sexta-feira, 29 de março de 2013

O que é o Śmigus-Dyngus


Śmigus-Dyngus é a comemoração da segunda-feira, pós domingo de Páscoa, na Polônia. Conhecida como a segunda-feira molhada. 
Celebrações semelhantes são realizadas na República Tcheca, na Eslováquia (Oblévačka em checo, Oblievačka em eslovaco, ambas significando "Rega") e na Hungria, onde é conhecido como Vízbevető ou "Mergulhe água na segunda-feira".
Tradicionalmente, os meninos jogam água sobre as meninas que passam sob suas janelas, nas praças, ruas e campos. As meninas, por sua vez, batem nos meninos com ramos com painas de salgueiro. 
Isto é acompanhado por uma série de rituais, como fazer declarações em verso e batendo de porta em porta como numa procissão. 
Em algumas regiões da Polônia, os meninos se vestem como se fossem ursos. As origens da celebração são incertas, mas são dos tempos pagãos (antes de 1000 A.C.). Os primeiros registros escritos datam do século 15. 
A celebração continua a ser praticada tanto na Europa Central como nos Estados Unidos, onde é grande a presença da etnia polaca. Ali a festa evoluiu para uma combinação de tradições polacas e com elementos patrióticos americanos.
Enquanto fazem a festas meninos cantam, "Dyngus, dyngus, po dwa jaja; nie chce chleba tylko jaja. ("Dyngus, dyngus, para dois ovos; Eu não quero pão mas ovos").
As meninas tentam fugir da molhadeira, escondem-se, mas para serem resgatadas dão como pagamento aos rapazes "pisanki" (ovos pintados), considerados amuletos mágicos que trazem boas colheitas, bem sucedidas relações sexuais e partos saudáveis.
Apesar de, em teoria, as meninas deverem esperar até no dia seguinte para obter a sua vingança, molhando também os meninos, na prática, ambos jogam água uns sobre os outros no mesmo dia.
Os ramos de painas de salgueiros parecem ter sido adotados como uma alternativa para a folhas de palmeira usada em outras partes como celebrações da Páscoa, porque as palmas não existiam na Polônia.
Os ramos de painas foram abençoados pelos padres no Domingo de Ramos, após o que, os paroquianos chicoteavam uns aos outros com os ramos de salgueiro cantando, "Nie ja bije, Wierzba bije, za tydzień, wielki Dzień, za sześć noc, wielkanoc" ("Não sou eu quem bate, o salgueiro é quem bate, daqui uma semana, no grande dia, daqui a seis noites, na grande noite da Páscoa ").

A música tradicional do Śmigus-Dyngus (pronuncia-se chmingus dingus)"

"Seu pato me disse
Que você já fez um bolo
Sua galinha me disse 
Que ela botou numa cesta, meia dúzia de ovos 
Sua porca me disse que você matou seu filho
Se não foi seu filho, então foi sua filha pequena
Dê-me alguma coisa, nem que seja um pouco de sua gordura
Quem não for generoso hoje
Pode contar que não terá o céu."

Origens
A celebração tem origens pré-cristãs e envolvem as festas do equinócio de março. As origens da palavra "Dyngus" são obscuras. Alguns sugerem que pode ter influência saxônica, "dingeier" ("os ovos tem dono") ou "dingnis" ("resgate").
A ocorrência da celebração em todos os países ocidentais eslavos, mais a Hungria (cujos antepassados ​​conquistaram uma região anteriormente habitada por eslavo ocidentais - polacos, eslovacos e tchecos) sugere uma origem comum na mitologia pagã, provavelmente uma ligação com as deusas da fertilidade eslavas.
Pode, eventualmente, estar relacionada com a tradição de regar os cabelos das espigas de milho, para fazer crescer os pés da plantação e foi representado, em algum momento, na forma de uma boneca, ou de uma grinalda feita a partir dos cabelos do milho.
Isto seria simbolicamente encharcado em água e mantido durante o inverno, até que seu grão fosse misturado com a semente de milho para garantir uma boa colheita.
Com o tempo, a crescente influência do cristianismo na Polônia incorporou as celebrações do Dyngus, juntamente com outras práticas pagãs, em festas cristãs como a segunda-feira de Páscoa.
Alguns sugerem ainda, que o uso da água é uma alusão ao batismo de Mieszko I, o Duque dos Polanos (c. 935-992), que em 966 dC, uniu toda a Polônia, sob a bandeira do cristianismo.
Originalmente "śmigus" e "dyngus" eram duas festas separadas. O "śmigus" envolve o ato de jogar água (oblewanki), e o "dyngus", subornando os molhadores com "pisanki" (ovos de galinha pintados e decorados) para escapar do "śmigus". Mais tarde, ambas as tradições se fundiram num dia só, pois enquanto o "śmigus" era comemorado na segunda-feira, o "dyngus", na terça-feira. 
Em 1410, as festas foram proibida pelo bispo de Poznań, em um decreto intitulado "Dingus Prohibitur", que instruiu os moradores para não "incomodar ou importunar os outros no que é chamado universalmente de Dingus".

quarta-feira, 27 de março de 2013

100 mil saíram as ruas em Katowice para protestar


Cerca de 100 mil pessoas protestam hoje no Sudoeste da Polônia. A manifestação contou com a participação de mineiros, trabalhadores do transporte e de centros de saúde. 
Nas voivodias (estados) do sudoeste do país, durante algumas horas, foi suspenso o serviço de transporte ferroviário, centenas de escolas cancelaram as aulas, os hospitais quase paralisaram o atendimento. 
Os manifestantes pedem mais segurança no trabalho, aumentos de pensões e proteção do governo em minas de carvão. As manifestações que duraram quatro horas na região de Silésia foram comandadas pelo sindicato Solidariedade
Eles exigem incentivos fiscais para as empresas durante o tempo de inatividade, uma indenização às empresas afetadas pelas obrigações da Polônia de controlar as emissões para a atmosfera, bem como rejeitam a reforma da educação e saúde que prevê a redução do financiamento estatal de escolas e hospitais. 
 Os manifestantes pediram ao governo do primeiro-ministro, Donald Tusk, para melhorar o código trabalhista com a finalidade de dar às companhias mais flexibilidade nas horas de trabalho em momentos de crise, e reestruturar o sistema de saúde debilitado e ineficiente. 
Os membros do sindicato realizaram ações de apoio em Katowice, Gdansk e algumas outras cidades da Polônia. 
O ministro da Economia, Janusz Piechocinski, afirmou que o governo conversou com os sindicatos, que haviam pressionado por demandas "inaceitáveis", que onerariam o orçamento do Estado já apertado. 
A região da Silésia foi a mais próspera da Polônia durante o período comunista, mas tem sido afetada desde 1990 pelo fechamento de muitas minas e siderúrgicas. 
Se as autoridades não aceitarem o diálogo, os sindicatos ameaçam exigir a renúncia do governo.
 As informações são da Associated Press e da Radio Voz da Rússia.

A revolta estudantil de março de 1968 na Polônia


Em 30 de março de 2008, Adam Michnik, fundador do jornal diário "Gazeta Wyborcza", concedeu entrevista ao jornal francês "Le Monde" sobre os acontecimentos em 1968, na Polônia.
No mesmo momento em que o mundo ocidental era varrido pela revolta estudantil, na Europa Central aconteciam dois movimentos também importantes na esfera mundial, que foram a "Primavera de Praga", na então Tchecoslováquia e o Expurgo do Judeus da Polônia.
O  estopim para as autoridades polacas começarem a expulsar os judeus ocorreu naquele 8 de março quando os policiais entraram em conflito com os estudantes, que protestavam diante da estátua de Adam Mickiewicz, em Varsóvia contra a censura a peça de sua autoria, "Os avós".
A alegação dos censores era de que a peça era um manifesto contra a Rússia.
Os líderes estudantis foram expulsos da universidade. Isso, deu início a uma série de manifestações e repressões que se estenderam a outros centros e cidades.
Os manifestantes foram dispersados com violência. Muitos foram detidos. A contestação tomou conta da Escola Politécnica de Varsóvia e das Universidades de Cracóvia e de Wrocław.
"A revolta espontânea dos estudantes foi para o chefe do Partido Comunista polaco na época, Wladysław Gomułka, um bom pretexto para se impor aos seus rivais na disputa pelo poder", considera o historiador Dariusz Stola.
"Criticado por sua tendência autoritária por militantes comunistas de origens judaicas e intelectuais, Gomułka teve a chance de desacreditá-los, já que um bom número de líderes da revolta estudantil eram filhos ou filhas de intelectuais judeus comunistas", como Adam Michnik.
Segundo Stola, "Gomulka tinha muito medo de que a Polônia fosse 'contaminada' pelas reformas tchecoslovacas da Primavera de Praga", esmagada pelos tanques russos do Pacto de Varsóvia, em agosto de 1968.
Com a ajuda da polícia política e dos radicais do partido, o chefe do PC polaco, Gomułka, deu início à caça ao "judeu comunista". Aproximadamente 20 mil pessoas foram obrigadas a abandonar o país e 13.500 delas perderam a nacionalidade entre 1968 e 1970, segundo documentos encontrados nos arquivos do Estado.
"Não tenho sentimento algum de nostalgia por meu país natal", afirma Nelly Plotzker, 62 anos, que fugiu da Polônia em 1968 para viver em Israel. "Vimos que era preciso partir e fizemos o que as autoridades nos fizeram fazer", conta a polaca-israelense.
Małgorzata Melchior, 57 anos, decidiu em 1968 permanecer na Polônia. "Meu irmão mais velho decidiu emigrar para a Suécia. Nosso pai queria sair também, mas eu, uma estudante de 17 anos, não queria ouvir falar disso", diz ela.
Um grupo de intelectuais polacos, dentre os quais o cineasta Andrzej Wajda e o Prêmio Nobel de literatura Wisława Szymborska (falecida), fizeram um apelo ao então presidente Lech Kaczyński para pedir uma restituição automática da nacionalidade polaca aos judeus obrigados a emigrar em 1968.
"Entre os crimes comunistas, a infâmia de março de 1968 permanece como um evento que pesa particularmente sobre a consciência polaca", escreveram os signatários do apelo.
Em março de 2008, o ministro do Interior, Grzegorz Schetyna, passou a expedir certificados de nacionalidade polaca às pessoas (na sua maioria polacos de origem judaica) que a perderam em 1968.
Muitos cidadãos israelenses, por esta lei, já foram contemplados nos primeiros meses após a promulgação da Lei, com a cidadania polaca. Grande parte deles, não por um sentimento de carinho pela Polônia, mas porque a cidadania é extensiva a toda a União Europeia.
Em muitos destes, que readquiriram a cidadania polaca, o antipolonismo é latente e exagerado. Alegam que fazem o reconhecimento da cidadania, pela possibilidade de livre acesso à União Europeia e alardeiam que a Polônia é antissemita.
De alguma forma eles tem suas razões, pois este antissemitismo é cultivado e disseminado pela emissora católica conservadora, Radio Maryja e principalmente pelo seu fundador Padre Tadeusz Rydzyk, além de suas televisões à cabo,  como o canal "Trwam" e outros jornais que representam os setores ultranacionalistas. 
Um herói do célebre sindicato Solidariedade e fundador do jornal diário "Gazeta Wyborcza", Adam Michnik comenta, em entrevista ao "Le Monde", sobre os eventos que marcaram o movimento estudantil de 1968, na Polônia e suas consequências nas décadas seguintes, as quais acabariam por derrubar a União Soviética, à partir dos estaleiros de Gdańsk
Apesar de ter sido ele mesmo vítima dos acontecimentos de março de 1968 na Polônia, Adam Michnik foi "esquecido" por ocasião da cerimônia oficial comemorativa, em 8 de março de 2008, realizada na presença do presidente conservador Lech Kaczyński (falecido na tragédia de Smoleński),  ele mesmo, um primo distante de Michnik, como pode-se ler no final desta entrevista. 

Entrevista 

Le Monde - Na Polônia, o movimento de estudantes e de intelectuais, que nasceu a partir da suspensão das apresentações da peça "Os Avôs", de Adam Mickiewicz (1798-1855, poeta e escritor polaco) no Teatro Nacional de Varsóvia foi utilizado como pretexto pelo poder comunista para deslanchar a sua vasta campanha antissemita...

Adam Michnik - Aquela era uma campanha contra os intelectuais e contra as liberdades. Na História, não existem apenas lutas vitoriosas. O mês de março de 1968, viu a vitória de uma política extremamente chauvinista, xenófoba e autoritária, além da nossa derrota. Uma verdadeira derrota. Três semanas depois de ter sido iniciado, o nosso movimento foi liquidado pela máquina policial. A maioria dos líderes do movimento acabou sendo encarcerada. Foi uma campanha brutal, que também resultou nos processos e nas expulsões de professores e de estudantes. O levante de 1968 também foi o primeiro movimento de massa contra a ditadura. Este movimento, que foi fomentado pela nova geração, aquela que nascera na Polônia comunista, teve continuidade alguns anos depois. A tradição da jovem democracia polaca havia nascido. 

Le Monde - Devemos concluir então que em 1968, a sua geração abriu caminho rumo à liberdade? Aquele que a conduziria aos protestos operários de Gdansk, à criação do Comitê de Defesa dos Operários (KOR), e depois ao sindicato Solidariedade?
Adam Michnik - O KOR, e mais tarde o Solidariedade, constituíam uma ampla confederação, que por sua vez tinha origem em inúmeras fontes. O movimento de 1968 era uma delas, mas não a única. 

Le Monde - Por que os movimentos de protesto polacos, que estavam germinando havia meses, encontraram a sua expressão em 1968? 
Adam Michnik - Estes são os segredos da situação revolucionária! Na Polônia, a inspiração tchecoslovaca certamente exerceu a sua influência sobre o movimento. Em março de 1968, os estudantes tinham como slogan "Toda a Polônia aguarda seu Dubcek" (Alexander Dubcek, 1921-1992, antigo líder do Partido Comunista da Tchecoslováquia, iniciou as reformas da "Primavera de Praga" em 1968). Se a evolução democrática era possível em Praga e em Bratislava (capital da Eslováquia, então parte da Tchecoslováquia), por que não em Varsóvia? Mas o movimento polaco foi também, para nós, uma surpresa. Ninguém havia imaginado que o ato de protesto contra o cancelamento da temporada de "Os Avôs", no Teatro Nacional em Varsóvia, em janeiro, seria o ponto de partida de um vasto movimento estudantil. Proibir apresentações de uma peça de Mickiewicz, que é para os polacos o que é Victor Hugo para os franceses, era intolerável. Os nossos protestos foram fortalecidos e repercutidos pela revolta de grandes escritores, entre os mais conhecidos e os mais respeitados na Polônia - Andrzejewski, Sloniński, Kolakowski. No início de março, o governo decidiu expulsar vários estudantes, entre os quais, eu, estava incluído. Aquele foi um momento decisivo. Como resposta, nós organizamos um grande comício no campus da universidade de Varsóvia. Mas ninguém havia imaginado que o dia 8 de março seria o primeiro dia de um grande movimento que se disseminaria por várias universidades na Polônia. 

Le Monde - O que o senhor tinha em mente, naquela sexta-feira, 8 de março de 1968, aos 21 anos, no pátio da Universidade de Varsóvia, diante dos inúmeros estudantes que estavam reunidos naquele ato de protesto contra a sua exclusão?
Adam Michnik - Eu me opunha à ditadura, é claro. Para os meus amigos e para mim, aquele era um ato de protesto em nome do socialismo democrático. Aquela era a língua universal da época, a da "Primavera de Praga", entre outras.

Le Monde - Na época, os movimentos de protesto que tomaram conta da Europa, do Leste ao Oeste, tiveram protagonistas da mesma geração. Apesar de lutarem por opções que, contudo, eram radicalmente opostas em 1968, teriam eles lutado em defesa dos mesmos valores?
Adam Michnik - Esses movimentos eram profundamente diferentes. Os slogans que eram clamados na Sorbonne ou em Berlim Oeste eram dirigidos contra o capitalismo, a sociedade de consumo, a democracia burguesa definida como uma pseudo-democracia, e, além disso, também contra os Estados Unidos e a guerra do Vietnã. Para nós, era uma luta em prol da liberdade na cultura, nas ciências, na memória histórica, em prol da democracia parlamentar, e, por fim, no que veio a ser visível, sobretudo, na Tchecoslováquia, contra o imperialismo soviético, não o americano.

Le Monde - Em 1968, a Polônia também foi o palco dos expurgos antissemitas orquestrados pelo general Moczar, que atingiu inicialmente os quadros do partido em nome de uma campanha antissionista, e depois provocou o êxodo de 15 mil polacos de origem judaica.
Adam Michnik - Por que Moczar e seus asseclas utilizaram a linguagem antissionista e antissemita? Em primeiro lugar, em função das suas convicções nacionalistas, chauvinistas, que também lhes permitiram alinhar-se com Moscou contra Israel. Segundo, porque isso lhes permitiu instaurar divisões entre os quadros do regime. Tradicionalmente, muitos apparatchiks (membros da hierarquia do partido comunista) tinham origens judaicas, e não apenas no aparelho do partido, como também nos hospitais e na universidade. E finalmente, porque eles se baseavam na tradição, forte na Polônia, do movimento nacionalista Endecja, cuja linguagem era o antissemitismo. Ao recorrer a esta linguagem, o poder comunista procurou fincar raízes na tradição polaca.

Le Monde - Foi preciso esperar por 20 anos, até 1988, para que o poder comunista polaco reconhecesse pela primeira vez o caráter antissemita dos eventos de 1968, ainda que livrando de toda responsabilidade os quadros do partido. Aquilo chegou a ser considerado como suficiente?
Adam Michnik - Foi inaceitável. Até o fim, a grande maioria dos "apparatchiks" permaneceu silenciosa em relação àqueles fatos. Atualmente, 40 anos depois, a situação está completamente mudada. Os pós-comunistas, em sua maioria, nos seus discursos públicos, são absolutamente contra o chauvinismo étnico. Eles utilizam a linguagem dos social-democratas ocidentais. Paradoxalmente, o discurso antissemita populista migrou para a direita, não só com Roman Giertych e sua Liga das Famílias Polacas. Tendências antissemitas bastante fortes estão despontando nos meios de comunicação, tais como os jornais diários "Nasz Dziennik" (dirigido pelo Padre Rydzyk), "Nasza Polska", e, de vez em quando, até mesmo o "Rzeczposposlita", que aposta na ambivalência.

Quem é Adam Michnik



Ele nasceu em 17 de outubro de 1946, em Varsóvia, na Polônia. Filho de Ozjasz (Uzziah) Szechter, um comunista polaco judeu muito conhecido (Primeiro Secretário do Partido Comunista do Oeste da Ucrânia) e de Helena (Hinda) Michnik, escritora de livros infantis e uma comunista fervorosa. Adam Michnik se define a si mesmo como um polaco de origens judias.
Especialistas em genealogia afirmam que Michnik é um primo distante dos gêmeos Lech e Jarosław Kaczyński. Isto porque, pelo lado materno, Adam é neto de Hirsch Michnik, que juntamente com sua esposa Perła de Grünwaldów viviam com seus três filhos em Cracóvia, na ulica (rua) św. Sebastian, nr. 34, onde também vivia o bisavô de Adam Michnik, Selig Michnik, com a idade de 65 anos, um conhecido talmudista de Cracóvia.
Ainda pelo lado materno, Adam é bisneto de Hillel Schmeidler, que era irmão de Sarah e cujo marido tinha um irmão, Symche Wachtel, que por sua vez, era marido de Eidel Mendelsohn, cuja irmã, Chawa, era sogra de Julia Bergson.
Esta senhora por sua vez teve como primeiro marido, o pintor Aleksander Lesser conhecido irmão do nobre (magnata) Zygmunt Lesser, casado com a também nobre Laura Krasicka, viúva do magnata Edward Dunin-Borkowski.
Este por sua vez, era primo de Helena Wolski, esposa do general Jan Krukowiecki. A filha do general Krukowiecki, Bronisława Olszewska era irmã de Julia que é a trisavó (tataravó) de Lech (presidente da república falecido) e Jaroslaw Kaczyński (ex-primeiro-ministro e presidente do Partido PiS - Direito e Justiça (de extrema-direita).
Adam Michnik é o fundador e editor-chefe do principal jornal polaco da atualidade, o Gazeta Wyborcza, onde às vezes escreve sob o pseudônimo de Andrzej Zagozda ou Andrzej Jagodziński.
Adam foi um dos principais organizadores da oposição democrática ilegal na Polônia, nos anos 60, 70 e 80.
Historiador, ensaísta, jornalista político. Ele recebeu muitos prêmios, incluindo a distinção de Cavaleiro da Legião de Honra da Polônia.

terça-feira, 26 de março de 2013

Melhores fotos da reportagem polaca 2013


As melhores fotos de fotorrepórteres polacos em 2013, no Concurso BZ WBK Press Photo 2013. 
A foto "Vida Cotidiana" de Jakub Ociepa / Agência Gazeta Wyborcza retrata a nevasca sobre os carroceiros do Rynek (Praça do Mercado) que esperam pelos turistas. 
Foto tirada no dia 15 de fevereiro de 2012.

sexta-feira, 22 de março de 2013

Merkel tem tio polaco


Por esta ninguém esperava, muito menos os polacos. A segunda pessoa mais poderosa do mundo na atualidade, a cientista e política alemã, Ângela Merkel, a chanceler da Alemanha, é neta de polacos. Seu avô lutou nas Forças Armadas polacas contra os alemães, os ucranianos e os soviéticos.

Margareth e Ludwig Kasner (Ludwik Kazmierczak)
O avô de Merkel, Ludwik Kazmierczak, fez parte das Forças Armadas Polacas criada na França e conhecida como Blue Army, Błękitna Armia, ou ainda Haller Armii. Formação comandada pelo general polaco Józef Haller. Este agrupamento militar foi criado em junho de 1917, como parte de unidades polacas aliadas à Entente. 
Depois da Primeira Guerra Mundial, o exército foi transferido para a Polônia, onde tomou parte nos conflitos da renascente Polônia com seus inimigos do Leste. Durante a Guerra polaco-ucraniana, o Exército Azul ajudou a quebrar o impasse em favor da Polônia. Também Durante a Guerra Polaco-bolchevique, o Exército Azul (por usar as cores dos uniformes franceses) desempenhou um papel fundamental na defesa bem sucedida da Polônia contra as forças soviéticas. 

Os avós de Angela Merkel com seu pai nos braços
Já no ano de 2000, Merkel, em entrevista a revista Der Spiegel, tinha declarado ser um quarto polaca. Segundo ela seu sobrenome Kasner foi o nome inventado pelo avô polaco Ludwik Kazmierczak, em 1930, depois de ter deixado Poznań, capital da Voivodia (Estado) da Wielkopolska (Grande Polônia), na Polônia, com destino à Alemanha. 
Também os avós maternos de Merkel, Willi Jentzsch e Gertrud Drange, nasceram na Polônia ocupada. De acordo com jornal semanal Preußische Allgemeine Zeitung, ambos tinham ascendência alemã e viveram em Gdańsk (Danzig em alemão), onde Willi Jentzsch era um professor ginasial. 
Ângela Dorothea Kasner, nasceu em Hamburgo, na Alemanha, filha de Horst Kasner (1926-2011). Este por sua vez nasceu em Berlim, e sua esposa Herlind Jentzsch, em 1928, em Gdańsk. Ela era filha de alemãs e foi professora de inglês e latim, além de membro do Partido Social-Democrata da Alemanha. 
O pai de Merkel estudou teologia em Heidelberg e, depois, em Hamburgo. Em 1954, recebeu um pastorado na igreja de Quitzow (perto de Perleberg em Brandenburgo), que então estava na Alemanha Oriental, e a família mudou-se para Templin.

o tio polaco de Angela Merkel - Zygmund Rychlicki
Dessa forma, Merkel cresceu numa região rural a 80 km ao norte de Berlim. O jornal Gazeta Wyborcza, de Varsóvia, publica nesta sexta-feira, dia 22 de março, que um primo de Angela Merkel, o aposentado polaco Zygmunt Rychlicki, residente no Condôminio Kosmonautów, em Poznań, na Polônia, virou celebridade de uma hora para outra. 
Isto porque, ainda nos anos 80, no período comunista, Rychlicki enviava cartas para um primo da cidade de Templin, então Alemanha Oriental, de nome Horns Kasner
Passados todos estes anos e com o cessar das correspondências, Rychlicki, deu-se conta, que o primo (metade polaco) tinha um casal de filhos, Angela e Marcus. Angela então era estudante de química. 
Na semana passada, Rychlicki tomou conhecimento da mais recente biografia da chanceler alemã Angela Merkel e veio a descobrir que o avô dela, nasceu em 1896, com o nome de polaco de Ludwik Kazmierczaki, em Poznań. 
Com a ajuda de jornalistas e arquivistas da cidade de Poznań, Zigmund que era filho de Anna Kazmierczaki (mãe solteira), que mais tarde se casou com Ludwik Rychlicki, nasceu em 1934, certificou-se que realmente seu avô é também o avô de Merkel. 
Portanto, Zygmunt Rychlicki é tio da mulher mais poderosa do mundo, na atualidade. “Foi uma sensação, não é? Um ano atrás, eu li em algum lugar que o pai Merkel era um pastor. Mas não me dizia nada naquele momento. Estava escrito o nome dele Horst Kasner. Soubemos que Horst Kasner teve uma filha de nome Angela, mas ninguém lembrou de que poderia ser a chanceler alemã.”, diz Zygmunt Rychlicki.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Nova temporada do Duppa em Araucária


Neste dia 23 de Março (sábado), Dupa inicia nova Temporada do “No Empório com Isidório”!!! na Cantina Da Lídia.
Novo Texto, Novas piadas. Isidório, além de aprontar das suas, receberá nesta edição o Zico da Jovem Pan. 
Totalmente participativo, onde o público pode até dar uma palhinha, opinar sobre a programação do dia, pedir o microfone e mandar ver! 
Além de boas risadas, há o cardapio da casa, carinhosamente inspirado na cozinha polaca, de fazer inveja aos melhores Chef’s da Kraków. 
Adquira já o seu ingresso, diretamente na Cantina ou pelos telefones: 3642-2769, 9915-0163, 9995-7306, 
Vá se divertir com Isidório Duppa e valorizar o artista local, afinal, eles são a essência da terra.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Papa Francisco vai canonizar João Paulo II


Fontes da agência italiana "Ansa" no Vaticano informaram que logo após a eleição, o novo Pontífice falou ao cardeal Stanisław Dziwisz, ex-secretário de João Paulo II, sobre sua determinação em levar adiante a conclusão do processo. 
Uma das principais expectativas do Vaticano, a canonização de João Paulo II, pode ser o primeiro feito do Papa Francisco - que teria presenciado um milagre atribuído a Karol Wojtyła quando ainda era cardeal. 
O antecessor de Francisco, Bento XVI, beatificou Wojtyła em tempo recorde, somente seis anos após sua morte, descontando cinco anos do processo normal. A beatificação é o primeiro passo no processo de canonização. 


Dziwisz, no entanto, não confirmou as informações, pois, segundo ele, "a questão é séria demais para ser discutida em um encontro breve". Mais cedo, o jornal argentino "Clarín", afirmou que o Papa deve iniciar as beatificações de seu pontificado com o padre Carlos de Dios Murias, argentino sequestrado, torturado e assassinado em 1976 junto com o também sacerdote francês Gabriel Longueville durante a ditadura. 
A canonização de João Paulo II é uma das principais expectativas da Santa Sé, mas "é preciso terminar algumas medidas formais que ainda não foram tomadas", explicou ao jornal "Vatican Insider" o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi. "Antes de tudo, é necessário um decreto reconhecendo o milagre e, em seguida, um consistório para decidir a data da canonização. Há um desejo generalizado de canonização do Papa João Paulo II, mas não há data definida para isso", disse. 
 O próprio Bergoglio, quando ainda era cardeal, presenciou um milagre atribuído a João Paulo II, em Buenos Aires: uma mulher recuperou-se misteriosamente de um câncer do intestino que já estava em metástase após ter conhecido Wojtyła. A revista italiana "Chi" relembra a história. Josefa Natividad Zelaya, hoje com 70 anos, teria sido curada depois de um encontro com o Pontífice na Catedral de Nossa Senhora de Luja'n, em Buenos Aires. "Eu fui em direção ao Papa e caí de joelhos, chorando, enconstando na borda da batina branca. Em seguida, ele tocou minha cabeça com as mãos. Depois de um tempo as metástases desapareceram", lembra. 
 Muito impressionado com o acontecimento, Bergoglio chorou e deu à mulher uma imagem do Papa. "O que aconteceu é um milagre de João Paulo II, leve esta foto para sempre com você", disse Francisco na época. 
 Em janeiro, o cardeal italiano Giovanni Battista Re, confidente próximo de João Paulo II, disse que ele poderia ser nomeado santo ainda este ano. "Não tenho informações suficientes para dizer com certeza que ele vai se tornar santo até o final do ano, mas eu sei que, recentemente, três ou quatro de seus milagres estavam sendo examinados", disse o cardeal Re. "Se não for este ano, será em 2014."

Fontes: Ansa, Gazeta do Povo, O Estado de SPaulo.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Bispos ucranianos lembram a limpeza étnica polaca na Volínia

Catedral de São Jorge, em Lwów, sede da Igreja Greco-católica da Ucrânia
Em todas as igrejas do rito greco-católica na Ucrânia, neste domingo, foi lida uma mensagem sobre os 70 anos dos crimes de guerra ocorridos na antiga voivodia polaca da Volinia
A região foi território polaco desde o século XIV até 1945, em que pese a ocupação russa entre 1795 a 1918. Cidades importantes fundadas por polacos estão nesta região como Łuk, que era a capital da voivodia, Rowne (em 1931 pop. 42.000 hab.), Kowel (pop. 29.100 hab.), Włodzimierz Wolynski (pop. 26.000 hab.), Krzemieniec (pop. 22.000 hab.), Dubno (pop. 15.3000 hab.), Ostróg (pop. 13.400 hab.) e Zdolbunów (pop. 10.200 hab.). 
Nos anos de 1943 e 1944 foram mortos cerca de 100 mil polacos e e 20 mil ucranianos ali. Para relembrar os crimes cometidos ali os bispos ucranianos, neste domingo, escreveram que "Hostilidade mútua para derramar sangue fraterno não é desculpa". Pela primeira vez na história os bispos ucranianos do rito grego-católico se manifestam sobre a tragédia na Volínia e não mencionam de forma concreta sobre uma reconciliação polaco-ucraniana
Stepan Bandera
Como os fatos comprovam a história, na primavera de 1943, partidários da facção nacionalista ucraniana B (do nome do líder Stepan Andriyovych Bandera, que chefiava a OUN- Organização dos Nacionalistas Ucranianos) começou a limpeza étnica da população polaca na Volínia. 
 O objetivo era intimidar ou liquidar fisicamente os polacos, em face da derrota esperada diante da Alemanha nazista, e antes da chegada do Exército Soviético, e com isso formar ali um Estado ucraniano. A "Ação Antipolaca", como foi sacramentada nos documentos da OUN B e seu braço militar do Exército Insurgente Ucraniano, evoluiu para um sangrento massacre de polacos civis, mulheres e crianças. 
Foram queimadas aldeias inteiras, igrejas e escolas. Os guerrilheiros nacionalistas ucranianos foram apoiados por agricultores locais, que muitas vezes eram obrigados a assassinar os seus vizinhos polacos, se não o faziam espontaneamente. 


Os habitantes polacos da Volínia foram inicialmente surpreendidos, mas com o tempo, reagiram às represálias espontaneamente como forma de autodefesa, até que chegasse nestas áreas a 27ª. Divisão de Infantaria da Armia Krajowa. Segundo os historiadores, como resultado do conflito na Volínia, que também se espalhou para a Galícia, foram mortos em 1943 e 1944, aproximadamente 100 mil polacos e cerca de 20 mil Ucranianos. 
Não bastasse os polacos estarem sendo atacados por duas das Forças Armadas mais poderosas da época, Nazista e Soviética, também os guerrilheiros nacionalista ucranianos se aproveitaram da segunda guerra mundial para dizimar seus irmãos e vizinhos polacos. 
"No limiar da celebração do 70º aniversário do conflito ucraniano-polaco na Volínia, nós, os bispos da Igreja greco-católica ucraniana, gostaríamos de apresentar a proclamação que expressa nossa posição sobre estes trágicos acontecimentos - escreveram os bispos superiores - Uma coisa é indiscutível: diante de Deus não há nenhuma desculpa, nenhuma vida humana destruída ou nenhum dano esquecido". 
Swiatosław Szewczuk
 Os bispos manifestam que os polacos e os ucranianos devem ter uma memória coletiva diferente desses eventos, uma avaliação diferente do contexto histórico, e até mesmo dão-lhes nomes diferentes. Na Polônia, falam de "massacres", "limpeza étnica genocida", enquanto na Ucrânia de "Tragédia de Volínia" ou "guerra civil fratricida"
Eles relutantemente admitem que os crimes antipolacos cometidos pelos líderes do movimento nacional, no oeste da Ucrânia são considerados atos nacionais e os líderes são adorados como heróis. 
Os bispos sublinharam que merecem condenação tanto as políticas do B do OUN, que levou ao assassinato de civis e autoridades polacas, como também a política anti-ucraniana de antes da Segunda Guerra Mundial: "A nossa obrigação moral diante de Deus é informar que as razões políticas e ideológicas que pareciam convincente para nossos antepassados, levou ao assassinato de pessoas inocentes e vingança mútua. Isto que alguns parecia ser justo, embora não santificado por Deus, era um cruel pisoteamento de seus mandamentos e o grande eclipse do espírito humano". 
A carta lida nas igrejas era assinada por Swiatosław Szewczuk, arcebispo superior da Igreja Greco-católica da Ucrânia.
A manifestação sem precedentes foi lida em todas as igrejas greco-católica na Ucrânia, que é a religião mais popular no Oeste da Ucrânia, e está intimamente associada com o movimento nacional, embora a Volínia predominantemente ortodoxa. 
A alta hierarquia Greco-católica queria que sua mensagem fosse uma carta conjunta com o episcopado católico na Ucrânia. Mas seu presidente, o Arcebispo Mieczysław Mokrzycki de Lwów (Lviv para os ucranianos) discordou, argumentando que os ucranianos não batem o suficiente em seus próprios peitos. 
Mieczysław Mokrzycki
Sua resistência causou espanto no Episcopado polaco, que ao longo dos anos, envia sinais de reconciliação em cartas à no mesmo espírito manifestado neste domingo pela Igreja greco-católica da Ucrânia. 
O Arcebispo Mokrzycki, ex-secretário pessoal do Papa João Paulo II, é originário de Lwów e tem uma história de relação emocional entre as duas nações. Particularmente ele falou ao Papa João Paulo II sobre reconciliação polaco-ucraniana: "É hora de romper com o passado doloroso, vamos perdoar - dando e recebendo - pois só assim este ato irá se espalhar como um bálsamo de cura em cada coração. Que a purificação da memória histórica que nos une possa ser colocada acima do que o que nos divide, a fim de que possamos construir juntos um futuro baseado no respeito mútuo, cooperação e solidariedade fraterna genuína."

domingo, 17 de março de 2013

As melhores cidades da Polônia

Um estudo foi elaborado no âmbito da Organização das Nações Unidas para o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), a pedido do Ministério do Desenvolvimento Regional, em várias cidades da Polônia.
O relatório final apresenta o nível local e regional de desenvolvimento humano. O indicador local usa o Índice de Desenvolvimento Humano Inovador (LHDI), que inclui dados de três categorias: saúde, educação e o nível de riqueza da população.
O índice de saúde é avaliado com base no número de anos que um recém-nascido consegue sobreviver até a fase de criança.
O segundo indicador é o número de mortes. Na Polônia, em 2010, a causa de 71%  das mortes foram doenças do coração e o câncer.
Em relação à educação é avaliado o percentual de crianças matriculadas no pré-primário e no ensino fundamental e as notas obtidas no exame ginasial (apenas matemática e ciências sociais).
A relação de riqueza é a soma dos contribuintes pré-imposto de renda, acrescido dos rendimentos da agricultura e da despesa total em assistência social. Abaixo estão os 10 melhores municípios do país segundo estes critérios.

1º. Varsóvia - área de 51.724 ha, quase 2 milhões de habitantes.
Índices:
Saúde 68,97;
Educação 97,75;
Nível de riqueza 99,83


2º. Piaseczno (região metropolitana de Varsóvia) - área de 62.104 ha, mais de 160 mil habitantes.
Índices:
Saúde 68,01;
Educação 83,74;
Nível de riqueza 92,44


3º. Pruszków (região metropolitana de Varsóvia) - área de 24.631 ha, mais de 150 mil habitantes.
Índices:
Saúde 59,95;
Educação 78,93;
Nível de riqueza 81,96


4º. Varsóvia Oeste (região metropolitana de Varsóvia com os distritos de Błonie, Łomianki, Ożarów Mazowiecki) - área de 53.299 ha, mais de 100 mil habitantes. Índices:
Saúde 67,39;
Educação 70,88;
Nível de riqueza 79,72


5º. Cracóvia - área de 32.680 ha, mais de 760 mil habitantes.
Índices:
Saúde 69,00;
Educação 88,47;
Nível de riqueza 61,27


6º. Poznań - área de 26.185 ha, mais de 550 mil habitantes.
Índices:
Saúde 62,35;
Educação 85,83;
Nível de riqueza 68,37


7º. Rzeszów - área de 11.632 ha, mais de 182 mil habitantes.
Índices: s
Saúde 85,90;
Educação 83,24;
Nível de riqueza 50,52


8º. Sopot - área de 1.731 ha, quase 38 mil habitantes.
Índices:
Saúde 52,86;
Educação 88,38;
Nível de riqueza 72,74


9º. Gdynia - área de 13.514 ha, quase 250 mil habitantes.
Índices: s
Saúde 75,60;
Educação 77,53;
Nível de riqueza 57,40


10º. Legionowo - área de 39.278 ha, mais de 100 mil habitantes.
Índices: s
Saúde 66,35;
Educação 73,76;
Nível de riqueza 67,37



segunda-feira, 11 de março de 2013

Cursos de extensão de idioma Polaco na UFPR


Estão abertas na Secretaria do Depertamento de Letras Estrangeiras Modernas da UFPR, na rua Gen. Carneiro, 460 IX andar, Ed. D.Pedro I, as inscrições para os seguintes Cursos de Extensão de longo prazo na área de Letras Polaco para o ano de 2013: 

Pogadajmy po polsku 3 – A roda de conversação em polaco, 
e Piosenka jest dobra na wszystko – Encontros com a canção polaca. 

Cursos de Extensão – Polaco 2013 - 11 março 2012 

1) Pogadajmy po polsku - Roda de conversação em polaco. 

O curso consistirá em ampla prática de conversação dirigida, em língua polaco. 
Início: 18.03.2013 
Término: 25.11.2013 (recesso de 25.07.2012 a 31.08.2013) 
Horário: Segundas-feiras, das 17:30h às 18:30h; 
Local: sala a ser informada; 
Carga horária: 32h Número de vagas: 40 
Inscrições: por email: piasecka@yahoo.com até dia 18.03.2013; ou pessoalmente, entre os dias 11 e 18.03.2013, na Secretaria do Departamento de Letras Estrangeiras Modernas (DELEM) da UFPR, na R. Gen. Carneiro, 460; Ed. D.Pedro I, 9º andar. 
Pré-requisito: a habilidade mínima de conversar ou acompanhar a conversação em polaco. 
Local do curso: Departamento de Letras Estrangeiras Modernas (DELEM) da UFPR, Rua General Carneiro, 460 (Prédio Dom Pedro I, 9º andar), Curitiba – PR. 
Coordenação: Profa. Aleksandra M. Piasecka-Till 
O curso será ministrado pelos/as docentes e discentes do curso de Letras-Polaco da UFPR: Aleksandra Piasecka-Till, Márcia Kovalczyk, Marcin Raiman; Agnieszka Baczewska, Everly Giller, Pedrita Setenareski e Sônia Eliane Niewiadomski. 

2) Piosenka jest dobra na wszystko – Encontros com a canção polonesa. 

O curso pretende apresentar as canções polonesas pertencentes a vários gêneros (música popular, de poesia cantada, de cabaré e folclóricas), o contexto da sua criação e a autoria, assim com criar a oportunidade de aprofundar o conhecimento cultural com ênfase no musical e no línguístico. 
Início: 21.03.2013 
Término: 28.11.2013 (recesso de 25.07.2012 a 31.08.2013) 
Carga horária 32h. 
 Número de vagas: 40 Horário: 
Quintas-feiras, das 17:30h às 18:30h. 
Inscrições: por email: piasecka@yahoo.com até dia 21.03.2013, ou pessoalmente entre os dias 11 e 21.03.2012,. na Secretaria do Depertamento de Letras Estrangeiras Modernas (DELEM) da UFPR, na R. Gen. Carneiro, 460; Ed. D.Pedro I, 9º andar 
Pré-requisito: capacidade básica de leitura em polaco e de tradução do polaco para o português. 
Local do curso: Departamento de Letras Estrangeiras Modernas (DELEM) Rua General Carneiro, 460 (Prédio Dom Pedro I, 9º andar), Curitiba - PR. Coordenação: Profa. Aleksandra M. Piasecka-Till. 
O curso será ministrado pelos/as docentes e discentes do curso de Letras-Polonês da UFPR: Aleksandra Piasecka-Till, Márcia Kovalczyk, Marcin Raiman, Piotr Kilanowski; Ana Carina Novak, Everly Giller, Pedrita Setenareski e Sônia Eliane Niewiadomski.

Capriles descende de polacos


O presidente interino da Venezuela, Nicolás Maduro, e o líder da oposição Henrique Capriles Radonski se enfrentarão nas eleições do dia 14 de abril, que vão decidir quem terminará o mandato do falecido presidente Hugo Chávez em 2019. 
Capriles Radonski aceitou o desafio neste domingo, um dia após ter recebido a proposta da aliança partidária de oposição, a Mesa da Unidade Democrática (MUD). 
Capriles Radonski representou à MUD nas eleições vencidas por Chávez no dia 7 de outubro, nas quais perdeu com o apoio de 6,6 milhões de venezuelanos (44,31% dos votos), frente aos 8,2 milhões (55,07%) de votos do governante falecido. 

Quem é o oposicionista venezuelano

Henrique Capriles Radonski nasceu em 11 de julho de 1972, em Caracas. De origem russo-polaca-holandesa. 
 Seu bisavô por parte de mãe era um russo judeu askenazí que, após a Primeira Guerra Mundial se estabeleceu na Polônia. 
 O avô, já nasceu na Polônia e engenheiro formado, trabalhou durante o entre guerra na distribuição de filmes e exibições de filmes. 
 Durante a Segunda Guerra Mundial os bisavôs de Henrique foram assassinados no campo de extermínio de Treblinka, na Polônia e o avô Andrzej envolveu-se em ações da resistência polaca. A avó Lili, polaca da família dos Bochenek que ficou confinada por 20 meses no gueto de Varsóvia
Juntos conseguiram fugir do gueto. Depois da guerra, Andrzej e Lili mudaram-se para a Venezuela, onde em 1947, abriram sua primeira sala de cinema e que viria se tornar a base de uma rede de cinemas por todo país, chamada de "Circuito Radonski". 
 Na Venezuela, nasceu Monica Cristina Bochenek-Radonski, que se casou com Henrique Capriles García, venezuelano de ascendência holandesa. 
Os Capriles García são originários da Ilha de Curaçao, que por sua vez,  eram de ascendência judaica sefardi. O trisavô Elías Capriles, nascido em Curaçao, em 1850 se converteu ao catolicismo.
Henrique Capriles García já era um empresário bem sucedido quando se casou com Monica. Ele era proprietário do consórcio "Cadena Capriles", empresa na área de mídia e mercado imobiliário. Em 1950, ele ajudou a lançar a Kraft Foods na Venezuela. 
O candidato à presidência venezuelana, Henrique Capriles Radonski é formado em Direito, pela Universidad Católica Andrés Bello de Caracas, e tem especialização na Columbia University de Nova Iorque, na Academia Internacional IBFD de Amsterdam e no Centro Interamericano de Administradores Tributários, de Viterbo, Itália. 
Durante as eleições do ano passado, quando foi derrotado por Chaves, explicou que seu pai, Henrique Capriles García, era católico e que, por sua vez, havia herdado a fé de sua mãe, Laura, enquanto sua mãe era judia. 
Mas os pais "concordaram em educar seus filhos na fé católica até que eles tivessem idade suficiente para decidir por si mesmos, qual religião seguir.” E por isso, embora sua ascendência judia askenazí-sefardi, é um católico fervoroso. 
Ainda durante a campanha, partidários de Hugo Chaves, "vieram aqui e me chamaram de nazista. Como se minha avó ficou presa no Gueto de Varsóvia e meus bisavôs foram mortos em Treblinka?", disse Henrique Capriles Radonski, depois que as paredes da antiga casa colonial, sede do governo de Miranda, foram pichadas em vermelho com suásticas e os partidários de Chaves gritavam "fascista nazista!"diante do edifício.

Se vencer as eleições, Henrique Capriles Radonski será o segundo descendente de polaco, a chegar a presidência de um país latinoamericano. O primeiro foi o costariquenho Teodor Picado Michalski. No Brasil pelo menos dois governadores de Estado são descendentes de polacos-judeus Jaime Lerner no Paraná e Jacques Wagner (tem cidadania polaca inclusive), na Bahia.

sábado, 9 de março de 2013

Tusk ameaçado de morte

O primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, recebeu três cartas com ameaças de morte nos últimos meses. 
Duas dessas cartas foram enviadas para sua casa e a terceira, ao escritório do chefe de governo polaco. 
A polícia e serviços secretos da Polônia estão realizando investigações a respeito. 
 As ameaças estão relacionadas com um processo judicial contra um torcedor radical de futebol acusado de comércio de anfetaminas. 
Se sua culpa for provada, o homem poderá ser condenado a 10 anos de reclusão. Alguns torcedores consideram que, valendo-se do combate aos narcotraficantes, as autoridades reprimem torcedores radicais.
A informação é da Rádio Voz da Rússia.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Promotor militar polaco ainda não tem resultado algum

Embora o porta-voz do Comitê Investigativo Rússia-Polônia, Vladimir Markin da Federação Russa, tenha divulgado hoje, em Moscou, que "os especialistas dos dois países apresentaram como resultado dos testes e exames, que não houve explosão no avião Tupolev Tu-154M", que transportava a comitiva do Presidente Lech Kaczyński a Katyń, o promotor militar polaco Zbigniew Rzepa, disse logo depois em Varsóvia, que assim que possível comunicarão o resultado, na Polônia. 
Zbgniew Rzepa
Rzepa contradizendo a informação de Markin, disse que "Nossos especialistas não estiveram envolvidos em, território da Federação Russa, em nenhuma pesquisa, e também não estiveram em qualquer laboratório russo para investigar se houve explosão na queda do TU-154M, que vitimou o ex-presidente polaco"
Markin tinha informado hoje cedo que peritos dos dois países, coletaram mais de 300 amostras dos destroços e dois pedaços de bétula, árvores na qual o avião bateu. 
Rzepa apenas confirmou que investigadores polacos estiveram envolvidos na inspeção visual de dois fragmentos de bétula, os quais atingiram o Tu-154M. 
"Devido à natureza da prova, a sua indivisibilidade, o teste seria conduzido em conjunto por especialistas polacos e russos" - explicou o russo Vladimir Markin. 
O promotor militar polaco, por sua vez, disse que durante sua estada em Moscou e Smolenski, junto com grupo polaco apenas dimensionaram dois fragmentos de bétula. 

Pisanki & Cia.: símbolos polacos de Páscoa


São muitos os símbolos pascoalinos na tradição polaca, representadas em Pisanki, wycinanka ou bonecos. Muitas de suas simbologias, embora ligadas ao Cristianismo, possuem origens nas antigas tradições eslavas. Pisanka (do verbo pisać - escrever) é um costume eslavo de fazer pinturas em ovos (muito desenvolvida na Polônia), que simboliza a natureza do surgimento da vida. Com a cristianização, tornou-se também símbolo da Ressurreição de Cristo e da Páscoa.

Os símbolos tanto na Pisanka, quanto na wycinanka são:

Animais: simbolizam riqueza, prosperidade e boa saúde; são cavalos, ovelhas, renas.
Cordeiro: simboliza Cristo, o Cordeiro de Deus, que foi sacrificado por nós.
Flores: simbolizam o amor felicidade, caridade, delicadeza, humildade, a beleza feminina, o surgimento da vida e seu crescimento, e a fragilidade.
Galos: simboliza a fertilidade, coragem, ousadia, a masculinidade, a vitória da luz sobre as trevas, a anunciação da vinda do sol e condutor das almas em direção a luz.
Pintinhos/Patinhos: simbolizam o surgimento de uma nova vida, são representados por meio de bonequinhos de tecido.
Peixes: simbolizam Cristo, denotam a vida e a pureza. 
Árvores: simbolizam a juventude, vida eterna, o triunfo da vida sobre a morte, a ligação do homem à esfera celestial. Representa a Árvore da Sabedoria, o livre arbítrio.
Trigo: simboliza a fartura, boa colheita, prosperidade, a comunhão, o Pão, o casamento, bons frutos da vida Cristã.
Triângulo: representa a Santíssima Trindade (Pai, Filho, Espírito Santo), a Família (Pai, Mãe, Filhos). 
Círculo: o olho de Deus. 
Cruz: representa o sacrifício que Cristo fez pela humanidade, simboliza a vida eterna, a união do céu com a terra; a união da água, do fogo, do ar e da terra; os pontos cardinais.

  • Cruz Gamada simbolizava o mais poderoso Deus do panteão eslavo: o Deus do sol: Swaróg
Girrassol/Sol: simboliza a vida, riqueza, prosperidade, a luz, a sabedoria, a nobreza e a masculinidade.
Traços espirais, triangulares: simbolizam a eternidade.
Estrelas: pureza, luz, imortalidade, coragem, conhecimento, as almas no céu, a luz espiritual.
Rosas: simbolizam o ventre, a origem da vida, a mulher, a feminilidade.

Rússia e Polônia concluem investigação da catástrofe de Smolenski


Os investigadores russos e polacos concluíram a investigação da catástrofe do avião Tupolev-154 do ex-presidente da Polônia, Lech Kaczyński, ocorrida em 2010, comunicou hoje Vladimir Markin, porta-voz do Comitê russo de Investigação. 
Segundo Markin, os trabalhos realizados incluíram novos exames a árvores e a fragmentos da aeronave danificadas e recolhidas amostras de estrutura do avião para análises comparativas.

terça-feira, 5 de março de 2013

Violonista polaca premiada se apresenta em Curitiba


Patricia Piekutowska é uma das mais destacadas violinistas polacas da atualidade.
Há treze anos ela percorre a Polônia e os cinco continentes em turnê como solista. Em maio de 2003, em Varsóvia, recebeu o "Prêmio Belvedere Internacional" para jovens artistas polacos que alcançaram significativo sucesso internacional.
Em janeiro de 2008, a primeira violinista polaca, recebeu o Prêmio "MIDEM Cannes Classical". Em seguida, gravou um CD inteiramente dedicado à música de Krzysztof Penderecki, onde ressalta a composição "Capriccio" com solo do violino de Piekutowska junto a uma orquestra sinfônica.
O álbum acabou recebendo o "Prêmio Les Crescendo Joker", na Bélgica, e também os prêmios "Pizzicato Supersonic", em Luxemburgo e o "Exelentia Scherzo", na Espanha. 
 Em setembro de 2007, Patricia Piekutowska  concluiu seu doutorado em artes musicais na Academia de Música de Katowice. Também é diplomada pela Academia de Música Fryderyk Chopin de Varsóvia, com honras em 2000, na classe do prof. Tadeusz Gadzina, além do mestrado com "Grande Distinção" na classe do prof. Igor Oistrakh, do Conservatório Real de Bruxelas.
Desde 2002, é professora na Academia de Música Fryderyk Chopin, em Varsóvia.
Em suas apresentações mundais, esteve no Uruguai, onde se apresentou em um recital junto com Janusz Olejniczak e a Orquestra Filarmônica de Montevidéu. Em novembro de 2003, juntamente com Igor Oistrakh atuou no Concerto em D menor para dois violinos de Johann Sebastian Bach com Filarmônica Nacional de Varsóvia e outro com Filarmônica, em Katowice.
Em fevereiro de 2006, fez a estreia sua europeia no Concerto de Violinos Roxanna Panufnik acompanhada por NOSPR, sob regência de Gabriel Chmura no 25º. Festival de Música Contemporânia "Musica Polonica Nova", em Wrocław.
Há três anos, toca em duo com Beata Bilińska, com quem gravou dois CDs. Ambas as gravações receberam o "Prêmio Pizzicato Supersonic",  em Luxemburgo, e elogios em revistas de música como "Gramophone" e "The Strad".
Em novembro de 2008, ela se apresentou em dois recitais por ocasião do 75º. ano de nascimento do compositor Krzysztof Penderecki, em Washington, DC e Nova York, além do Festival dedicado a Penderecki, na Polônia.


No total, Piekutowska já se apresentou em 500 concertos em cinco cinco continentes e gravou 7 CDs. 

Os 7 discos
1998 – Lutosławski, Paderewski, Wieniawski, Maria Szwajger-Kułakowska – fortepian (KBK)
2000 – Sibelius, Wieniawski – koncerty skrzypcowe, Narodowa Orkiestra Symfoniczna Polskiego Radia, dyr. Antoni Wit (CD Accord)
2004 – Penderecki Violin & Piano Works, Beata Bilińska – fortepian (DUX)
2006 – Józef i Henryk Wieniawscy, Edward Wolanin – fortepian (DUX)
2006 – Bacewicz, Lutosławski, Szymanowski, Beata Bilińska – fortepian (DUX)
2007 – Penderecki, „Capriccio” – NOSPR, dyr. Krzysztof Penderecki (DUX)
2009 – „Power of emotion” – Miniatury na skrzypce i fortepian, Mariusz Rutkowski – fortepian (DUX)

Assista vídeo com Patrycja

segunda-feira, 4 de março de 2013

Wałęsa convoca imprensa para explicar


"Em caso algum, pedirei desculpas a alguém", disse hoje, Lech Wałęsa (pronuncia-se lérrrhh vaúensa), explicando seu discurso da última sexta-feira sobre os homossexuais e o lugar das minorias no parlamento e na vida pública. 
O ex-presidente da Polônia disse que seus pontos de vista são apoiados pela maioria da nação e contra apenas a opinião de "poucas pessoas influentes."
Em Gdańsk, onde mora, Wałęsa explicou que, "Eu apenas disse que as minorias, às quais dou toda a honra, não deviam anunciar-se como maioria e querer impor seus pontos de vista. Eu estou cansado desse surto de propaganda, dessa ladainha contínua, deveriam falar de outras coisas". Ele ressaltou, que apesar das repercussões negativas, respeito as minorias.
Lech Wałęsa disse que não os está ameaçando, "provei isso durante toda  minha vida de lutas. No entanto, agora, que essas minorias são perigosas, que as ameaças dessa minoria desfilem e queiram seus direitos à maioria, eu não posso concordar. Falo isso como um democrata", acrescentou.
Wałęsa insistiu que ele, "não teve a intenção de ofender ninguém e que suas palavras no muro são uma espécie de metáfora."
Para ele, em particular, o parlamento deve ser reflexo da sociedade. "Se eles têm, por exemplo, 5 por cento, e, provavelmente, não tem sequer isso, eles não podem querer ocupar a Vice-presidência da Câmara dos Deputados, porque para isso deve haver, pelo menos, 20 por cento de apoio. Eu disse a eles que não quero joga-los fora.", disse o ex-líder do Solidariedade.
E antes de finalizar a entrevista coletiva, afirmou que, "Quase toda a nação me apoia, e só algumas pessoas estão contra mim. Estas opiniões mostram como eles são perigosos e que eles são uma ameaça. E portanto, a maioria não é a perigosa. E Wałęsa não é uma ameaça - Eu admito, eu concordo, porque a liberdade é minha proposição de vida e eu lutei por ela. No entanto, para mim, eles estão tentando limitar a minha liberdade. Isso é errado e por isso é que eu vou lutar contra."

sexta-feira, 1 de março de 2013

Polaco é campeão mundial de salto de esqui


A grande montanha de Predazzo ainda fala polaco. 

Essa a manchete do principais jornais europeus nessa sexta-feira, após o saltador de esqui Kamil Stoch, transformar-se no segundo polaco campeão mundial de saltos em esqui. O primeiro tinha sido o já lendário Adam Małysz, duas vezes campeão da modalidade.
O polaco Kamil saltou 131,5 metros, em 19 segundos, na grande rampa de Val di Fiemme, na região de Treviso, na Itália, nesta quinta-feira, 28 de fevereiro.
Stoch repete a façanha de Małycz que venceu ali, naquela mesma rampa em 2003.

"Sim, ele é polaco. Sim, ele é um campeão mundial e, sim, ele pode saltar muito longe. Mas por favor, não o chamem de Małysz. Seu nome é Kamil Stoch e ele é o novo Campeão do Mundo na grande colina de Predazzo." 

Estas são as frases que iniciam o noticiário dos veículos de comunicação europeus. Os jornalistas esclarecem que não se trata do herói nacional polaco Małysz, mas sim de um novo polaco, que atende pelo sobrenome de Stoch.

Kamil Wiktor Stoch nasceu em 25 de Maio de 1987 em Zakopane, sul da Polônia. Tem 1,73 m de altura e 53 kg. Fez sua primeira aparição mundial em 2003, ano em que seu ídolo Małysz se tornava campeão do mundo
Kamil é filho de Kristyna e Bronisław Stoch. Ele tem duas irmãs, Anna (nascida em 1983) e Natalya (nascida em 1985). 

Kamil foi criado e educado na cidade de Ząb. Cursou na escola de campeões Zespół Szkół Mistrzostwa Sportowego, em Zakopane. 
Graduou-se na Academia de Educação Física de Cracóvia e em outubro de 2012 recebeu o título de Mestre de educação física, na mesma faculdade.
Em 7 de agosto 2010, casou-se na Igreja da Congregação dos Paulinos de Bachledówce, em Zakopane, com Ewa Bilan.


Stoch conquistou a sua medalha de ouro com um salto quase perfeito registrado ainda na primeira série de saltos. O polaco realizou uma verdadeira obra de arte na montanha italiana, e com uma assinatura do maior salto do dia (131,5 metros) com uma técnica que acabou por lhe conceder três notas 19,5 dos juízes, quase tocando a perfeição com um dedo. 
Na segunda rodada, Stoch não perder o foco e, apesar do grande desafio representado pelos seus concorrentes, ele manteve a primeira posição, com um salto que claramente dava a ele o merecido e tão esperado título mundial de campeão. 
Uma corrida perfeita, com o melhor total de pontos, tanto na primeira série quanto na segunda. Por trás da perfeição de Stoch, a medalha de prata foi para um dos principais protagonistas dos saltos de esqui destes dias de campeonato mundial, Petr Prevc, da Eslovênia, que em poucos dias passou da condição de  um quase desconhecido para um dos maiores saltadores do Mundo. 
E finalmente, um pequeno pedaço da Noruega (campeã geral do torneio com 6 medalhas de ouro) não poderia faltar no pódio de Val di Fiemme e, portanto, Anders Jacobsen assumiu o papel de "Norueguês do Dia" conquistando uma merecida bronze. 
O primeiro a saltar foi justamente Jacobsen. O norueguês parecia confortável com a situação e cravou 131 metros. Logo depois, o esloveno Prevc fez 130,5 metros, conseguindo fechar as duas séries de salto com 0,6 pontos à frente de Jacobsen
Por fim, foi a vez de Kamil Stoch. Muitos se perguntam como o polaco poderia reagir à pressão, mas no final o campeão polaco provou ter a força de vontade necessária para controlar seus nervos e mais uma vez fez o melhor salto das séries, com 130 metros. O que somado ao salto anterior de 131, 5 metros lhe garantiu duas notas 19 e uma 19,5 dos juízes em 20 possíveis.

O título de campeão mundial na categoria Individual para Homens - HS134 ficou com o polaco:

1 -  Kamil Stoch (POLÔNIA) 295,8 pontos
2 - Peter Prevc (SLO) 289,7 pontos
3 - Anders Jacobsen (NOR) 289,1 pontos
4 - Wolfgang Loitzl (AUS) 284,9 pontos
5 - Jan Matura (CZE) 281,4 pontos

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Festa da Colheita na Colônia Murici

A tradicional Festa da Colheita da Colônia Murici acontece no próximo domingo (03) na Paróquia Sagrado Coração de Jesus. 
A festa é organizada pela comunidade da Colônia Murici, conta com o apoio da Prefeitura de São José dos Pinhais, e tem como principal objetivo agradecer a boa safra que foi obtida durante o ano, além de resgatar aspectos da cultura dos imigrantes polacos. 
Também é uma forma de homenagear os agricultores são-joseenses que neste dia enfeitam carroças e caminhões para participarem do desfile. É um dia especial para o município, com muito lazer e diversão, as famílias aproveitam o domingo com comida típica polaca, muita música e atrações. 
A festa vai contar com missa de abertura, os tradicionais desfiles de carroças enfeitadas, cavalgada e também com a exposição de produtos e maquinário agropecuário. 

Programação: 
09h30 – Santa Missa; 
09h45 – Cavalgada com saída da Chácara do Catapan (em frente a igreja do Cupim – Costeira do Cupim); 
10h45 – Desfile encenando o agradecimento a colheita: Mensagens das Capelinhas, Grupos folclóricos: Wawel, Cuore D'Itália e Alma Fandangueira, cavaleiros, carroças, tratores e caminhões; 
11h30 – Almoço: risoto, churrasco e costela fogo de chão (trazer pratos e talheres), e show musical com o trio Só Três e Nhô do Rodo e Zé da Enxada;
12h00 – Roleta com rodadas especiais de 12 prêmios com um boi no 1º prêmio; 14h00 – Bingo beneficente (1º prêmio: R$ 1.000,00 e dezenas de outros prêmios); 
16h00 – Apresentações folclóricas grupos: Wawel e Alma Fandangueira; 17h30 – Show de prêmios (1 moto 0 km, netbook, TV´s e bicicletas); 
18h00 – Show musical com Gustavo e Gabriel. 

A colônia Murici Situa-se a 10 Km do centro de São José dos Pinhais, ela surgiu na terceira etapa da colonização polaca no Paraná. 
Após a bem sucedida experiência com a colonização polaca em Curitiba, o governo da Província decidiu estender o processo ao município vizinho de São José dos Pinhais. 
Foram adquiridos 2.891 hectares, pois houve dificuldades de desapropriação, já que quase todos os terrenos ao redor de Curitiba eram propriedades particulares. Os problemas na hora da compra eram enormes, pois os títulos de propriedades eram muitos confusos e quase sempre aparecia mais de um proprietário reivindicando a posse. 
Esta área adquirida foi dividida em 4 colônias: Zacarias, Murici, Inspetor Carvalho e Coronel Accioly. A Colônia Murici foi criada, em abril de 1878, e compreendia os lotes entre os rios Miringuava e Pequeno e nela foram assentadas 20 famílias.
No dia 6 de junho de 1878, segundo registros da Paróquia de Murici, chegaram 60 colonos procedentes da Galícia (região de Gorlice, Malopolska e Podkarpacie) e Prússia (Região da Silésia).
Os novos imigrantes chegaram com o navio inglês Paschoal, em Paranaguá. Foram transladados para outro barco, no qual atracaram no Porto de Antonina, de onde vieram em carroças até o planalto curitibano.
A data de fundação da nova colônia foi fixada em 21 de setembro de 1878. A colônia Murici recebeu este nome em homenagem ao médico José Cândido da Silva Murici.
O primeiro batizado de um filho de polones, ocorreu no dia 3 de janeiro, com Francisco, filho de Wojciech Gottfried e Maria Muszynska. Foram padrinhos Wojciech Mikos e Anna Ciulis. O documento paroquial assinala que todos, exceto o pequeno Francisco, procediam da região da Silésia polaca (na época sob o jugo invasor dos alemães).
A colônia Murici de 876 hectares foi dividida em 72 lotes. Segundo levantamento de Edmund Wos Saporski, em 1893, a população da Colônia era de 240 imigrantes polacos, 82 filhos nascidos no Brasil e outras 57 pessoas de outras nacionalidades (brasileiros, italianos, ucranianos).
Devido às dificuldades, as casas foram construídas em mutirão, as paredes eram feitas com troncos de seis a nove metros de comprimento e, aproximadamente, cinquenta centímetros de diâmetro, encaixados uns nos outros pelas extremidades entalhadas.