Contudo, a pequena comunidade de estudantes brasileiros sim, reúne-se regularmente em Cracóvia. O cônsul honorário brasileiro (um polaco) promove reuniões de tempos em tempos. Geralmente em algum bar, ou restaurante da cidade. Ele passa alguma informação e em seguida abre a rodada de cerveja.
Atualmente, apesar do grupo estar diminuindo, devido ao retorno ao Brasil daqueles que encerram ou desistem de seus estudos, os encontros para uma cervejinha continuam ocorrendo... e a cerveja polaca é das melhores. Difícil é escolher entre Okocim, Tyskie, Żywiec, Tatras, Lech... Nos últimos dois anos, os encontros de fim de semana acontecem num bar, propriedade de um argentino e de um mexicano amigos, o "El Sol Latino". Aí já foram realizadas várias festas brasileiras... Até carnaval. Leva-se CDs com MPB e é só samba o que se ouve. Porém, procura-se um outro local. Quem sabe um autênticamente brasileiro, onde não se precisará ouvir a mesma "salsa" o tempo todo e não será necessário abrir alas para o samba na marra. - Algum empresário se habilita?
Também costuma haver encontros em datas como o Natal e a Páscoa, ou outro feriado mais prolongado. Quando não se organiza uma "lingüiçada", em Cracóvia mesmo, a reunião ocontece em Zakopane, onde se aluga quartos naquelas casas "Noclegi" e se faz feijoada e se degusta caipirinha. Sempre com muita animação! E, às vezes, com convidados de outras cidades e até países. Nos últimos dois encontros havia pessoas da Rússia e até brasileiros em viagem por aqui. Evidentemente que não são só os 11 estudantes vivendo em Cracóvia (todos descendentes de polacos do Paraná e Rio Grande do Sul). Uma estimativa "empírica" mostrou que havia cerca de 33 brasileiros, no total, na cidade, ano passado e todos de alguma forma eram conhecidos. Entretanto, agora com esta "onda" de ilegais brasileiros vindo tentar se casar com "polaquinhas" para regularizarem suas situações no Reino da Elizabeth, este número fugiu do controle.
Esquiando no natal em Zakopane
Há nestes estudantes brasileiros de maneira geral, um orgulho de estarem estudando e vivendo na terra de seus avôs e bisavós. Possuem além do sentimento de brasilidade, de amor as cores verde e amarela, do paladar que clama por feijão e cachaça, sobrenomes com a mesma origem comum polaca. Os encontros da comunidade brasileira estudantil de Cracóvia conseguem reunir o amor pelo Brasil e o respeito pela origem polaca, por isso alguns polacos e polacas que falam português também costumam participar das "festas brasileiras" de Cracóvia.