quinta-feira, 25 de outubro de 2007
Três meses de blog
Xenofobia e ignorância
"Olha aí, Iarochinski!
A Frase do Bufão de Londres: "os poloneses são a raça mais preguiçosa que já vi!", já traz em si uma carga de ignorância das próprias palavras que o ilegal usa para se comunicar. Primeiro que "poloneses" não são raça. "Polonesa" é uma etnia. Ou melhor: polaca é uma etnia. "Raça " é a amarela, a negra e a branca. Os caucasianos, ameríndios, por exemplo, é que são uma raça. Mas como é que ele pode saber, com tanto xenofobismo na cabeça? Em segundo, não deixa de ser engraçada a frase "Eles são arruaceiros, urinam em qualquer lugar, fumam e bebem feito loucos e vivem brigando com a polícia!", pois a mesma já foi usada há muitas décadas atrás, justamente nos idos de 1871, por famílias de origem alemã, na colônia do Pilarzinho, em Curitiba. Os colonos Wolf, Schaffer, preocupados com a instalação das primeiras 32 famílias de Polacos, que haviam sido transmigradas por Edmund Wos Saporski, desde Brusque para o rocio de Curitiba, começaram a insultar os recém-chegados com o mesmo tipo de comentário do carcamano Bufão. Temiam os alemães, que os laboriosos polacos iriam concorrer no mercado curitibano com suas hortaliças. Com medo de perder o monopólio reagiram com uma campanha sistematica de depreciação dos eslavos que se instalavam nas vizinhanças, justamente para fazer parte do "cinturão verde" proposto pelo presidente de província Lamenha Lins. Ou seja, toda a discussão, estudos, conhecimento de mais de um século passam ao largo da inteligência do Bufão. A mais cômica é a frase final: "Deixo bem claro que não tenho nada contra eles, pois minha namorada é, vejam só, polonesa!"Então Bufão! Você ama uma mijona que urina em qualquer lugar? Uma bêbada que vive brigando com a polícia? Será que ela não faz tudo isso, justamente, porque está namorando contigo? Na verdade, creio, o que o carcamano está querendo é casar com a bêbada para ver se legaliza sua situação precária no reino da Ilha. Mas já adianto, passaporte de mijão você não vai ganhar. Quando muito, o governo da Polônia, vai te dar um visto de residência para morar junto com a mijona na Polônia, não para a Inglaterra, ou União Européia. Melhor então é você casar com uma inglesa!!! Mas será que a súdita de Elizabeth II vai querer se envolver com alguém tão ignorante?
Bem, deixando as provocações de lado, já que não vale a pena discutir com alguém, que espero seja apenas um provocador anônimo, pois o sobrenome tem tudo para ser bufão, ou seja, pseudônimo de algum extrema-direita. O que importa é que tanto o governo do Reino Unido como o da Irlanda estão extremamente satisfeitos com o aumento da mão-de-obra polaca em suas econômias. Em dois anos de abertura do mercado de trabalho para os polacos, foram incorporados à economia do país quase 300 mil deles na Irlanda. Recentemente, a primeira-ministra irlandesa veio a público manifestar seu agradecimento aos polacos pelo crescimento econômico do país - o maior entre os membros da União Européia. E como medida de incremento a este percentual de crescimento, tratou de instalar uma agência de emprego irlandesa em Varsóvia. "É para facilitar a contratação da mão-de-obra polaca para as empresas do meu país.", disse ela. No caso da Inglaterra, onde o namorado da mijona está, o número referente a imigração já chega a 1 milhão e cem mil polacos. Ou seja, fossem desordeiros, beberrões e mijões será mesmo que o governo inglês iria preferí-los aos ordeiros, pacatos e "ativos" brasileiros? O que se lê na imprensa britânica sobre brasileiros, na maioria das vezes, é que vendem passaportes falsos, frequententemente são presos por pequenos furtos e etc. "No chance" parece se adequar mais aos "sudacas" do que aos "polacos". Mas é claro que nem só de ignorantes e xenófobos vive a ilha da rainha. O Brasil figura nos primeiros postos na relação de países com o maior número de pessoas admitidas na Grã-Bretanha. Em 2005, o país foi o quarto com a maior quantidade de cidadãos autorizados a entrar no país europeu - 160 mil, ficando atrás apenas de Estados Unidos, Canadá e Rússia.O número de brasileiros admitidos no país também aumentou em 19 mil em relação a 2004. O Agnaldo deve estar escapando dos controles, pois também, em 2005, os brasileiros lideraram a lista de pessoas impedidas de entrar na Grã-Bretanha, de acordo com dados do Ministério do Interior britânico. Naquele ano, 5.195 brasileiros que chegaram a portos e aeroportos da Grã-Bretanha tiveram sua entrada barrada e foram obrigados a embarcar de volta para o Brasil.O número é levemente superior ao registrado em 2004, quando o Brasil chegou ao topo da lista de imigrantes proibidos de pisar em solo britânico, com 5.180 brasileiros barrados.Dados mais recentes, ainda não divulgados, mas já estimados pelas autoridades britânicas indicam que a situação mudou bastante desde a entrada dos 10 novos países na União Européia. E o Brasil já não ocupa mais a quarta posição... foram facilmente ultrapassados pelos polacos.
Novo amor de Doda
Além da inveja que tem despertado no meio artístico polaco ela tem enfrentado maus bocados com sua saúde. Andou cancelando shows por causa de gripe fortíssima e uma cirúrgia na coluna vertebral, em função de fortes dores que vinha sentindo. Mas está bem no momento e com a ajuda das páginas da revista Playboy (Edição Polônia) de outubro, seu CD de estréia, "Diamond Bitch" está conquistando o Disco de Ouro da Radio WAWA 2007.
Repercussões da "Banda Polaca"
P.S. Na foto: a jornalista Mai Nascimento (responsável pela revisão metódica do texto) o autor Dante Mendonça (cartunista, jornalista e escritor) e o arquiteto Jaime Lerner (ex-prefeito, ex-governador e presidente da Associação Mundial de Arquitetos) com o "Banda Polaca" na mão. Foto de Lina Faria.
quarta-feira, 24 de outubro de 2007
Orgulho polaco em Dublin
terça-feira, 23 de outubro de 2007
Resultado oficial das eleições
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
Centro-direita virtual vencedor
O PiS (Prawo i Sprawiedliwości - Lei e Justiça) partido dos gêmeos Kaczyński, segundo as pesquisas de boca-de-urna conseguiu 31% dos votos, enquanto o PO fez 44%. O comparecimento de 55% dos eleitores foi um dos mais altos desde 1989. As eleições foram realizadas dois anos antes do previsto, forçadas pela ruptura da coalizão de direita comandada pelo gêmeo primeiro-ministro, depois de escândalos sexuais e de corrupção envolvendo membros dos partidos aliados. Os polacos elegeram 460 deputados para o Sejm e 100 senadores. O partido vencedor tem em seu plano de governo acabar com o Senado da República. Com eles no governo, o futuro dirá se realmente o PO vai acabar com o Senado. Se Kaczyński está mais à direita, Tusk não está muito distante: é centro direita. Ambos são conservadores, retrógrados e fervorosos católicos apostólicos romanos. Na questão econômica, talvez, eles tenham suas diferenças, pois enquanto Kaczyński é nacionalista, Tusk é liberal e acredita que um país deve ser ter um Estado mínimo para que os empresários possam especular sem rédeas. Até agora, o governo dos gêmeos fez uma caçada aos ex-dirigentes da época comunista e causou uma série de atritos na União Européia. Já o liberal PO promete não ser o "patinho feio" da Europa unida e mandar de volta pra casa os 900 soldados enviados para a invasão do Iraque pelo ex-presidente Aleksander Kwaśniewski, um dos líderes da esquerda que ainda restou na Polônia. Aliás, seria bom um estudo sobre o comunismo na Polônia, pois a cada dia que passa fica evidente que o sistema teve tudo, menos uma coloração esquerdista. Incoerência? Talvez, mas como a igreja católica sobreviveu num Estado ateu é a pergunta que os teóricos do Ocidente ainda não conseguiram responder.
domingo, 21 de outubro de 2007
Polacos vão às urnas
PRINCIPAIS PARTIDOS
O partido do Presidente Lech Kaczyński nasceu em 2001 e reflete os ideais dos conservadores, católicos e ultra-nacionalistas. Sua proximidade a Lech Wałęsa, valeu-lhe a si e ao seu irmão gêmeo Jarosław lugares destacados no primeiro governo após a queda do regime comunista. As suas posições radicais e de erradicação dos símbolos do comunismo lhes valeu, contudo, o afastamento e a perda da confiança de Lech Wałęsa.
O partido de Donald Tusk também foi criado em 2001. O Plataforma da Cidadania defende a econômia liberal. Suas propostas econômicas são no sentido de baixar os impostos e introduzir o imposto linear (em polaco "podatek liniowy"). Quer extinguir o Senado e diminuir a burocracia. Postula a luta contra a corrupção e a delinqüência. O partido apoia a integração total com a UE. Mas está de acordo com o PiS quando se opõe a eutanásia, matrimônio homosexual e a legalização das drogas.
Já a aliança de esquerda LiD é liderado pelo jovem deputado Wojciech Olejniczak. Compõe a coalização, o Sojusz Lewicy Demokratycznej - SLD, principal partido da social democracia na Polônia. O SLD Foi fundado em 15 de abril de 1999. A maior parte de seus membros foram do SdRP (Socjaldemokracja Rzeczypospolitej Polskiej - Social democracia da República da Polônia). O SdRP e outros partidos socialistas e social democratas formaram uma coalizão de esquerdas chamado SLiD. Em 1999, a coalizão se converteu em partido. Formavam parte antigos membros do PZPR (Polska Zjednoczona Partia Robotnicza - Partido Unido dos Trabalhadores Polacos, que governou a Polônia antes de 1989. O PZPR foi um partido comunista, mas hoje o SLD é um partido social democrata. Uma coalizão entre SLD e o PSL governou a Polônia entre 1993 e 1997. Seu maior representante atualmente é o ex-presidente Aleksander Kwaśniewski (presidente reeleito entre 1995 - 2005) que foi dirigente e um dos fundadores do Partido Social Democrata (Socjaldemokracja Rzeczypospolitej Polskiej), sucessor do Sindicato dos Trabalhadores Polacos e posteriormente do Sojusz Lewicy Demokratycznej - SLD. É filiado a Internacional Socialista, da qual fez parte o brasileiro Leonel Brizola.
sábado, 20 de outubro de 2007
Mais de um milhão de polacos na Grã-Bretanha
Ataque do inverno na Polônia
sexta-feira, 19 de outubro de 2007
Nasce novo tratado na Europa
Samba em Cracóvia
Eleições para mudar?
As eleições deste domingo são parlamentares e ocorrem depois da dissolução do parlamento polaco, no último mês de agosto. O governo dos gêmeos Kaczyński não tinham mais como levar adiante sua administração depois do rompimento da coalização de direita que os sustentava. Apesar de ser uma eleição antecipada para renovar a câmara dos deputados e o Senado, o que tem se visto nas últimas semanas é uma verdadeira campanha presidencial, pois vários foram os debates na televisão com os nomes que normalmente estariam disputando a presidência da República e não uma cadeira no Congresso. De um lado, o primeiro-ministro Jarosłam Kaczyński (iarossuaf catchinhski) do partido da situação e do outro, o ex-presidente Aleksander Kwaśniewski (kwachniévsqui) e o candidato derrotado nas últimas eleições presidenciais, Donald Tusk. A dois dias das eleições, o oposicionista Tusk está levando seu partido PO- Partido da Cidadania a conquistar a maioria das cadeiras no Parlamento. Mas pesquisa de opinião na Polônia, parece não combinar com a área rural, pois quando Tusk perdeu a presidência para o outro gêmeo Lech Kaczyński (lerrhhh catchinhsqui) as pesquisas o davam como vencedor. Porém, abertas as urnas, os camponeses tinham decretado sua derrota.
P.S. Assistindo a RTPI -Televisão Portuguesa sobre estas eleições, deu para perceber como um enviado especial, que não domina a língua do país que está reportando, pode incorrer em erro. O repórter português colocou num mesmo saco conservador, Tusk e Kaczyński, separando-os de Kwaśniewski, que para ele seria de esquerda. Muito pelo contrário: o que o dia-a-dia da política e os debates demonstraram é que se Kaczyński é representante exaltado do conservadorismo, Tusk é progressista. Além do que ele escorregou feio na pronúncia dos nomes polacos. E era tão fácil, bastava ouvir a intérprete polaca que o auxiliou. Porque mesmo falando em inglês, os polacos pronunciam seus nomes e sobrenomes em polaco.
Terra vermelha repercute nos EUA
quinta-feira, 18 de outubro de 2007
100% POLACO
Lisboa sedia encontro de presidentes
P.S. são necessárias algumas observações ortográficas, de acentuação e de vocabulário neste texto do jornal português, para o idioma falado no Brasil. Não que seja tão difícil como o idioma da Polônia, mas algumas palavras os brasileiros não hão de entender. Então vamos lá: Cimeira - reunião de alta cúpula.
Polónia - os português falam o segundo O aberto, nada mais natural que acentuem com acento agudo e não circunflexo como no Brasil. Polacos - os portugueses não conhecem a discrimatória palavra poloneses, bem como os demais sete países de língua portuguesa (incluído Portugal).
Na altura - naquele momento.
repartição - no Brasil o mais usual seria usar a palavra divisão.
matéria publicada no site do jornal português em http://www.publico.pt
Na foto de Peter Andrews... o presidente Lech Kaczyński e o primeiro-ministro português e presidente de turno da União Européia José Sócrates.
Vampiro de Curitiba ataca em Portugal
Foto de Alberto Melo Viana
O escritor Dalton Trevisan mais uma vez deu lição de literatura com um bilhete curto, direto e definitivo, assim como o estilo de seus contos. Foi na entrega do Prêmio Portugal Telecom, que pela primeira vez incluiu na seleção escritores de fora de Portugal, e Trevisan ficou com o segundo lugar e R$ 35 mil.O primeiro prêmio foi para Gonçalo Tavares, com "Jerusalém" (R$ 100 mil para ele). A atração da noite e o que realmente importou em tudo isso - para nós que não ganhamos nada em dinheiro - foi a seguinte mensagem enviada por Dalton: "Só a obra interessa.O autor não vale o personagem. O conto é sempre melhor que o contista. Vampiro sim, de almas.Espião de corações solitários, escorpião de bote armado. Eis o contista. Só invente o vampiro que exista. Com sorte, você adivinha o que não sabe. Para escrever mil novos contos, a vida inteira é curta.Uma história nunca termina. Ela continua depois de você.Um escritor nunca se realiza. A obra é sempre inferior aos sonhos. Fazendo as contas percebe que negou o sonho, traiu a obra, cambiou a vida por nada. O melhor conto só se escreve com tua mão torta, teu avesso, teu coração danado. Todas as histórias, a mesma história, uma nova história.O conto não tem mais fim senão começo. Quem me dera o estilo do suicida em seu último bilhete.
Essa nota foi copiada do Solda em "http://cartunistasolda.blogspot.com , que por sua vez já tinha copiado do blog Gazeta do Povo/blog Sobretudo
2007 - O ano de Wyspiański
P.S. Relação dos quadros e suas obras...
Autorretrato, 1894. Pastel, 56,5 x 45 cm Paris. Comprado pelo Museu Nacional em 1936, número do inventário: 121693
-"Madonna z Dzieciątkiem", 1904 Pastel, 199 x 82,5 cm. comprado em 1947, nr in. 129294.
- Głowa Apollina, z witrażu domu Towarzystwa Lekarskiego w Krakowie, 1904
Litografia, 34,9 x 32,5 [43,5 x 37,9] cm. Museu Nacional Warszawa, nr in. Gr.Pol.21280. comprado de Leopold Wellisza em 1964.
-Materhood, 1902. Pastel, 62 x 46,5 cm. Doação de Jakub e Alina Glass 1935, nr. inv:77777;
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
Polônia perdeu: foi amistoso
Polônia pode cair no grupo da morte
O lugar no grupo 1 já está garantido a vencedora da última Copa, a Grécia (desde que se classifique) e a uma das anfitriãs. Neste grupo pode estar também a Alemanha. Se a Polônia vencer as duas últimas partidas contra Béligica e Sérvia, pode ficar como cabeça de chave do grupo 3. Dependendo da combinação de pontos pode também ir para o grupo 4. Com tantas possibilidades baseadas, principalmente, nos pontos e posições conquistadas na fase eliminatória, o futuro é tende a ser bastante difícil. Enquanto dezembro não chega e as duas últimas partidas não acontecem, a equipe enfrenta, hoje, em partida amistosa, a Hungria. O treinador holandês, Leo Beenhakker, aproveita para testar alguns jogadores. Será o 31 jogo entre as duas seleções a a vantagem histórica é dos húngaros, que venceram 19 vezes e empataram outras 4. O melhor resultado polaco foi 4 x 2, em outubro de 1975, em Łódź (uudji).