
quinta-feira, 25 de outubro de 2007
Três meses de blog

Xenofobia e ignorância
"Olha aí, Iarochinski!
A Frase do Bufão de Londres: "os poloneses são a raça mais preguiçosa que já vi!", já traz em si uma carga de ignorância das próprias palavras que o ilegal usa para se comunicar. Primeiro que "poloneses" não são raça. "Polonesa" é uma etnia. Ou melhor: polaca é uma etnia. "Raça " é a amarela, a negra e a branca. Os caucasianos, ameríndios, por exemplo, é que são uma raça. Mas como é que ele pode saber, com tanto xenofobismo na cabeça? Em segundo, não deixa de ser engraçada a frase "Eles são arruaceiros, urinam em qualquer lugar, fumam e bebem feito loucos e vivem brigando com a polícia!", pois a mesma já foi usada há muitas décadas atrás, justamente nos idos de 1871, por famílias de origem alemã, na colônia do Pilarzinho, em Curitiba. Os colonos Wolf, Schaffer, preocupados com a instalação das primeiras 32 famílias de Polacos, que haviam sido transmigradas por Edmund Wos Saporski, desde Brusque para o rocio de Curitiba, começaram a insultar os recém-chegados com o mesmo tipo de comentário do carcamano Bufão. Temiam os alemães, que os laboriosos polacos iriam concorrer no mercado curitibano com suas hortaliças. Com medo de perder o monopólio reagiram com uma campanha sistematica de depreciação dos eslavos que se instalavam nas vizinhanças, justamente para fazer parte do "cinturão verde" proposto pelo presidente de província Lamenha Lins. Ou seja, toda a discussão, estudos, conhecimento de mais de um século passam ao largo da inteligência do Bufão. A mais cômica é a frase final: "Deixo bem claro que não tenho nada contra eles, pois minha namorada é, vejam só, polonesa!"Então Bufão! Você ama uma mijona que urina em qualquer lugar? Uma bêbada que vive brigando com a polícia? Será que ela não faz tudo isso, justamente, porque está namorando contigo? Na verdade, creio, o que o carcamano está querendo é casar com a bêbada para ver se legaliza sua situação precária no reino da Ilha. Mas já adianto, passaporte de mijão você não vai ganhar. Quando muito, o governo da Polônia, vai te dar um visto de residência para morar junto com a mijona na Polônia, não para a Inglaterra, ou União Européia. Melhor então é você casar com uma inglesa!!! Mas será que a súdita de Elizabeth II vai querer se envolver com alguém tão ignorante?
Bem, deixando as provocações de lado, já que não vale a pena discutir com alguém, que espero seja apenas um provocador anônimo, pois o sobrenome tem tudo para ser bufão, ou seja, pseudônimo de algum extrema-direita. O que importa é que tanto o governo do Reino Unido como o da Irlanda estão extremamente satisfeitos com o aumento da mão-de-obra polaca em suas econômias. Em dois anos de abertura do mercado de trabalho para os polacos, foram incorporados à economia do país quase 300 mil deles na Irlanda. Recentemente, a primeira-ministra irlandesa veio a público manifestar seu agradecimento aos polacos pelo crescimento econômico do país - o maior entre os membros da União Européia. E como medida de incremento a este percentual de crescimento, tratou de instalar uma agência de emprego irlandesa em Varsóvia. "É para facilitar a contratação da mão-de-obra polaca para as empresas do meu país.", disse ela. No caso da Inglaterra, onde o namorado da mijona está, o número referente a imigração já chega a 1 milhão e cem mil polacos. Ou seja, fossem desordeiros, beberrões e mijões será mesmo que o governo inglês iria preferí-los aos ordeiros, pacatos e "ativos" brasileiros? O que se lê na imprensa britânica sobre brasileiros, na maioria das vezes, é que vendem passaportes falsos, frequententemente são presos por pequenos furtos e etc. "No chance" parece se adequar mais aos "sudacas" do que aos "polacos". Mas é claro que nem só de ignorantes e xenófobos vive a ilha da rainha. O Brasil figura nos primeiros postos na relação de países com o maior número de pessoas admitidas na Grã-Bretanha. Em 2005, o país foi o quarto com a maior quantidade de cidadãos autorizados a entrar no país europeu - 160 mil, ficando atrás apenas de Estados Unidos, Canadá e Rússia.O número de brasileiros admitidos no país também aumentou em 19 mil em relação a 2004. O Agnaldo deve estar escapando dos controles, pois também, em 2005, os brasileiros lideraram a lista de pessoas impedidas de entrar na Grã-Bretanha, de acordo com dados do Ministério do Interior britânico. Naquele ano, 5.195 brasileiros que chegaram a portos e aeroportos da Grã-Bretanha tiveram sua entrada barrada e foram obrigados a embarcar de volta para o Brasil.O número é levemente superior ao registrado em 2004, quando o Brasil chegou ao topo da lista de imigrantes proibidos de pisar em solo britânico, com 5.180 brasileiros barrados.Dados mais recentes, ainda não divulgados, mas já estimados pelas autoridades britânicas indicam que a situação mudou bastante desde a entrada dos 10 novos países na União Européia. E o Brasil já não ocupa mais a quarta posição... foram facilmente ultrapassados pelos polacos.
Novo amor de Doda
A cantora sensação do momento na Polônia, Doda - Dorota Rabczewska - tem um novo amor. Não, não se trata de um novo marido. Ela segue firme com Radosław Majdan. O novo amor atende pelo nome de Porsche carrera 4, que custou nada menos do que 100 mil Euros.Além da inveja que tem despertado no meio artístico polaco ela tem enfrentado maus bocados com sua saúde. Andou cancelando shows por causa de gripe fortíssima e uma cirúrgia na coluna vertebral, em função de fortes dores que vinha sentindo. Mas está bem no momento e com a ajuda das páginas da revista Playboy (Edição Polônia) de outubro, seu CD de estréia, "Diamond Bitch" está conquistando o Disco de Ouro da Radio WAWA 2007.
Repercussões da "Banda Polaca"
A "Banda Polaca" de Dante Mendonça anda seguindo os passos de"Saga dos Polacos". Enquanto lancei meu livro em 27 cidades brasileiras durante dois anos, Dante já fez alguns em menos de um mês. E já tem agendado o próximo: será na Festa do Pierogi, em Araucária-PR nos próximos dias. No último lançamento, no Beto Batata Café, em Curitiba, quem levou pra casa um exemplar foi o filho de polaco, Jaime Lerner, aliás um dos inpiradores do livro de Dante. Sobre lançamentos de livros, descobri que o melhor método de venda e promoção de um livro é aquele em que o próprio autor vende e autografa. Não fosse isso, o "Saga dos Polacos" estaria empoeirando em algum depósito de livraria. Assim, faz 7 anos que ele vem vendendo regularmente (Graças aos Polacos e simpatizantes!!!!). Ele serviu também de apoio para esta excelente obra de Dante Mendonça, pois foi através do meu livro, que Dante tomou conhecimento da minha existência. Com certeza, a "Banda Polaca - Humor do imigrante no Brasil Meridional" a continuar com essa repercussão venderá ainda durante muitos anos. Dia desses, a "Banda Polaca" recebeu dois elogios bastante significativos e por conta de meu prefácio acabei até sendo citado. Foi o que fez o professor de direito e advogado Rogério Distefano. Em seu Maxblog, ele disse que o "...décimo-oitavo lançamento da Banda Polaca, desse Silvio Caldas de Nova Trento. Livro bom de capa a capa, edição bonita, texto excelente, e um prefácio de professor de Direito – quase do tamanho daquele do autor. Mas pode, o Ulisses Iarochinski, polaco assumido, é um cobra. O CD da Bunda Polaca compro quando Izidório Duppa incluir o professor José Luiz da Veiga Mercer, catedrático em lingüística e polaquística, imitando a queixa de assédio sexual de Iaroslava contra Stacho." http://www.maxblog.adv.br/default/
Já Deonisio da Silva, escritor, professor universitário e crítico de literatura, em sua coluna "De Dalton Trevisan à banda polaca", distribuida para jornais e sites da Internet, comentou inclusive sobre "polaco/polonês", tema de minha tese de mestrado em Cultura Internacional, pela Universidade Jagielloński, de Cracóvia: "E, por coincidência, na mesma semana em que tão pouco os leitores encontraram sobre a reiterada presença do Paraná no Prêmio Portugal Telecom, o jornalista e cartunista Dante Mendonça lançava A Banda Polaca (Novo Século, 148 páginas, R$ 33). Ilustrado por Márcia Széliga, o livro é uma primorosa coletânea de causos marcados com um tipo de humor quase privativo deste imigrante europeu do Brasil meridional. O sociólogo Octávio Ianni resumiu em triste síntese a vida sofrida que os polacos levaram por muito tempo, quase escravizados por imigrantes já estabelecidos, como os alemães e os italianos. A frase cunhada por Ianni é de uma clarividência rara na sociologia tropical: "o polaco é o negro do Paraná". Também o cineasta Sylvio Back dedicou ao tema um belo documentário: Vida e Sangue de Polaco. O livro levanta, entre tantas questões, uma pequenina e muito curiosa. Por que dizemos "polonês" e não "polaco"? Eis algumas pistas simples de duas línguas neolatinas, como o português: em espanhol é "polaco", em italiano é "polacco". "Polaco" chegou antes à língua portuguesa. O primeiro registro escrito é de 1562. "Polonês" chegou quase um século depois, em 1656. Provavelmente foi a carga pejorativa sobre "polaco", especialmente sobre "polaca", que fez com que o português trocasse "polaco" por "polonês". Com efeito, "polaca" não denominou com preconceito étnico evidente apenas as prostitutas de várias nacionalidades, mas também a Constituição do Brasil promulgada no dia 10 de novembro de 1937. Como se vê, são detalhes que revelam, por vias sutis e transversas, que há mistérios medonhos em tantas ocultações, sejam de vivos, sejam de cadáveres de autores de quem crítica e historiografia literária exigiram como condição sine qua non para os reconhecerem nada menos do que o atestado de óbito!"P.S. Na foto: a jornalista Mai Nascimento (responsável pela revisão metódica do texto) o autor Dante Mendonça (cartunista, jornalista e escritor) e o arquiteto Jaime Lerner (ex-prefeito, ex-governador e presidente da Associação Mundial de Arquitetos) com o "Banda Polaca" na mão. Foto de Lina Faria.
quarta-feira, 24 de outubro de 2007
Orgulho polaco em Dublin
Divididos em três seções, fazem parte as obras "Stańczyk" de Jan Matejko, "Szał" de Władysław Podkowiński, "Opętanie" de Wojciech Weiss, "Śmierć" de Jacek Malczewski, "Kuropatwy" de Józef Chełmoński, "Korowód dziecięcy" de Witold Wojtkiewicz e "Dziwny ogród" de Józef Mehoffer. Na segunda seção: "Spotkania pokoleń" de Witkiewicz (pai e filho) e também de Jacek i Rafał Malczewski (pai e filho), de Tadeusz i Karol Stryjeński (pai e filho). E do período entre guerras, pode-se ver: Eugeniusz Zak, Tytus Czyżewski, Zbigniew Pronaszki, Henryka Stażewski e Henryk Berlewi. A obra que está servindo de propaganda e anúncio da exposição é o quadro art déco, "Znużenie" de Tamara Łempicka, vendido em 1927. Tamara fez muito sucesso em Paris e Estados Unidos. A exposição "Paintings from Poland. Symbolizm to Modern Art (1880-1939)", está aberta ao público na Galeria Nacional da Irlanda, em Ireland, Dublin, até 27 de janeiro de 2008. Os organizadores são o "Muzeum Narodowe w Warszawie" e o Instituto Adam Mickiewicz. Entrada franca. Esta aí uma boa idéia para a nova Cônsul da Polônia em Curitiba!!!!terça-feira, 23 de outubro de 2007
Resultado oficial das eleições
O partido vencedor foi o PO - Platforma Obywatelska (plataforma da cidadania) com 41,51%. Na seqüência, os partidos mais votados foram: PiS - Prawo i Sprawiedliwości (Lei e Justiça) com 32,11%, LiD - Lewicy i Democratów (Esquerdistas e Democratas) 13,15%, PSL - Polskie Stronnictwo Ludowe (Partido do Povo Polaco) 9,91%, Samoobrona (Autodefesa) 1,53%, LPR - Liga Polskie Rodzina (Liga da Família Polaca) 1,3% e Mniejszość Niemiecka (Minoria Alemã) 1%. Em relação aos assentos na Câmara (Sejm), o PO terá 209 deputados, o PiS 166, o LíD 53, o PSL 31 e a Minoria Alemã 1 deputado. No Senado o PO conquistou 60 cadeiras, o PiS 39 e uma, Włodzimierz Cimoszewicz, ministro das relações exteriores do ex-presidente Aleksander Kwaśniewski, com sua candidatura independente. O PO conseguiu mais de 50% dos votos em cinco grandes cidades: Poznań, Gdańsk, Warszawa, Wrocław e Gdynia e mais de 40% em outras 19 localidades. Seu pior resultado foi em Chełm, onde atingiu apenas 24,09%. O PO foi o mais votado na região Oeste do país e nas grandes cidades. Ja o PiS teve seu melhor desempenho em Nowy Sącz com 51,35% e cidades do Leste da Polônia. Os dois partidos de extrema-direita Samoobrona e LPR perderam seus mandatos no novo parlamento. Desta forma, os controvertidos Andrzej Lepper e Roman Giertych (LPR e ex-ministro da educação) voltam para casa mais cedo. Lepper, que teve apenas 8459 votos (dois anos atrás teve mais de 33.500), deve também deixar a presidência do Samoobrona. Outro que perderá o posto é o gêmeo Jarosław Kaczyński, que deixará de ser o primeiro-ministro. Porém, não volta pra casa, pois continuará sendo deputado. Desde já, Donald Tusk do PO é candidato ao cargo de primeiro-ministro e terá como adversário na disputa Waldemar Pawlak do PSL, que conseguiu individualmente expressiva votação.segunda-feira, 22 de outubro de 2007
Centro-direita virtual vencedor
O PiS (Prawo i Sprawiedliwości - Lei e Justiça) partido dos gêmeos Kaczyński, segundo as pesquisas de boca-de-urna conseguiu 31% dos votos, enquanto o PO fez 44%. O comparecimento de 55% dos eleitores foi um dos mais altos desde 1989. As eleições foram realizadas dois anos antes do previsto, forçadas pela ruptura da coalizão de direita comandada pelo gêmeo primeiro-ministro, depois de escândalos sexuais e de corrupção envolvendo membros dos partidos aliados. Os polacos elegeram 460 deputados para o Sejm e 100 senadores. O partido vencedor tem em seu plano de governo acabar com o Senado da República. Com eles no governo, o futuro dirá se realmente o PO vai acabar com o Senado. Se Kaczyński está mais à direita, Tusk não está muito distante: é centro direita. Ambos são conservadores, retrógrados e fervorosos católicos apostólicos romanos. Na questão econômica, talvez, eles tenham suas diferenças, pois enquanto Kaczyński é nacionalista, Tusk é liberal e acredita que um país deve ser ter um Estado mínimo para que os empresários possam especular sem rédeas. Até agora, o governo dos gêmeos fez uma caçada aos ex-dirigentes da época comunista e causou uma série de atritos na União Européia. Já o liberal PO promete não ser o "patinho feio" da Europa unida e mandar de volta pra casa os 900 soldados enviados para a invasão do Iraque pelo ex-presidente Aleksander Kwaśniewski, um dos líderes da esquerda que ainda restou na Polônia. Aliás, seria bom um estudo sobre o comunismo na Polônia, pois a cada dia que passa fica evidente que o sistema teve tudo, menos uma coloração esquerdista. Incoerência? Talvez, mas como a igreja católica sobreviveu num Estado ateu é a pergunta que os teóricos do Ocidente ainda não conseguiram responder.
domingo, 21 de outubro de 2007
Polacos vão às urnas
Nos postos, na Polônia basta apresentar o documento um identidade com foto. Nos consulados espalhados pelos cinco continentes, aqueles que possuem dupla cidadania, devem apresentar o passaporte polaco. Estão aptos a votar todos aqueles que no dia de hoje já têm 18 anos completos. O voto não é obrigatório, assim a luta dos candidatos, além do voto é conseguir que os eleitores compareção para votar. A freqüência dos eleitores, nas eleições parlamentares vem caíndo significativamente. Na primeira eleição, em 1989, compareceu 63% das pessoas e em 2005, apenas 40,5% do eleitorado. Na Polônia, o comparecimento dos eleitores está 30% menor que os demais países da Europa Ocidental e países da região. Neste ano, na França, para as eleições presidenciais votou 86% dos eleitores, na Irlanda o percentual foi de 63% e na Alemanha quase 78%. Nas últimas eleições na Hungria e na Estonia compareceu mais de 70% dos eleitores. A comissão eleitoral está prevendo o anúncio dos resultados para a tarde da próxima terça-feira.PRINCIPAIS PARTIDOS
O partido do Presidente Lech Kaczyński nasceu em 2001 e reflete os ideais dos conservadores, católicos e ultra-nacionalistas. Sua proximidade a Lech Wałęsa, valeu-lhe a si e ao seu irmão gêmeo Jarosław lugares destacados no primeiro governo após a queda do regime comunista. As suas posições radicais e de erradicação dos símbolos do comunismo lhes valeu, contudo, o afastamento e a perda da confiança de Lech Wałęsa.
O partido de Donald Tusk também foi criado em 2001. O Plataforma da Cidadania defende a econômia liberal. Suas propostas econômicas são no sentido de baixar os impostos e introduzir o imposto linear (em polaco "podatek liniowy"). Quer extinguir o Senado e diminuir a burocracia. Postula a luta contra a corrupção e a delinqüência. O partido apoia a integração total com a UE. Mas está de acordo com o PiS quando se opõe a eutanásia, matrimônio homosexual e a legalização das drogas.
Já a aliança de esquerda LiD é liderado pelo jovem deputado Wojciech Olejniczak. Compõe a coalização, o Sojusz Lewicy Demokratycznej - SLD, principal partido da social democracia na Polônia. O SLD Foi fundado em 15 de abril de 1999. A maior parte de seus membros foram do SdRP (Socjaldemokracja Rzeczypospolitej Polskiej - Social democracia da República da Polônia). O SdRP e outros partidos socialistas e social democratas formaram uma coalizão de esquerdas chamado SLiD. Em 1999, a coalizão se converteu em partido. Formavam parte antigos membros do PZPR (Polska Zjednoczona Partia Robotnicza - Partido Unido dos Trabalhadores Polacos, que governou a Polônia antes de 1989. O PZPR foi um partido comunista, mas hoje o SLD é um partido social democrata. Uma coalizão entre SLD e o PSL governou a Polônia entre 1993 e 1997. Seu maior representante atualmente é o ex-presidente Aleksander Kwaśniewski (presidente reeleito entre 1995 - 2005) que foi dirigente e um dos fundadores do Partido Social Democrata (Socjaldemokracja Rzeczypospolitej Polskiej), sucessor do Sindicato dos Trabalhadores Polacos e posteriormente do Sojusz Lewicy Demokratycznej - SLD. É filiado a Internacional Socialista, da qual fez parte o brasileiro Leonel Brizola.
sábado, 20 de outubro de 2007
Mais de um milhão de polacos na Grã-Bretanha
Ataque do inverno na Polônia
Manhã de neve em Zakopanesexta-feira, 19 de outubro de 2007
Nasce novo tratado na Europa
Os portugueses José Manuel Durão (presidente da Comissão Européia) e José Sócrates (presidente de turno da União Européia)Samba em Cracóvia
Neste sábado, o paranaense Edilson Ribeiro de Lima, acompanhado dos polacos Robert Jażdżewski e Jola Guzera voltam a agitar a noite de Cracóvia. Desta vez é no Klub Rotunda, na ulica Oleandry, nr 1. Com muito samba e ritmos latinos, Edilson e seus pares comanda uma apresentação-aula com muito karaoke e trajes de fantasia. Edilson estudou fisioterapia e reabilitação através do movimento, na AWF, de Cracóvia. Professor de aeróbica e fisioterapeuta, há cinco anos leciona e dança na "Scena Tańca Współczesnego" e há 3 anos é dançarino do grupo "Krasz". Também já fez preparação corporal de artistas no cinema e teatro. Na televisão, atuou no programa da TVN com Zbigniewa Wodecki - "Twoja Droga do gwiazd". Ensina em várias cidades da Polônia Funk, Samba, Bossa Nova e Yoga. Já o polaco, Robert Jażdżewski éprofessor de dança de salão e clássica há 10 anos. No início de sua carreira fez parte do grupo „United Breakers”, que se apresentava com hip hop e funk. atualmente é coreógrafo também dos programas de TV, "Video Clip Dance", "Latino" e "MTV Dance". Em 2006, conquistou o título de o mais „popular Instrutor do ano”. Eleições para mudar?
O jornal "Metro" distribuido gratuitamente nas ruas, principalmente nos pontos de ônibus, bondes e estações, todas as manhãs traz na edição desta sexta-feira, em sua primeira capa, uma convocação para as eleições do próximo domingo dia 21 de outubro: Na grande foto, da via pública, a mensagem: "tens tempo das 06 às 20 horas, quase todo o domingo, 21 de outubro. Tens chance de mudar a Polônia para melhor. Não desista de seu direito de decidir sobre isto, como irá parecer sua vida. Vá nas eleições!". TUA ESCOLHAAs eleições deste domingo são parlamentares e ocorrem depois da dissolução do parlamento polaco, no último mês de agosto. O governo dos gêmeos Kaczyński não tinham mais como levar adiante sua administração depois do rompimento da coalização de direita que os sustentava. Apesar de ser uma eleição antecipada para renovar a câmara dos deputados e o Senado, o que tem se visto nas últimas semanas é uma verdadeira campanha presidencial, pois vários foram os debates na televisão com os nomes que normalmente estariam disputando a presidência da República e não uma cadeira no Congresso. De um lado, o primeiro-ministro Jarosłam Kaczyński (iarossuaf catchinhski) do partido da situação e do outro, o ex-presidente Aleksander Kwaśniewski (kwachniévsqui) e o candidato derrotado nas últimas eleições presidenciais, Donald Tusk. A dois dias das eleições, o oposicionista Tusk está levando seu partido PO- Partido da Cidadania a conquistar a maioria das cadeiras no Parlamento. Mas pesquisa de opinião na Polônia, parece não combinar com a área rural, pois quando Tusk perdeu a presidência para o outro gêmeo Lech Kaczyński (lerrhhh catchinhsqui) as pesquisas o davam como vencedor. Porém, abertas as urnas, os camponeses tinham decretado sua derrota.
P.S. Assistindo a RTPI -Televisão Portuguesa sobre estas eleições, deu para perceber como um enviado especial, que não domina a língua do país que está reportando, pode incorrer em erro. O repórter português colocou num mesmo saco conservador, Tusk e Kaczyński, separando-os de Kwaśniewski, que para ele seria de esquerda. Muito pelo contrário: o que o dia-a-dia da política e os debates demonstraram é que se Kaczyński é representante exaltado do conservadorismo, Tusk é progressista. Além do que ele escorregou feio na pronúncia dos nomes polacos. E era tão fácil, bastava ouvir a intérprete polaca que o auxiliou. Porque mesmo falando em inglês, os polacos pronunciam seus nomes e sobrenomes em polaco.
Terra vermelha repercute nos EUA
O jornalista Lucius de Mello, que recentemente lançou em Curitiba e Florianópolis, o livro "Travessia da Terra Vermelha" está repercutindo além fronteiras. O jornal "Epoch Times", sediado em Nova Iorque e Los Angeles, está publicando em série, uma entrevista com o autor do livro sobre a colonização da cidade de Rolândia, por judeus, vindos da Alemanha. Na entrevista, Lucius conta, que nasceu em Bariri e não em Foz do Iguaçu, como muitos pensavam. Que seu desejo de ser escritor vem desde que começou a vasculhar a biblioteca de seu avô. e que escreveu um primeiro livro aos 12 anos de idade. Fazer o curso de jornalismo na Universidade Federal do Paraná e atuar em teatro de Curitiba, além dos 14 anos como repórter de TV, foram apenas fases para amadurecer a carreira de escritor. Antes da saga dos judeus de Rolândia, ela já havia escrito "Eny e o Grande Bordel Brasileiro" e "Um Violino para os Gatos". A entrevista (em inglês) pode ser acessada em:quinta-feira, 18 de outubro de 2007
100% POLACO
O cantor da banda Coração Nativo, Otacilio Drutchaiki incansável em sua defesa das tradições polacas no Sul do Brasil, lançou a marca 100% Polaco e a divulga em todas as festas e bailes onde se apresenta. Otacilio tenta assim concientizar aquelas pessoas que insistem em manter o pejorativo do termo Polaco. Sim! Porque estas pessoas ao criticarem, ao tentarem impedir aqueles que preferem o correto vocábulo em língua portuguesa - POLACO - e fazer de tudo para impor o termo Polonês, estão na verdade discriminando, da mesma forma que pretendem ao se proteger do mau uso da palavra Polaco, em décadas passadas.Lisboa sedia encontro de presidentes
A Itália é a outra grande dificuldade porque se recusa a ter menos eurodeputados do que a França e o Reino Unido, de acordo com a última proposta do Parlamento Europeu para a repartição dos assentos na próxima legislatura (2009-2014). Roma afirma "não poder aceitar" uma tal perspectiva, segundo avisou quarta-feira o chefe do governo Romano Romano Prodi. Contudo, parece muito improvável que este antigo Presidente da Comissão Europeia assuma a responsabilidade pelo fracasso na aprovação do Tratado de Lisboa, admitindo-se que tente resolver a questão à posteriori, ao contrário do que pretende a presidência portuguesa da UE.Por seu lado, o Primeiro-Ministro luxemburguês, Jean-Claude Juncker disse que "haverá acordo em Lisboa porque é preciso que haja um acordo". Afirmou ainda: "É preciso acabar com o umbiguismo e as lamentações sobre o nosso próprio destino".No mesmo sentido pronunciou-se quarta-feira o chefe do Governo britânico, Gordon Brown, que declarou ter "chegado a altura de acabar com este período de prolongado debate institucional introspectivo".O novo tratado visa adaptar a União à sua extensão ao antigo bloco comunista da Europa do Leste, que a fez passar de 15 para 25 e, desde o início deste ano, para 27 países, com a adesão da Roménia e da Bulgária. Se o texto for aprovado restará apenas a sua ratificação pelos 27 países membros. O cenário da ratificação tem vindo a complicar-se com o cada vez maior número de opiniões públicas a exigirem que se faça por referendo. Qualquer rejeição reeditaria o drama da rejeição francesa e holandesa da Constituição europeia em 2005 que mergulhou a Europa nesta crise institucional. Em princípio o único país obrigado a proceder a uma consulta popular é a Irlanda que tem essa obrigação constitucional. Os restantes países correm menos riscos com a ratificação parlamentar, apesar das dificuldades sentidas nos últimos dias pelo executivo de Gordon Brown que vê aumentar diariamente o número dos que fazem campanha pelo referendo e o acusam de não cumprir a palavra dada. A Cimeira de Lisboa tem início às 18h00 de Lisboa no Pavilhão Atlântico.P.S. são necessárias algumas observações ortográficas, de acentuação e de vocabulário neste texto do jornal português, para o idioma falado no Brasil. Não que seja tão difícil como o idioma da Polônia, mas algumas palavras os brasileiros não hão de entender. Então vamos lá: Cimeira - reunião de alta cúpula.
Polónia - os português falam o segundo O aberto, nada mais natural que acentuem com acento agudo e não circunflexo como no Brasil. Polacos - os portugueses não conhecem a discrimatória palavra poloneses, bem como os demais sete países de língua portuguesa (incluído Portugal).
Na altura - naquele momento.
repartição - no Brasil o mais usual seria usar a palavra divisão.
matéria publicada no site do jornal português em http://www.publico.pt
Na foto de Peter Andrews... o presidente Lech Kaczyński e o primeiro-ministro português e presidente de turno da União Européia José Sócrates.
Vampiro de Curitiba ataca em Portugal
Foto de Alberto Melo Viana
O escritor Dalton Trevisan mais uma vez deu lição de literatura com um bilhete curto, direto e definitivo, assim como o estilo de seus contos. Foi na entrega do Prêmio Portugal Telecom, que pela primeira vez incluiu na seleção escritores de fora de Portugal, e Trevisan ficou com o segundo lugar e R$ 35 mil.O primeiro prêmio foi para Gonçalo Tavares, com "Jerusalém" (R$ 100 mil para ele). A atração da noite e o que realmente importou em tudo isso - para nós que não ganhamos nada em dinheiro - foi a seguinte mensagem enviada por Dalton: "Só a obra interessa.O autor não vale o personagem. O conto é sempre melhor que o contista. Vampiro sim, de almas.Espião de corações solitários, escorpião de bote armado. Eis o contista. Só invente o vampiro que exista. Com sorte, você adivinha o que não sabe. Para escrever mil novos contos, a vida inteira é curta.Uma história nunca termina. Ela continua depois de você.Um escritor nunca se realiza. A obra é sempre inferior aos sonhos. Fazendo as contas percebe que negou o sonho, traiu a obra, cambiou a vida por nada. O melhor conto só se escreve com tua mão torta, teu avesso, teu coração danado. Todas as histórias, a mesma história, uma nova história.O conto não tem mais fim senão começo. Quem me dera o estilo do suicida em seu último bilhete.
Essa nota foi copiada do Solda em "http://cartunistasolda.blogspot.com , que por sua vez já tinha copiado do blog Gazeta do Povo/blog Sobretudo
2007 - O ano de Wyspiański
A Polônia está comemorando em 2007, o Ano de Wyspiański, um dos maiores artistas de sua história. É o centenário da morte do gênio polaco. Costumo dizer, que se não tivesse nascido e vivido na Polônia invadida pelos austríacos, seria cultuado não só entre os polacos, mas em todo o mundo como o maior gênio dos séculos 19 e 20 nas artes mundiais. Único entre os principais artistas europeus a dominar todos os gêneros artísticos. Sua capacidade e artisticidade não fica nada a dever a Picasso, Miró, Dali e outros. Muito pelo contrário, era superior a eles, pelo menos na versatilidade. Não bastou a ele ser apenas pintor de óleos, não! Ele também foi mestre no pastel, na policromia, no vitral, na escultura, na modelagem de móveis artísticos, na poesia e na dramaturgia. É de sua autoria, o texto mais importante do teatro polaco, "Wesele" (bodas de casamento). Peça na qual, Ziembinski, o pai do moderno teatro brasileiro, foi buscar inspiração e a transmitiu a Nelson Rodrigues, para juntos montarem "Vestido de Noiva".
Recebeu de batismo, os nomes Stanisław, Ignacy, Mateusz. Morreu em 1907. O pequeno Stanisław começou seus estudos na Escola de Exercícios do Seminário de Professores, localizado no Palácio Larisch. Foram colegas de classe os futuros artistas, Józef Mehoffer, Henryk Opieński, Stanisław Estreich e Lucjan Rydel. Ele perdeu sua mãe em 1876. Órfão de mãe terminou a escola primária e logo em seguida começou a estudar no Ginásio Santa Ana. Em 1880, perdeu seu pai e foi obrigado a viver sob os cuidados da sua tia Janina, que havia se casado com Kazimierz Stankiewicz, amigo do mestre da pintura polaca Jan Matejko. Quando tinha 17 anos, Wyspiański escreveu seu primeiro drama intitulado "Batory pod Pskowem". Em 1887, começou a estudar pintura na Escola de Belas Artes, cujo diretor era Jan Matejko. Ao mesmo tempo fazia teatro amador e estudava na Uniwersytet Jagielloński, história, historia da arte e literatura. Em abril de 1889, o prefeito da cidade, concedeu-lhe uma bolsa de estudos de 150 złotych (zuotirrrh - ouro) por ano. Neste mesmo ano, Wyspiański ganhou uma excursão de férias, tendo como guia o professor Władysław Łuszczkiewicz. Na verdade, a excursão era de estudos e o jovem tinha a incumbência de desenhar as casas de madeira em Bobowa, como material documental da pequena cidade. Neste mesmo ano, Wyspiański e Mehoffer começaram a ajudar o mestre Matejko nas pinturas policrômicas da Igreja de Santa Maria. O diretor dos trabalhos era Tadeusz Stryjeński. Em primeiro de março, Wyspiański, com a ajuda de Stryjeński e cartas de recomendações de Matejko, realizou sua primeira viagem de estudos ao estrangeiro. Esteve em Viena, Veneza, Pádua, Verona, Mântua, Milão, Basiléia, Como, Lucerna e Paris. Wyspiański depois disco voltaria a Paris para mais seis semanas de estudos. Retornou a Polônia através da Alemanha e Praga.
Nos anos 1891-1894 voltaria outras três vezes a Paris, onde estudaria na Academia Colarossi e na École des Beaux Arts. Lá recebeu influências de P. Gauguin e importantes mestres japoneses. Voltou mais uma vez a Cracóvia em 1895. No ano seguinte, Wyspiański foi contratado para pintar a Igreja de Santa Cruz. Contudo, durante os trabalhos de restauração, ele encontrou a policromia original do século 16, nas paredes da igreja. Wyspiański, preferiu então, copiar a policromia encontrada a fazer uma nova.
Em 1897, o artista começou seu trabalho de vitrais na igreja São Francisco de Assis (aqui está a maior expressão da arte do vitral da Polônia e sua principal obra nesta arte: "Deus". Ele passou a fazer parte da Associação Amantes da História e Monumentos de Cracóvia depois disso. Neste mesmo ano, Wyspiański realizou uma exposição promovida pela Associação dos Amigos das Belas Artes, na edificio da Sukiennice, no Rynek de Cracóvia, expondo 35 de seus quadros pastel. Obteve críticas bastante positivas da revista "Nowa Reforma". Em Janeiro deste ano, o artista em parceria com o semanário „Życie”, (jitchie - vida) promove a partir de primeiro de outubro, uma exposição na Associação de Artes de Lwów, onde apresentou quadros dos vitrais da igreja de São Francisco de Assis de Cracóvia que havia produzido além das ilustrações do livro „Ilíada”.
P.S. Relação dos quadros e suas obras...Autorretrato, 1894. Pastel, 56,5 x 45 cm Paris. Comprado pelo Museu Nacional em 1936, número do inventário: 121693
-"Madonna z Dzieciątkiem", 1904 Pastel, 199 x 82,5 cm. comprado em 1947, nr in. 129294.
- Głowa Apollina, z witrażu domu Towarzystwa Lekarskiego w Krakowie, 1904
Litografia, 34,9 x 32,5 [43,5 x 37,9] cm. Museu Nacional Warszawa, nr in. Gr.Pol.21280. comprado de Leopold Wellisza em 1964.
-Materhood, 1902. Pastel, 62 x 46,5 cm. Doação de Jakub e Alina Glass 1935, nr. inv:77777;
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
Polônia perdeu: foi amistoso
A entrada de vários reservas foi a desculpa do técnico holandês da Polônia, para a derrota para a Hungria por um a zero. Gol de penalty do húngaro Tamas Hajnal. O jogo foi amistoso. A Polônia tem 24 pontos e Portugal 23 pontos e restam duas partidas para cada seleção. Por sua vez, Portugal, com Murtosa no banco, em jogo válido pelas eliminatórias, venceu o Casaquistão por 2 a 1. A revelação do jogo foi o jogador Makukula, que além do gol, ofuscou a vedete Cristiano Ronaldo.
O jogador do Marítimo, que foi convocado para o lugar do lesionado Nuno Gomes, entrou no segundo tempo, fazendo sua estréia na seleção principal portuguesa e logo marcou aos 82 minutos, de cabeça, após cruzamento de Quaresma.Polônia pode cair no grupo da morte
Smolarek é a esperança de golO lugar no grupo 1 já está garantido a vencedora da última Copa, a Grécia (desde que se classifique) e a uma das anfitriãs. Neste grupo pode estar também a Alemanha. Se a Polônia vencer as duas últimas partidas contra Béligica e Sérvia, pode ficar como cabeça de chave do grupo 3. Dependendo da combinação de pontos pode também ir para o grupo 4. Com tantas possibilidades baseadas, principalmente, nos pontos e posições conquistadas na fase eliminatória, o futuro é tende a ser bastante difícil. Enquanto dezembro não chega e as duas últimas partidas não acontecem, a equipe enfrenta, hoje, em partida amistosa, a Hungria. O treinador holandês, Leo Beenhakker, aproveita para testar alguns jogadores. Será o 31 jogo entre as duas seleções a a vantagem histórica é dos húngaros, que venceram 19 vezes e empataram outras 4. O melhor resultado polaco foi 4 x 2, em outubro de 1975, em Łódź (uudji).

