológico Nacional em Varsóvia. Em maio de 1928 recebeu o título honorário de correspondente deste museu. Durante a sua estadia no Brasil, Czaki conquistou um grande reconhecimento pela ajuda médica durante a epidemia de cólera em Uniao da Vitória, reconhecimento pela criação da escola da Casa do Povo (Dom Ludowy) e da Sociedade Atirador (Stowarzyszenie Strzelec) em Araucária. Foi agraciado pela Cruz dos Cavaleiros da Ordem do Renascimento da Polônia, pelas suas atividades sociais entre a imigração.
No final da vida, escreveu ainda alguns trabalhos educacionais, entre os quais, “O que diz a biologia sobre a vida e a morte?”, “A higiene nos países tropicais” bem como “O que pode influenciar no desenvolvimento sexual dos recém-nascidos?”. Trabalhos que deveriam ser publicados em revistas educacionais polacas, não chegaram até o leitor. A segunda guerra mundial rompeu toda a atividade educacional na Polônia, bem como os contatos de Czaki com a pátria natal. Já no final da vida escreveu ainda dois trabalhos: “Por que morremos?” bem como “Aspiração a uma vida longa”, no entanto não foram igualmente publicados e os manuscritos se perderam.
No ano de 1947, chegou até a residência de Czaki, a informação procedente do funcionário do Museu de Zoologia Stanisław Feliksiak sobre o incêndio, o qual estourou no edifício do Museu de Zoologia no ano de 1944. Perdeu-se uma grande parte das coleções, tanto da biblioteca quanto do museu, e o que parece a maior parte das coleções de Czaki. O que há de verdade nisto, não podemos saber ao certo. Se os espécimes foram realmente destruídos pelo incêndio, ou talvez roubados? É intrigante, por exemplo, que os besouros foram preservados, e não as atraentes borboletas, ou então que não resistiram ao incêndio os espécimes minerais resistentes ao fogo. E por que a carta chegou ao Brasil somente três anos após o incêndio? Em todo caso, Józef Czaki não ficou sabendo sobre a perca do patrimônio de toda uma vida. Faleceu no dia 23 de maio do ano de 1946 em Araucária.

DOMINIKA MIERZWA, Museu e Instituto de Zoologia, Academia Polaca de Ciências.
MÁRIO JOSÉ GONDEK, Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de Araucária.
ANDRZEJ SZYMKOWIAK, Instituto Nacional de Geologia.
Os autores agradecem pela colaboração do Cônsul Geral da República da Polônia no Brasil, Jacek Perlin e a Rizio Wachowicz, presidente da organização polônica BRASPOL.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Cracóvia vestida de branco à tarde

Foto: Ulisses Iarochinski

Embora a imprensa internacional venha noticiando que este é um dos invernos mais rigorosos do hemisfério Norte dos últimos anos, a verdade é que a temperatura deste inverno não tem sido tão diferente dos últimos três anos em Cracóvia. tem ficado entre -5º a +2º. Em que pese estar coberta de branco há semanas, a cidade continua agradável. É possível tomar uma cerveja Okocim, ou Warka (7% de álcool) às 16 horas, num dos muitos bares do Rynek e imediações. Esta foto foi tirada às 16:30 horas da tarde. Já é noite, sim! e a neve está caindo em grandes flocos. Mas a temperatura está em 2 negativos. Claro que dias atrás andou fazendo 25 negativos e até 30 negativos nas montanhas da região... mas na cidade continua agradável.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Socorro polaco no Haiti



Fotos: Tomasz Wiech

No sábado, médicos voluntários da Missão Polaca de Medicina, embarcaram um hospital de campanha para ser transportado esta segunda-feira ao Haiti.
Os médicos polacos que estão viajando para Port-au-Prince são cirugiões, anestesiologistas, além de enfermeiros e socorristas. Já se encontram no Haiti bombeiros de Nowa Huta, bairro de Cracóvia, no trabalho de resgate de vítimas em meio a escombros causados por uma das maiores tragédias na natureza no continente americano.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Brasil Polônia - Três comemorações em 2010

Belwedere em Varsóvia - Palácio Presidencial da Polônia 1920

Depois de aparecer no cenário mundial, pós Idade Média como a grande República das duas Nações, juntamente com a Lituânia, a Polônia, em 1792, foi invadida e ocupada, teve seus filhos dizimados e sua cultura ultrajada por 127 anos por russos, austríacos e prussos (os atuais alemães). Tudo por que ousou naquele mundo monárquico e tirano, propor uma Constituição para sua República, em 3 de maio de 1791. A segunda constituição do mundo moderno e a primeira da Europa daqueles tempos de reis hereditários. Um absurdo e mau exemplo, diziam seus poderosos vizinhos. Má conduta, inclusive, por parte da nobreza polaca que se opunha a Constituição e buscou ajuda nos inimigos da Pátria polaca, conflagrando assim a Confederação Targowica.
Aquela República de 1453, que estendia seus domínios do mar Báltico ao mar Negro, que libertou a Europa do perigo turco-otomano, no cerco de Viena; que venceu e subjugou o Principado de Moscou, em 1612; que inspirou norte-americanos e franceses na criação de suas repúblicas, no século 18; tinha sobrevivido por mais de três séculos.
Mas penou e chorou muito, principalmente no século 19, ao ver seus filhos emigrarem aos milhões para outros cantos do planeta. Gente de pele, cabelos e olhos claros que viajaram muitas léguas marinhas para colonizar terras dos Estados Unidos e do Brasil.
Foi neste período de abandono forçado de sua terra, que muitos polacos lutaram pela volta da Polônia ao mapa dos Estados europeus. Entre eles, o pianista, Fryderyk Chopin, o poeta Adam Mickiewicz e até brasileiros como o ministro das relações exteriores Rui Barbosa, que não poupou elogios e clamores em prol de uma Polônia Independente. Já em 1907, como embaixador brasileiro na Conferência de Haia, Barbosa se declarava a favor da independência da Polônia. São do Águia de Haia, estas palavras na Conferência de Petrópolis, em 17 de março de 1917: “Os polacos eram um povo que havia conquistado as sympathias do mundo pelas injustiças políticas que, ha mais de um século, os governos autocratas da Russia, da Allemanha e da Austria faziam cair sobre a sua cabeça”.
O Brasil foi um dos primeiros países a reconhecer a independência da Polônia de 11 de novembro de 1918 (também dia do fim da primeira guerra mundial), e em 1920, o estabelecimento de relações diplomáticas com a Segunda República da Polônia. O Sul loiro e de olhos azuis do Brasil foi também a primeira terra a receber uma representação diplomática da Polônia independente, em todo o mundo.
O Consulado Geral da Polônia, em Curitiba, a capital de todos os paranaenses, também neste 2010, assim como os dois países comemoram o estabelecimento de suas relações diplomáticas, está completando seus 90 anos de existência.
A contribuição daqueles imigrantes e seus descendentes ao Brasil é inegável e inquestionável. Foram os polacos que introduziram novas técnicas agrícolas no Brasil, que trouxeram o carroção com rodas de aros e puxados a cavalo, em substituição aos antigos carros de boi portugueses, que cobriram o Sul do país com casas de troncos e mais tarde, de tábuas e sarrafos de madeira (portugueses construíam suas casas de estuque – mistura de barro e bambus - italianos construíam com pedras, alemães com tijolos de barro e travessões de madeira). Foram os imigrantes polacos, tecelões da cidade de Łódź, que introduziram em Brusque, a indústria têxtil do Estado de Santa Catarina. Entre os fundadores da primeira universidade do Brasil, a Universidade do Paraná, estava o médico polaco Szymon Kossobudski, patrono do ensino da cirurgia no Paraná. Como também foi a filha de um imigrante polaco analfabeto, a primeira mulher a se graduar médica, numa universidade brasileira, a do Paraná. Foi também aquela gente trabalhadora que introduziu o cooperativismo no Brasil e foi o mesmo professor e agrônomo polaco Czesław Bieżanko, que trouxe dois quilos de soja da Polônia e plantou em Guarani das Missões-RS. Ele foi até condecorado com a medalha do Cruzeiro do Sul pelo presidente Castelo Branco por ter sido o introdutor da oleaginosa, que transformou o Brasil em maior produtor mundial. A comemoração da Páscoa, bem como o Natal, nunca mais foi a mesma, no Brasil, depois da chegada dos primeiros imigrantes da Polônia. O Brasil dos portugueses só comemorava o “dia de Santos Reis”. Foram judeus nascidos na Polônia, os primeiros a mostrar suas tradições mercantilistas que influenciaram tanto a economia, a indústria e as artes brasileiras. E nesta é preciso salientar a revolução ocorrida no teatro brasileiro pelo ator polaco Zbigniew Ziembinski, - o pai do moderno teatro brasileiro. Costumes, iguarias, música, dança, teatro, cultura. São tantas e ao mesmo tempo desconhecidas dos brasileiros, as contribuições polacas para o país dos trópicos. Como os Morozowicz na dança e na música. Como o “sonho”, na verdade, o “pączek” polaco que é saboreado do Oiapoque ao Chuí. Doce genuinamente polaco e que os desavisados portugueses chamam de bola de berlim. Até o “choro”, ritmo musical que deu origem ao samba bebeu nas fontes da “polca”, ritmo da Bohemia, quando esta fazia parte do território da República das duas Nações. A própria Chiquinha Gonzaga reconhecia isto. Como reconheceu o mestiço Paulo Leminski em suas letras, poemas e livros. Aos 90 anos de relações diplomáticas entre Brasil e Polônia ainda são muitas as coisas a se revelarem à grande população brasileira. Coisas e fatos que unem estas nações não só em Curitiba e Sul do Brasil, mas no país inteiro.

Concerto em homenagem aos 200 anos de nascimento de Fryderyk Chopin

Orquestra de Câmara da Cidade de Curitiba e Música de Câmara
I Parte
Música de Câmara
Programa: Fryderyk Chopin - Trio em Sol menor, Op. 8
Piano - Jan Krzisztof Broja (Polônia), Violino - Alexander Trostiansky (Rússia), Violoncelo - Alexander Znachonak (Bielorrússia)
II Parte
Orquestra de Câmara da Cidade de Curitiba
Fryderyk Chopin Concerto nº 1, em Mi menor. Op. 11
Piano - Marian Sobula (Polônia)
Regência : Wagner Polistchuk (Brasil)
Data: 15 de janeiro Horário: 20h30 Local: Canal da Música
Ingresso : R$ 10 ou R$ 5 mais um quilo de alimento não perecível.

Os músicos convidados são verdadeiros mestres em seus instrumentos. Todos são reconhecidos mundialmente e fazem recitais em vários países. Alexander Trostiansky é professor do Conservatório de Moscou. Alexander Znachonak atualmente reside em Portugal, onde é professor e chefe de naipe da Orquestra Filarmônica de Beiras. Jan Broja tem uma agenda intensa de recitais pela Europa. Ele colaborou como consultor musical na produção do filme “O Pianista”, de Roman Polański. Marian Sobula também realiza apresentações em todo o mundo, com o intuito de promover a Polônia e sua cultura. A vinda dos pianistas Jan Krzysztof Broja e Marian Sobula recebe o apoio cultural do Consulado Geral da República da Polônia em Curitiba.

Jan Krszysztof Broja pianista polaco

















Marian Sobula pianista polaco



















Aleksander Znachonak violoncelista Bielorusso














Aleksander Trostiansky violinista russo















Wagner Polistchuk regente brasileiro


quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Cidades polacas investem no Ano Chopin

Igreja de Brochów onde Chopin foi batizado - Foto: Marzena Hmielewicz

Bonés, chaveiros, "bigos" e buchada ao som de concertos inundam a cidade turística de Brochów, na Mazóvia, onde os pais de Fryderyk Chopin se casaram, e onde ele foi batizado. Também aí, o pianista tocou muitas vezes. A festividade faz parte dos mais de 1200 eventos que ocorrerão em 2010 em comemoração dos 200 anos de nascimento do compositor, somente na Polônia.
Nesta igreja de São João, em 23 de Abril 1810, foi batizado o "rebento" de nome Fryderyk Franciszek. Mas não é somente a igreja que se engalanou, também a praça em frente foi totalmente redecorada e segundo o Secretário Municipal, Bogdan Dobrzyński, os gastos já atingiram a soma de 600 mil złotych. Além da decoração, um novo busto do compositor foi colocado na praça em frente a igreja. As autoridades da pequena Brochów, estão esperando turistas de todo o mundo."Certamente, todos que vierem a Varsóvia e Żelazowa Wola, porque eles amam Chopin, viram também a nossa cidade", afirma Dobrzański.
Sanniki, na voivodia da Mazóvia, é outra localidade que investiu para receber turistas de todo o mundo. Na propriedade do compositor, ele e seus amigos passaram um dia de verão em 1828. Assim, na ala esquerda da mansão foi instalado um centro dedicado à memória de Chopin. Um total de 17 milhões złotych foram investidos na comunidade para também comemorar o Ano Chopin.
Em Szafarnia, na voivodia de Kujawsko-Pomorskie, onde Fryderyk passou suas férias com seus amigos, o palácio da localidade abriga agora o Centro de Chopin, com uma sala de concertos e um pequeno museu.
Mas em Obrów, onde Chopin passou muitas das suas férias, talvez das mais interessantes de sua vida, e onde ele encontrou pela primeira vez a música rural, e forneceu elementos para os temas que seriam utilizados em suas obras, não vai acontecer nada. Atualmente, a mansão onde ele ficava abriga a Prefeitura e centro cultural do município. "Temos uma placa comemorativa de Chopin e uma sala de estar na mansão", reconhece Miroslaw Kusińska, secretário do centro.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Prostituta milionária na Polônia

Foto Robert Krzanowski

O departamento fiscal da Polônia cobrou uma multa de 2,3 milhões de złotys (R$ 1,43 milhão) de uma mulher desempregada que deixou de pagar impostos sobre uma renda de ao menos 13,7 milhões de złotys (R$ 8,4 milhões) que, segundo ela, arrecadou como prostituta.
A mulher disse à secretaria da cidade de Katowice, no sul do país, que tinha clientes muito "generosos", segundo informações do site gazeta.pl, ligado ao jornal "Gazeta Wyborcza" nesta terça-feira.Um dos clientes pagou 5 milhões de złotys (cerca de R$ 3 milhões) no período entre 1997 e 2002, segundo a mulher.
"É praticamente impossível para uma pessoa ter um lucro assim só com negócios sexuais. Por conseguinte, suspeitamos que o dinheiro veio também de outras atividades ilegais", diz o inspetor Krzysztof Abratański, do Escritório Central de Investigações da Silésia, que elogia a cooperação com NTP. Nesta situação, os funcionários do Tesouro concluíram que a prostituta tinha recebido rendimentos de fonte não revelada e que lhe foi aplicada zł 2,3 milhões de imposto fixo.
Nos arredores do condomínio Góry, na cidade de Płocky.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Abertura do Ano Chopin no Brasil


A 28ª Oficina de Música de Curitiba entra em seu segundo dia de atividades. Mais de mil e quinhentos alunos participam de mais de 80 cursos com 60 professores brasileiros e estrangeiros.
Além das salas de aula, professores, no período da noite, realizam concertos. Na noite desta segunda-feira, no espaço cultural da Capela Santa Maria, o pianista polaco Jan Krzysztof Broja inaugura o 2010 - Ano Chopin no Brasil. O Ano, uma iniciativa da Unesco teve sua abertura, na última quinta-feira em Varsóvia, no Teatro da Filarmônica Nacional, com a exibição do pianista chinês Lang Lang. O Ano já tinha sido inaugurado na noite de primeiro de janeiro de 2010. O ministro polaco da Cultura, Bogdan Zdrojewski, dizendo que haverá por todo o mundo 2000 iniciativas, 1200 das quais na Polônia. também Waldemar Dąbrowski, que já foi ministro da Cultura, declarou que as comemorações não têm como objetivo popularizar a música de Chopin, pois "esta não precisa de ser popularizada", mas destinam-se a "apresentar ao mundo a imagem da Polônia de hoje através da música de Chopin". Será a maior campanha de promoção da Polônia de hoje", "maior do que a organização do Euro 2012 de futebol que só dura algumas semanas", acrescentou em declarações à rádio polaca. Por todo o mundom estão previstas 2000 iniciativas comemorativas, incluindo concertos e recistais de música clássica, jazz, blues e rock, além de bailado, exposições, espetáculos de teatro, filmes e desenhos animados. Os momentos significativos da comemorações do Ano Chopin, na Polônia, serão em Agosto, com o festival internacional "Chopin e a sua Europa". O XVI Concurso Internacional Chopim, de 2 a 23 de Outubro, um acontecimento quinquenal com imenso prestígio, este ano será acompanhado de numerosos recitais e concertos excepcionais. O site www.chopin2010.pl contém informações pormenorizadas em diferentes línguas. Depois de ter vivido na Polônia até aos 20 anos, Fredyryk Chopin deixou o país natal, em Novembro de 1830, antes da insurreição polaca contra a Rússia, e instalou-se primeiro em Viena e depois em Paris, onde morreu aos 39 anos, em 17 de Outubro de 1849.

No Brasil
Curitiba, portanto, é a segunda cidade no mundo a iniciar as comemorações dos 200 anos de nascimento do compositor e pianista polaco Fredyryk Chopin, justo ela, que é considerada a segunda maior concentração da etnia polaca fora da Polônia.
No recital desta noite, Broja apresenta 24 Prelúdios de Chopin. O concerto começa às 20:30 horas, na Capela Santa Maria, Rua Conselheiro Laurindo, Ingressos a R$ 10, ou R$ 5 mais 1 kg de alimento não perecível.

Jan Krzysztof Broja nasceu em Varsóvia, em 1972, e é um ganhador de competições internacionais, em Vilno, Hanau, (1989), New Brunswick (1991), Bucareste (1995) e Pasadena (2002). Estudou música em Frankfurt, Hannover e Varsóvia, e logo após seu sucesso em Vilno, em 1999, fez sua estréia internacional, no Grande Salão do Conservatório Tchaikovsky, de Moscou. As temporadas seguintes o levaram para as salas de concerto da Europa Oriental, na Rússia, Ucrânia, Lituânia, Polônia e Iugoslávia. Sua participação na Filarmônica de Varsóvia, na temporada de 2003, foi aclamada pela crítica como uma das performances mais virtuosas e, desde então, tem sido um convidado frequente na Filarmônica Nacional Polaca de Varsóvia. Outras participações notáveis incluem festivais em Ravello, Bratislava, e Festival de Música do Kremlin, em Moscou, e em 2005, ele foi membro do júri no Festival Internacional de Piano XXI Festival, em Bucaramanga, Colômbia. Jan Krzysztof Broja goza de uma agenda lotada como solista na Polônia e no estrangeiro, realizando, ocasionalmente, duo com Andrzej Bauer, um dos violoncelistas mais importante da Europa. Colaborou como consultor musical da produção da Academia de Roman Polanski, no premiado filme O Pianista..
Seu CD gravado é :Szymanowski, K.: Symphonies Nos 1 e 4 / Concert Overture / Study in B flat minor (Filarmônica de Varsóvia, Wit).
Além do 2010-Ano Chopin, Brasil e Polônia comemoram 90 anos do estabelecimento de suas relações diplomáticas e também o Consulado Geral da Polônia em Curitiba, a primeira representação diplomática da Polônia independente aberta no exterior.
A abertura do 2010-Ano Chopin em Curitiba é uma iniciativa do Consulado Geral da Polônia em Curitiba, em parceira com o ICAC- Instituto Curitiba de Arte e Cultura, Fundação Cultural de Curitiba e Prefeitura Municipal de Curitiba.

Neve causa estragos na Polônia

Foto: Tomasz Wiech

A neve e o frio intenso que castigam o hemisfério Norte tem causado prejuízos, estragos e até vítimas na Polônia. Na voivodia da Małopolska (cuja capital é Cracóvia), o transporte ferroviário foi paralisado e as estradas rodoviárias ficaram cobertas de neve. Muitas árvores foram quebradas pelo peso da neve acumulada em seus galhos. A queda das árvores causou interrupção da energia elétrica. As árvores caíram sobre as linhas de transmissão. Com isso 25 mil domicílios ficaram sem energia este fim de semana.
As linhas de trem entre Varsóvia e o Sul da Polônia foram bastante afetadas, ocorreram paradas no percurso das viagens, atrasos de mais de 6 horas, num trajeto que costuma ser feito em 3 horas. Algumas pessoas ficaram feridas em acidentes nas estradas causados por quedas de barreira e choques involuntários por escorregamento nas pistas.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Descoberta polaca revolucionária

Piotr Szrek e Grzegorz Niedźwiedzki - Foto: M. Hodbod

Este post é um alerta do amigo e leitor Marcos Cordiolli. O texto originalmente foi na revista científica "Nature" e reproduzida por vários jornais do mundo. No Brasil, entre outros, a Folha de São Paulo, numa colaboração da Giuliana Miranda.
Os fósseis dos primeiros tetrápodes foram encontrados na Góra Świętokrzyski (Montanha de Santa Cruz), próximo a cidade de Kielce. Os dois pesquisadores Piotr Szrek e Grzegorz Niedźwiedzki fazem parte do Państwowy Instytut Geologiczny (Instituto Nacional de Geologia da Polônia).

Grzegorz Niedżwiedzki (à direita) e Piotr Szrek ao lado do fóssil que encontraram no Sul da Polônia

Os primeiros passos da linhagem evolutiva de animais que desembocou no homem e em todos os outros vertebrados terrestres acabam de sofrer uma reviravolta. Pegadas encontradas no sudeste da Polônia indicam que os peixes "criaram" pernas e conquistaram a terra quase 18 milhões de anos antes do que se acreditava.
Ou seja, há 395 milhões de anos, os tetrápodes --vertebrados com quatro patas-- já caminhavam por aí. E com dedos, pés e mãos articulados.
A descoberta está descrita em um estudo na edição desta quinta-feira (7) da revista "Nature", liderado por Grzegorz Niedzwiedzki, da Universidade de Varsóvia. Seu grupo encontrou, entre 2002 e 2007, várias trilhas e pegadas fossilizadas em pedra que contrariam o cenário mais aceito hoje para o surgimento dos vertebrados terrestres.

Foto: G. Niedźwiedzki

Acredita-se que a transição da água para a terra aconteceu por meio de um grupo de animais com características adaptadas aos dois ambientes. Um deles era Tiktaalik roseae, um peixe com nadadeiras que parecem patas sem dedos.
Os vestígios encontrados, porém, são aproximadamente 18 milhões de anos mais velhos que os primeiros registros dessa transição. Segundo os autores, isso "força uma revisão radical" de teorias sobre a transição.


Arte e ilustração: jornal Folha de São Paulo

Os rastros do animal estavam numa região que provavelmente abrigou uma lagoa de águas salgadas e rasas, de leito lamacento. É um cenário diferente do que andava sendo proposto para a origem dos vertebrados terrestres. O Tiktaalik, por exemplo, tinha vivido no delta de um rio.
De qualquer maneira, no caso polaco, as condições marinhas favoreceram a preservação das marcas pré-históricas. Ainda assim, boa parte das pegadas está incompleta ou precisaria de mais exemplos para ser interpretada com precisão.
Apesar do material encontrado ter formas e características bem diversificadas, o tamanho médio das pegadas surpreendeu os cientistas. Com 15 cm, os vestígios sugerem animais de quase 2,5 metros de comprimento. Bem mais que o esperado. Uma pegada isolada com 26 cm sugere a existência de exemplares ainda maiores.


sábado, 9 de janeiro de 2010

Realismo socialista no Museu de Cracóvia

Cartaz de Bogna Krasnodębska-Gardowska, Junaczki, 1952.

Em exposição no prédio principal do Museu Nacional, em Cracóvia, a Arte polaca do século XX.
Na Europa do pós-guerra, a Polônia foi colocada na esfera de influência das Repúblicas Socialistas Soviéticas e teve subordinada a reconstrução do país ao modelo soviético. A execução de serviços da nova realidade do sistema sócio-político atingiu também as artes e a cultura.

Stefania Dretler-Flin (1909-1994), Lato, 1950

A Conferência Nacional de Artistas e Críticos de Arte de Nieborów, em fevereiro de 1949, teve seguimento no IV Congresso de Delegados da Associação de Artistas Visuais polacos relizada em Katowice, em junho daquele mesmo ano. Quase todos os autores concordaram com o realismo socialista como uma direção forçada. Pressupostos foram introduzidos numa obra de arte e estes deveriam ser: realista, claro, criativo e social. O Realismo Socialista também recebeu com entusiasmo os alunos "progressistas" em escolas de arte, onde o fundamento ideológico da educação tornou-se uma luta pela paz e pelo socialismo e o principal método de formação era o método do realismo socialista. Ele era baseado no estudo da natureza, onde o tema deveria receber as características do individualismo e o estudo da composição era definido como o equilíbrio interior, desenvolvido a partir da idéia de que a imagem não dominaria qualquer motivo artístico. Artistas que não aceitavam o realismo socialista eram considerados adversários do Estado progressista e por isto só tinham uma alternativa: a cessar a prática da arte.

Konstanty Sopoćko (1903-1992), Żołnierze Armii Ludowej minują tor kolejowy, z „Teki partyzanckiej”, 1950,

O Realismo Socialista polaco expandiu seus horizontes em 1954, coincidindo com a morte de Stalin em 1953. Após este fato foram aumentados gradualmente os espaços democráticos relacionados com a revisão do stalinismo. Isto permitiu maior liberdade artística, que espetacularmente foi revelado em uma exposição no Arsenal de Varsóvia em 1955. Realismo socialista se tornou a primeira exemplificação da agitação política e ideológica através de pontuações artísticos incluídas num regime repressivo eficaz.
Apesar da abundante produção deste período, as obras deste realismo ficou circunscrita a exposição em ministérios, comitês do partido, escritórios do governo central e local, locais de trabalho, centros comunitários. Com o fim do comunismo estas obras praticamente desapareceram. Mas preservadas, a maioria dos trabalhos, como pinturas, esculturas, desenhos e gravuras foram para o depósito central do Museu Nacional, em Kozłówka, onde hoje, desde 1994, está a Galeria de Arte Judaica.

A.N., Wystawa książki radzieckiej w Muzeum Narodowym w Warszawie, 1948

Como se pode ver, a técnica preferida deste período é xilogravura. A maioria das imagens são semelhantes entre si, a monotonia do tema e as medidas para atrair a atenção, principalmente aqueles que trazem metáforas ou expressões, afastam-se do rigor formal em conteúdo e orientação.
MJP, Oszczędnością budujemy, 1948

Nesta exposição, são apresentados pela primeira vez, grande número de cartazes desconhecidos, produzidos, a partir dos anos quarenta, e embora eles ainda não sejam ainda representantes de um socialismo típico realista, dam uma idéia da integração entre as duas culturas contemporâneas.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Aberto o Ano Chopin em Varsóvia

O virtuoso Lang Lang - Foto: Jakub Ostałowski

Em Varsóvia, na noite de ontem, foi aberto oficialmente o 2010 - Ano Chopin na Polônia. No Teatro da Filarmônia Nacional e com a presença do presidente da República Lech Kaczyński, o virtuoso do piano, o chinês Lang Lang elevou a música de Fredyryk Chopin a um nível poucas vezes ouvida desde a morte do genial compositor polaco.
O desempenho de Lang Lang, em Varsóvia, foi limitado a poucos minutos, mas o Larghetto no meio do Concerto em Fá menor de Chopin deu a impressão de que a música estava flutuando suavemente no ar. O som tocado maravilhosamente e de forma delicada, cheio de poesia foi de uma doçura misturada com nostalgia. Foi sem dúvida a criação de mais alto nível executada pelo "top" absoluto do pianismo mundial.
Não houve escassez de momentos bonitos, aliás, todo o desempenho, mesmo que no final do concerto de Chopin, Lang Lang tenha tocado num ritmo impressionante, não perdeu uma única nota. O chinês Lang Lang é um grande pianista, e para quem nem mesmo a parte mais difícil não foi difícil. Tão deslumbrante pela sua leveza técnica que outros só podem invejá-lo.
A idéia interessante da inauguração do ano na Polônia com a "Missa Solemnis" de Liszt (amigo do compositor polaco é completamente diferente do humor - bruto e destituído de virtuosismo) foi do diretor da Filarmônica Antoni Wita.
O coro da Orquestra Filarmônica deu uma interpretação compacta e expressiva com seus irrepreensíveis solistas: Joanna Kozłowska, Ewa Wolak, Ryszard Minkiewicz e Jarosław Bręk.

Oficina de Música de Curitiba e a Polônia


Quero informar aos leitores e seguidores do blog Jarosinski do Brasil, que respondo pela presidência do Instituto Curitiba de Arte e Cultura e consequentemente pela 28ª Oficina de Música de Curitiba, o maior evento no gênero da América Latina.
Neste 2010, além das comemorações dos 200 anos de nascimento do compositor polaco Fryderyk Chopin, a Polônia e o Brasil comemoram 90 do estabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países. Para os desavisados, a Polônia esteve ausente da lista dos Estados Nacionais durante o período de 1795 a 1918, invadida e ocupada que foi por Rússia, Áustria e Prússia (atual Alemanha). O grande Águia de Haia, Ruy Barbosa durante seu exercício na chancelaria brasileira foi talvez um dos maiores defensores da volta da Polônia ao mapa do mundo. O Brasil foi assim um dos primeiros países a reconhecer a independência da segunda república polaca de 11 de novembro de 1918. Não bastasse isso, o Consulado Geral da Polônia em Curitiba (com jurisdição nos três Estados do Sul Brasileiro) também faz 90 anos e na qualidade da mais antiga e primeira representação diplomática da Polônia independente no Exterior. Antes mesmo do que França, Inglaterra, Estados Unidos e Portugal. Assim, nesta 28ª Oficina de Música de Curitiba, a presença de dois pianistas polacos Jan Krzysztof Brojna e Marian Sobula serão abertas estas três comemorações.

28ª Oficina de Música de Curitiba
Um espetáculo da Camerata Antiqua de Curitiba, às 20h30, no Teatro Guaíra, abre no próximo domingo a programação da 28ª Oficina de Música de Curitiba. Durante 22 dias, de 10 a 31 de janeiro, o festival transforma a cidade num grande palco onde acontecem 89 cursos e mais de 60 concertos de música erudita e música popular brasileira. O concerto da Camerata Antiqua de Curitiba, com regência de Wagner Polistchuk, apresenta a obra "Os Sertanistas Brasileiros - A Saga dos Irmãos Villas-Boas", de Hudson Nogueira. No programa também estão composições de Dimitri Cervo, Fernando Morais e Heitor Villa-Lobos.
A composição escrita por Hudson Nogueira, que teve estreia mundial no encerramento da temporada de concertos da Camerata Antiqua, em dezembro de 2009, é baseada no livro "Almanaque do Sertão", de Orlando Villas-Boas. A versão musical está dividida em quatro movimentos: "Almanaque do Sertão", "História de Visitantes, Sertanejos e Índios", "Xingu, os Índios e Seus Mitos" e "O Último Kuarup". O primeiro movimento é para orquestra (cordas, percussão e piano), o segundo para orquestra e solistas (soprano e barítono), o terceiro para orquestra e coro, finalizando com o Kuarup, ritual fúnebre dos índios do Xingu, para coro, orquestra e solistas. Assim como o livro, a versão musical procura mostrar a história dos dois sertanistas, grandes defensores da criação de reservas e parques indígenas na região do Xingu.
Dividida em duas fases, a Oficina de Música terá, nos dez primeiros dias, uma programação de cursos e concertos voltados à música erudita e à música antiga. Na segunda fase, entram os instrumentos e conjuntos de MPB, além das oficinas de Música Latino-Americana e Música e Tecnologia.
O Consulado Geral da República da Polônia em conjunto com a Fundação Cultural de Curitiba e Instituto Curitiba de Arte e Cultura está preparando vários eventos em homenagem ao Ano de Chopin. Iniciamos as comemorações já em janeiro, com a participação de dois pianistas poloneses na 28ª edição da Oficina de Música onde serão apresentadas as obras de Chopin em dois concertos:
Dia 11 de janeiro (segunda-feira), às 20:30, na Capela Santa Maria – recital de piano, Jan Krzysztof Broja. Dia 15 de janeiro (sexta-feira), às 20:30, no Canal da Música – Jan Krzysztof Broja em música de câmera, e Marian Sobula – concerto de piano e orquestra.

O tema desta edição da Oficina de Música é "Quando o erudito encontra o popular e vice-versa". A proposta é estabelecer um diálogo entre a música de tradição popular e a erudita, mostrando como os compositores eruditos encontram a música popular e também como o inverso ocorre.
Cerca de 1200 alunos fizeram inscrição para participar dos cursos de instrumentos, técnica vocal, composição, práticas de orquestra e de conjuntos que são ministrados por grandes músicos de renome internacional. Alguns cursos ainda têm vagas disponíveis e as inscrições podem ser feitas diretamente na Secretaria da Oficina, na UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná), a partir de segunda-feira (11). No site da Oficina há a relação dos cursos nos quais ainda é possível se inscrever.
Em 2010 a sede oficial do evento será a UTFPR, numa parceria firmada entre a Fundação Cultural e a Universidade. A Oficina integra as comemorações dos 100 anos da instituição.
Concerto e Cerimônia de Abertura da XXVIII Oficina de Música de Curitiba
Data: 10 de janeiro, às 20h30
Auditório Bento Munhoz da Rocha Neto Guairão
Ingresso: R$ 10 ou R$ 5 mais um quilo de alimento não perecível. Venda de ingressos diretamente na bilheteria do teatro, uma hora antes do espetáculo.
Você pode acompanhar tudo que acontece na 28ª Oficina de Música de Curitiba nas mídias da internet: Sites, Blog, Twitter, Orkut, Flickr, Youtube. Fotos, vídeos, programação e muitas novidades estão disponíveis nos endereços:
www.oficinademusica.org.br
www.fundacaoculturaldecuritiba.com.br
http://oficinademusicadecuritiba.blogspot.com
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http://www.vimeo.com/user1141136
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Outras fotos da Oficina de Música estão disponíveis no endereço:
http://www.flickr.com/photos/oficinademusicadecuritiba_2009
Visite o site http://www.icac.org.br