sábado, 7 de fevereiro de 2009

Eslovacos estão comprando na Polônia


Foto: Marek Podmokły /AG

Os eslovacos estão vindo comprar na Polônia. A cidade de Nowy Targ, a cerca de 70 km de Cracóvia e a menos de 30 da fronteira com a Eslováquia foi pega de surpresa com a avalanche de fregueses eslovacos. Mas não perdeu tempo e já ostenta cartazes nos dois idiomas, polaco e eslovaco.
O motivo? Os eslovacos estão desde primeiro de janeiro na Zona Euro, assim trazem em suas carteiras notas de Euro e não as antigas e desvalorizadas coroas. Com a depreciação do złoty ( 1Euro = 4,45 zł)  ficou mais interessante para os vizinhos virem fazer suas comprar na Polônia.
Os eslovacos estão vindo para comprar bebida alcóolica, cigarros, cosméticos, sapatos, carne em conserva, peixe, manteiga, queijo, tapetes e móveis. Nos postos de gasolina polacos, na zona de fronteira, fazem filas e mais filas com carros da Eslováquia querendo encher seus tanques.
"Na Polônia agora é muito mais barato. Os polacos perguntam para nós se a causa de nossas viagens para cá é devido a mudança para o Euro. Sim! Estamos há algumas semanas vindo comprar aqui. Não é tão longe e a gasolina é barata. Bem! Mas não é bem assim. Os preços lá continuam os mesmos, mesmo com a mudança, mas é que o Euro ficou mais caro na Polônia e por isto os preços aqui são mais baratos para nós." explicou Lubos Bukovy de Bański Bystrzycy, que na última quarta-feira veio a Jabłonki comprar tapetes para sua casa reformada.
Por outro lado (e do outro lado, desculpa-me o trocadilho), na loja de Stafan Planiety "Potraviny Trend" em Trsten, na Eslováquia logo depois da ponte que separa as duas fronteiras, em Chyżny (cidade da Polônia), a cerveja Kelt (eslovaca) de 4,2% de álcool não é assim tão cara. Custa 0,52 euro, ou seja 2,60 zł. Chocolate de 200 gramas está 1,52 euro, ou 7,60 zł. A garrafa de meio litro da famosa vodka Becherovki custa 6,37 euro, ou 31,85 zł. Mas a cerveja tcheca Pilsner custa 0,95 euro, ou 4,75 zł, ou seja, bem mais caro que nos mercados da Polônia, onde a considerada melhora cerveja do mundo custo 3,40 z zł.

Exposição Katyn na Lituânia

Cena do filme de Wajda. Soldados polacos confinados antes de serem assassinados.

Uma exposição polaca sobre o genocídio de Katyń foi aberta na Universidade de Klaipeda, na Lituânia. A mostra é organizada pelo IPN-Instituto da Memória Nacional da Polônia em cooperação com o Instituto Polaco de Vilnius e conta com o patrocínio honorário do primeiro-ministro lituano.
Na abertura da exposição foi apresentado o filme "Katyń" do famoso cineasta polaco Andrzej Wajda.
"Nossa exibição, O Crime Katyń, apresenta informações sobre o pacto Ribbentrop-Molotov, mostrando os alemães e os soviéticos invadindo a Polônia no começo da segunda guerra mundial e finalmente os crimes cometidos contra os oficias polacos em Katyń pelos soldados soviéticos",disse Agnieszka Rudzińska do Institute da Memória Nacional. 
Esta é a primeira exposição preparada por polacos e apresentada na Lituânia. Rudzińska acrescentou que, "a consciência sobre o genocídio de Katyń deve existir também na Lituânia, porque algumas vítimas eram desta região. Mas do lado polaco nunca foi preparada uma exibição como esta em idioma lituano".

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Da Vinci fica em Cracóvia

A Madona de Da Vinci em Cracóvia. Foto: Michal Lepecki / AG

A Prefeitura de Cracóvia e a Voivodia da Małopolska se uniram para defender integralmente as coleções artísticas do Muzeum Czartoryski. Nesta quinta-feira um comunicado neste sentido foi divulgado: "não concordamos com a tranferência das coleções do museu para a cidade de Puławy."
Tudo isto porque a Fundacja Czartoryski planeja restaurar e reformar o museu de Cracóvia, onde entre outras obras está um dos ícones da cidade, "Dama z gronostajem" (A Madona e o Arminho), de ninguém menos que Leonardo da Vinci.
Segundo Adam Zamoyski, presidente da Fundação Príncipe Czartoryski, os planos são levar parte das coleções para o Castelo de Puławy, onde por iniciativa Isabella Czartorysky, esposa do último rei polaco, August Poniatowski, foi criado o museu em 1801. Os tesouros da família estão na mansão da família em Cracóvia há quase cem anos. Durante a segunda guerra mundial, a família conseguiu esconder a obra de Da Vinci e de outros grandes pintores na Espanha. Terminada a guerra as coleções escondidas da sanha criminosa alemã voltaram a Cracóvia, onde com o regime comunista se tornaram propriedade do Estado, e a mansão virou uma das unidades do Museu Nacional da Polônia.
"As coleções ficarão em Cracóvia", garantiu o prefeito Jacek Majchrowski. A Fundação Czartoryski não nega que nos últimos 50 anos o governo tem conservado a casa e financiado todos os gastos, o que em cifras atuais é de 5 milhões de złotych anuais.
Na reforma comandada pelo escritório de arquitetura "Biuro Projektów Lewicki Łatak" participa também o britânico Morris Associates. A diretoria da Fundacção não deu nenhuma idéia ainda sobre como financiar o projeto.

Polaco agita música brasileira


O polaco Paweł Kucharczuk também conhecido como DJ ED SZYNSZYL é um animador cultural de Varsóvia, que preside a Fundação Cultural Brasileira „Macunaima” e da agência artística Ed Szynszyl Production, além de parceiro do portal www.brasil.com.pl.
Há 10 lat anos ele apresenta um programa de rádio com música brasileira na Jazz Radio 1006.8FM, sintonizada em toda a Polônia e países vizinhos. Especializou-se em música latinoamericana com destaque para a música brasileira.
Nos últimos anos tem dirigido o Festival de Cultura Brasileira e o desfile de rua em Varsóvia com bateria e passistas.
Psicólogo social colaborou com vários projetos culturais envolvendo a música do Brasil como o dos grupo Primitivo, Clue Źródło - Scena Muzyki Świata, Sheesha Lounge (Klub Arabski), Kamala (Klub Hinduski), projeto educacional Sociedade Cultura Brasileira e o festiwal "Planeta Latina".
Nesta sexta-feira, 06 de fevereiro, ele se apresenta como o Disk-Joquei ED SZYNSZYL na festa Carnaval Tropical, do Lemoniada Music Club de Wrocław, a partir das 20 horas, com entradas a 10 zl para mulheres e 20 zl para homens. A discoteca fica na "Stare Miasto" (cidade velha), ulica Kuznicza 10. 

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Mais um estádio para Cracóvia 2012


Estádio atual do Clube Cracovia. Foto: Mateusz Skwarczek / AG

O Conselho Municipal concordou nesta quarta-feira, que o prefeito Jacek Majchrowski pode assinar contrato para a construção do novo estádio do Clube de Futebol Cracovia, o qual a prefeitura deverá pagar somente no próximo mandato. Segundo alguns analistas será preciso investir 200 milhões de złotych. Este dinheiro será parcelado em quatro anos, mas a soma mais alta de 80 milhões de złotych, será descontada somente no ano de 2012.
A única exigência é de que o estádio esteja pronto antes da Euro 2012. Até 2011, ou seja, último ano do mandato do atual prefeito Majchrowski, do orçamento municipal tal soma não será suficiente. Segundo o departamento de investimentos a contrução somente este ano consumirá 35 milhões de złotych. Parte do estádio deverá ficar pronto já em abril de 2010, quando os trocedores já poderão sentar-se confortavelmente numa das tribunas de arquibancadas. A previsão é que o estádio fique pronto em dezembro de 2011. 
O Clube Cracovia, (sem acento pois está escrito em Latim. Em idioma polaco a grafia da cidade é Kraków) com mais de cem anos de existência é o grande rival do Wisła Kraków, também centenário clube de futebol da cidade e que está construindo um estádio, em fase final de projeto, para 40 mil pessoas, visando também a Euro2012. Aliás, é o estádio em fase mais adiantada de construção dos seis projetados para a Copa das Seleções Européias.
A cidade de Cracóvia, que ainda está na condição de reserva, poderá ficar de fora do grande evento futebolístico europeu mesmo tendo dois modernos estádios prontos. A decisão das 4 cidades sedes da Euro2012 acontece em maio próximo. Varsóvia, Gdańsk, Poznań e Wrocław são as cidades titulares até o momento e Katowice (maior região metropolitana do país com mais de 3,5 milhões de habitantes. A capital Varsóvia tem 2 milhões de habitantes) e Cracóvia são as reservas. Katowice já possui o maior estádio na Polônia, palco dos jogos da seleção nacional nas eliminatórias da Copa do Mundo e Euro2008 e Cracóvia com os estádios do Wisła Kraków e do Cracovia correm riscos, mas calculados, a pressão pelas duas cidades é cada vez maior. Enquanto isso Varsóvia tem lá seus problemas na construção de seu estádio nacional e Gdańsk ainda nem começou a sua Arena do Ambar.

Wajda concorre mais uma vez ao Urso de Ouro

Janda e Wajda durante as filmagens

Abre hoje um dos mais importantes festivais de cinema da Europa, o 59º Festival Internacional de Cinema de Berlim com com a exibição do thriller "Trama Internacional", dirigido por Tom Tykwer ("Corra Lola Corra") e estrelado por Clive Owen (ator em "Perto Demais") e Naomi Watts (atriz de "21 Gramas"). O filme trata de temas bastantes atuais nesses tempos de crise financeira internacional: fraudes bancárias, globalização e dinheiro para o terrorismo. O diretor do festival, Dieter Kosslick, disse que escolher a produção para abrir o festival foi "uma espécie de premonição". "Selecionamos o filme de abertura há vários meses, e o que na época era uma ficção se tornou praticamente um documentário" sobre a crise financeira, comentou, em uma entrevista coletiva realizada na semana passada.
Nenhum concorrente brasileiro está presente, mas "Tatarak" com a atriz Krystyna Janda (cristina ianda) e os atores Pawel Szajda e Jan Englert promete trazer para a Polônia mais um Urso de Ouro para o cineasta Andrzej Wajda. (pronuncia-se andjei waida)
A 59ª edição do Festival de Cinema de Berlim terá 26 filmes na mostra oficial, mas apenas 18 concorrentes ao Urso de Ouro entre 5 e 15 de Fevereiro. O júri será presidido pela atriz inglesa Tilda Swinton, ganhadora do Oscar de atriz coadjuvante no ano retrasado por "Contato de Risco".
Wajda vai sofrer a concorrência de grandes nomes do cinema, como Stephen Frears ("Cheri", com Michelle Pfeiffer, o chinês Chen Kaige ("Mei Lanfang"). A cerimônia de encerramento acontecerá no dia 14 de fevereiro. Berlim é, junto com Cannes e Veneza, o mais importante festival de cinema do planeta, segundo os mais exigentes críticos. No ano passado, o brasileiro "Tropa de Elite" levou o Urso de Ouro. José Padilha, o diretor brasileiro, estará presente numa das mostras paralelas, a Panorama, com o documentário "Garapa". O filme, em preto e branco, acompanha o cotidiano de fome e miséria de algumas famílias no interior do Ceará.
"Procurava uma personagem forte de mulher, e isto falta na literatura polaca, por isto novamente recorro a Jarosław Iwaszkiewicz", afirmou Andrzej Wajda. O diretor mais aclamado do cinema polaco procurava um papel a altura do talento e do significado da grande atriz polaca Krystyna Janda, pois queria contar com ela no plano de filmagem.
A atriz, por sua vez, disse que este é o mais importante filme de sua vida e não só de sua carreira. "Interpreto eu mesma", afirmou depois que se encerraram as filmagens. Evidentemente o roteirista Iwaszkiewicz desconversa, dizendo "que não é bem isto, mas sim é um filme sobre a artista que interpreta a personagem Marta."
Janda diz que "No filme se vê como o senhor Andrzej dirige, vemos a equipe que grava as cenas, como montam o cenário. "Talvez seja a única e mais bonita história sobre filmagem." 
A atriz afirma que o trabalho em "Tatarak" foi para ela um encontro com seu melhor amigo. E por isso alerta, que este filme é direto, sincero, simples e incompleto e pode estranhar alguns. Mas o filme deverá mesmo intrigar o juri do festival berlinês e talvez por isto mesmo pode se qualificar ao prêmio máximo.
O argumento de Iwaszkiewicz se passa nos anos 60. Marta, esposa de um médico incansável no trabalho, fica sabendo que está muito doente e no fim da vida confidencia sobre a sua mais íntima história, fala sobre a insatisfação no amor.
O filme de Wajda será apresentado somente no dia 13 de fevereiro, quando Berlim recebe a maioria de seus convidados. Wajda terá que convencer os júri contra o já citado filme britânico "Cheri", o francês-italiano "Ricky" de Francois Ozona, o alemão-dinamarquês "Storm" de Hans-Christian Schmid e o Norteamericano "My One and Only" de Richard Loncraine com Renee Zellweger e Kevin Bacon.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Polacos estão bebendo menos


Foto:  Bartosz Bobkowski / AG

Os polacos ainda não se envergonham de beber álcool. É o que concluíram os técnicos da PARPA - Państwowa Agencja Rozwiązywania Problemów Alkoholowych (Agência Estatal para a Extinção do Problema do Alcoolismo) após perguntar aos polacos quanto bebem de álcool.
Os resultados da pesquisa, contudo, são melhores do que seis anos atrás, quando os polacos responderam que em média bebiam seis litros de bebida alcóolica (vinho, cerveja ou vodca). Hoje, os polacos dizem beber 4,8 litros, ou seja, um decréscimo de 1,2 litros em relação há seis anos atrás. O que é um recorde na história da Polônia. Um dado bastante expressivo da pesquisa foi o 28% dos polacos que se declaram abstêmios, quando a média europeia é de 25%.
A pergunta que os estudiosos estão se fazendo agora é: Acabou o mito de que os polacos são beberrões?
Para Krzysztof Brzózka, diretor da PARPA, ao se comparar as sondagens realizadas nestes dois anos com outros dados, como por exemplo, quantos litros de bebidas com 40% de álcool foram vendidos e se encontra uma média de 9 litros, vê que ainda não está bom, mas "nunca os polacos foram tão envergonhados pelo ato de beber como nos dias atuais. Quando comemoramos, gostamos de beber, mas hoje em dia isto tem diminuído bastante. Já é bem pequeno o número daqueles que se orgulham de beber na sociedade polaca", afirma Brzózka.
Noventa por cento da sociedade polaca quer punição para os adultos que permitem crianças beberem e 65% quer que se estabeleça o limite de idade para compra de bebida alcóolica em 21 anos de idade
Segundo a PARPA existe um novo tipo de polaco bêbado. "É aquela pessoa, em boas condições financeiras, que acredita que o álcool ajuda na luta contra o stress provocado pela esforço de trabalho. Esta pessoa toma uma taça de vinho, um drink, ou uma cerveja e não tem consciência de que já caiu no vício do alcoolismo".

Mostra de filmes polacos no Brasil

Projeto: Marcin Kaspzyk

Doze cidades brasileiras recebem a partir de 10 de fevereiro a mostra "100 anos da cinematografia polaca". São 14 filmes retratando um século da história do cinema e da cultura da Polônia, que pela primeira vez percorre um número tão significativo de cidades no Brasil.
Foram selecionadas produções desde o cinema mudo como o filme "Mocny człowiek", de 1929, traduzido para o português com o título "Homem Obstinado" de Henryk Szaro até a mais recente produção de "Lejdis" de Tomasz Konecki, de 2008.
A mostra ilustra a riqueza, criatividade e aspectos específicos da criação cinematográfica polaca em várias épocas. Por um lado estão as mais recentes produções e por outro uma retrospectiva da ficção polaca. Os filmes foram dirigidos por cineastas reconhecidos mundialmente, como Wajda, Zanussi, Jakimowski, Bugajski e Kawalerowicz.
Pela primeira vez, uma mostra tão representativa do cinema polaco, será totalmente legendada em português. Todos os filmes receberam um tratamento especial por parte dos organizadores da caravana do filme polaco em terras brasileiras. O trabalho de tradução para as legendas e informações técnicas dos filmes obedeceu os critérios do português falado no Brasil. 
A mostra está sendo organizada pela Agência de Promoção Mañana, pela Babel Studio, pelo Intituto Polaco de Arte Cinematográfica e Embaixada da República da Polônia no Brasil.
A caravana começa por Brasília e Rio de Janeiro entre os dias 10 e 28 de fevereiro, seguindo para Belém, entre 10 e 18 de março, continuando até São Paulo, entre os dias 9 e 19 de abril. Até julho a mostra, a cada dez dias, estará em Goiânia, Salvador, Palmas-TO, Belo Horizonte, Curitiba, Florianópolis, Erechim e Porto Alegre. 

Estes são os filmes da mostra:

O Homem Obstinado, de Henryk Szaro, (Mocny człowiek, Polônia, 1929), filme mudo / 78 min / DVD, livre para todas as idades.

Henryk Bielecki é um homem obstinado, que vai atrás da glória e do dinheiro a qualquer preço. Falsifica um cheque para editar sob o próprio nome os manuscritos do amigo, que matou. Mas o amor vence até a sedução da glória e da riqueza obtida a custos da ruína dos outros. Henryk renasce moralmente, sentindo a miséria do próprio comportamento, quando conhece Nina. Para este filme restaurado no séc. 21, a música foi composta por um dos mais conhecidos artistas polacos, Maciej Maleńczuk.




Tchau, até amanhã, de Janusz Morgenstern (Do widzenia, do jutra, Polônia, 1960), P&B / 80 min/ DVD/ 16 anos.
Em uma simples história romântica sobre o encontro de Jacek e Margueritte, os autores do filme entrelaçaram cenas com a participação de criadores e autores dos teatrinhos Bim-Bom e Co To (Que é?). Realizado dentro das autênticos porões estudantis de Gdańsk, tentam desta maneira fixar inesquecíveis espetáculos da segunda metade dos anos 50. No papel principal está Zbigniew Cybulski, diretor, ator e um dos criadores da Companhia do Humor Bim-Bom, e o papel de Margueritte também é real, na verdade era Françoise Bourbon, a filha do cônsul francês, que passava na Polônia as férias e feriados. Na esfera formal, os episódios da vida dos teatros estudantis quebravam o enredo principal da ação, proporcionando ao conjunto um estilo de livre narração, marcante na Nouvelle Vague francesa, que então dava os seus primeiros passos.


O Faraó, de Jerzy Kawalerowicz (Faraon, Polônia, 1965), cor / 175 min / DVD/ 16 anos.
As tropas do jovem Ramsés foram paradas pelo sacerdote Herhor, que viu na areia dois besouros – as sacras imagens do Deus do Sol, Amon. Para desviar-se dos besouros, as tropas têm que passar por um canal, cavado por um escravo ao longo de anos. Ramsés em vão tenta mudar a idéia do sacerdote. No caminho, encontra a linda judia Sara. Encantado pela sua beleza, ele a leva para o palácio. Herhor relata ao faraó que Ramsés não era capaz de comandar o exército. O jovem príncipe de novo experimenta o poder dos sacerdotes. Afastado da política passa tempo em diversões e endividado, toma dinheiro emprestado dos fenícios. Quando Sara dá à luz um bebê seu, a rainha Nikotris e Herhor decidem que o bebê seria educado como judeu, para nunca pretender o trono. No entanto, os sacerdotes preparam um tratato com a Assíria desfavorável para o Egito. Os preocupados comerciantes da Fenícia começam a suportar Ramsés, que declara guerra contra a Assíria.


Terra Prometida, de Andrzej Wajda (Ziemia obiecana, Polônia, 1974) Nova versão 2000), cor / 136 min / DVD / 16 anos.
O jovem engenheiro polaco, Karol Borowiecki trabalha numa fábrica sonhando com o próprio negócio, assim como seus amigos, Moryc Welt, jovem comerciante judeu, e Maks Baum, um alemão, filho do proprietário de uma velha tecelagem. Todos querem realizar seus sonhos aproveitando a notícia do aumento dos impostos sobre o algodão. Esta tarefa vai se tornando difícil com a resistência dos fabricantes de Łódź,(pronuncia-se uúdji e não lóds) que estão com medo da concorrência e com a reação do velho Zucker que ficou sabendo do romance de Karol com sua esposa. Esta nova versão do filme não é um remake do filme original, pois continua sendo o mesmo filme, porém a edição, sofreu novos cortes e a ganhou sonorização no sistema Dolby Digital. Tudo isto feito sob a supervisão do diretor do filme Wajda. Filme indicado para Oscar.


Hotel Pacífico, de Janusz Majewski (Zaklęte rewiry, Polônia/Tchecoslováquia, 1975), cor / 95 min / DVD/ 16 anos. 
Baseado no romance do início do séc. XIX de Tadeusz Kurtyk, conhecido como Henryk Worcell. Um grande restaurante dos anos 30 apresentado pelo lado “da cozinha”. O jovem Roman começa a trabalhar como um lavador de pratos. Para crescer na empresa precisa não só trabalhar duro, mas suportar a dor, humilhações e tomar decisões difíceis. Um dia ele vira barman à custa do amigo, outro dia é promovido a garçom, depois de receber pancadas do chefe. Farto de humilhações e denúncias questiona-se sobrea luta pelo emprego em detrimento da vida particular.



Mimetismo, de Krzysztof Zanussi (Barwy ochronne, Polônia, 1976), cor / 96 min / DVD/ 16 anos.
Um dos mais importantes filmes do "cinema da inquietação moral" trata do problema do conformismo da classe mais culta da sociedade polaca. Num acampamento universitário, o jovem Jarosław encarregado dos assuntos organizacionais, tenta tratar os estudantes com igualdade e parceria, e se esforça pelo bom andamento do Concurso de Trabalhos Científicos dos jovens lingüistas, principal objetivo do acampamento. Ele ignora os avisos do promotor científico Jakub Szelestowski sobre a antipatia do vice-reitor em relação ao centro científico da cidade de Toruń, mas estes avisos não evitaram Jaroslaw em aceitar para o concurso um trabalho atrasado vindo deste mesmo centro.

O Interrogatório, de Ryszard Bugajski (Przesłuchanie, Polônia, 1982) cor, 111 min / DVD / 18 anos.
Definido pelo governo de então como “o filme mais anticomunista da história da Polônia Socialista". Como resultado da pressão do governo, Ryszard Bugajski se viu obrigado a deixar a Polônia e a estréia do filme só aconteceu em 13 de dezembro de 1989, no oitavo aniversário da introdução do estado de guerra.
Antonia Dziwisz, atriz de classe média vai com o seu grupo realizando espetáculos para trabalhadores e em pequenos vilarejos. Acaba sendo presa e torturada com o objetivo de acusar um colega do grupo. Mesmo agredida e maltratada psiquicamente, ela não desiste. Atinge o ápice da depressão somente quando o marido pede a separação devido a falsas acusações de infidelidade feitas pelas autoridades propositalmente. Sai da prisão depois da morte de Stalin e retira do orfanato a filha, que tem como pai um dos perseguidores de sua mãe. 

Sexmissão, de Juliusz Machulski (Seksmisja, Polônia, 1983), cor / 116 min / DVD / 16 anos.
Esta obra lançada em pleno regime comunista é uma genial comédia encenada em um ambiente futurista, com breves cenas que fazem até mesmo lembrar da pornochanchada brasileira. Dissimulado sob uma sátira ao feminismo, o filme é sobretudo uma crítica aos regimes totalitários. Maks e Albert, voluntários em um experimento de hibernação, acordam em 2044 em um mundo subterrâneo, sendo os únicos homens sobreviventes, depois que o gene masculino foi exterminado acidentalmente em uma guerra nuclear. Agora, estas duas cobaias masculinas encontradas em uma escavação arqueológica, na sua busca pela liberdade, irão provocar muita confusão neste mundo só de mulheres.


A Dívida, de Krzysztof Krauze (Dług, Polônia, 1999), cor / 97 min / DVD / 18 anos.
Baseado em fatos verídicos, o filme retrata a trágica história de dois jovens, Adam e Stefan, sócios nos planos de abrir um negócio promissor. Depois de fracassarem inúmeras tentativas de obter um financiamento, um encontro acidental coloca Gerard no seu caminho, ex-vizinho de Stefan, que se oferece para levantar tais fundos. Mas o simpático colega Gerard se transforma num frio cobrador que mudará para sempre a vida destes dois rapazes, bem como a sua própria.




O Meirinho, de Feliks Falk (Komornik, Polônia, 2005), cor / 93min / DVD / 16 anos.
Lucian Bohme, um jovem oficial de justiça, eficiente e inflexível, de maneira quase cruel executa os seus mandados em uma zona pobre e com grande número de desempregados, causando medo e ira. Lucian está ocupado demais com sua carreira para dar atenção aos setimentos e dores alheias. Sua eficácia lhe traz lucros significativos, mas também a inveja. A insensibilidade de Lucian termina quando por sua causa um jovem se suicida no saguão do Tribunal e uma antiga paixão cruza a sua vida. Abalado, resolve distribuir para as pessoas que feriu, o dinheiro recebido de um suborno. Ocasião igualmente aproveitada por seus competidores.



Jasminum, de Jan Jakub Kolski, com o famoso ator Janusz Gajos (Jasminum, Polônia, 2006), cor/107 min / DVD / livre.
Ambientado no mundo do mosteiro do séc. 17, no limiar entre a realidade e o conto de fada, três irmãos soltam cheiros: de azereiro, de ameixa e de cereja. O abade acredita que um deles é um santo previsto pela antiga profecia. Os cheiros exalados pelos sacerdotes têm o poder de despertar nas pessoas uma louca paixão. Um dia no mosteiro aparece Natasha - uma jovem restauradora de arte com uma filha de 5 anos, a Gienia. Natasha restaura as obras e compõe os cheiros. Ela consegue achar na lenda do mosteiro a chave para o cheiro afrodisíaco. Depois da saída de Natasha e Gienia no mosteiro acontecerá um milagre, mas diferente do esperado pelo abade.



Praça do Salvador, de Joanna Kos-Krauze e Krzysztof Krauze (Plac zbawiciela, Polônia, 2006), cor / 105 min / DVD / 18 anos .
Drama familiar baseado em fatos reais. Beata e Bartek, pais de dois filhos, se mudam para a casa da mãe de Bartek, Sra.Teresa. O casal dedicou todas as suas economias para a compra de um apartamento, mas a construtora faliu e o apartamento foi tomado pelo banco. Endividados e sem o sonhado apartamento, vivem do salário de Bartek e de sua mãe Teresa. Beata largou os estudos quando ficou grávida e agora não consegue encontrar um emprego. Teresa, que criou um filho mimado e irresponsável. Ela não esconde a sua aversão pela nora e defende seu filho em qualquer situação.




Truques, de Andrzej Jakimowski, (Sztuczki, Polônia, 2007), cor / 95 min/ DVD/ livre.
Filme autobiográfico. Stefek, um menino de 6 anos, e a irmã dele, Elka de 17 anos, acreditam que o destino pode ser conduzido pelos truques. O pai do Stefek abandonou a mãe por uma outra mulher. O menino desafia o destino. Acha que uma cadeia de acontecimentos provocados por ele vai aproximá-lo do pai. Elka ensina para ele como “subornar” o destino pelas pequenas oferendas. Mas no momento decisivo as crianças não têm nada valioso para oferecer.



Ladies, de Tomasz Konecki (Lejdis, Polônia, 2008), cor / 134 min / DVD / livre.
Ambientada na cidade grande, esta comédia gira em torno da vida íntima de quatro mulheres e suas relações com os homens. Amigas desde a infância, mantêm desde então o costume de realizar o Revellion em pleno verão (o reveillon na Polônia acontece no inverno europeu), quando dividem os sonhos para o ano novo. A vontade de ter um filho, ter seios maiores, casar ou ser uma eterna solteira são alguns dos sonhos que, somados a um enredo de traição, paquera, absurdo e sobretudo muito amor, desvendarão um pouco do mistério feminino.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Ídolo do futebol é preso na Polônia

Foto: Lukasz Cynalewski / AG

Poznań está sob estado de choque! Piotr R. - um dos mais conhecidos e ovacionados jogadores de futebol da cidade foi detido pela polícia e transferido para a casa da detenção de Wrocław junto com o gerente da equipe do Lech Poznań, Przemysław E
Os dois são acusados de corrupção no futebol polaco. Piotr R. e Przemysław E. foram presos na manhã de ontem. Przemysław E.  foi ouvido ontem na promotoria e soube que contra ele pesam qautro acusações. 
O promotor Edward Zalewski irá ouvir nesta terça-feira o jogador. Piotr R. capitão da equipe do Lech, que está disputando a Copa da UEFA. A acusação contra ele é de que teria aceitado subordo na temporada 2003/2004, em que o Lech perdeu o jgo para o "Świtem Nowy Dwór Mazowiecki". 
Antes das duas detenções de ontem já havia sido detido pela mesma razão de Piotr R. outro jogador da equipe,  Zbigniew W.  Os detidos passaram a noite na cadeia em Wrocław onde a procuradoria regional investiga casos de corrupção no futebol polaco. Os torcedores e a própria cidade estão sob choque, porque Piotr R. é um ídolo. Sempre o mais procurado para entrevistas, o mais parabenizado e adorado pelas crianças.
A diretoria do Lech Poznań reuniu-se na tarde de ontem e o vicepresidente Arkadiusz Kasprzak disse estar chocado com a detenção de seu jogador. O dirigente afirmou que o presidente está de viagem, mas que na quinta-feira estará de volta, até lá o clube não tomará nenhuma atitude. "No momento não axiste formalmente uma acusação contra o Piotr. Com a chegada do presidente Jacek Rutkowski veremos o que temos que fazer em relação a este assunto. Se realmente as acusações foram comprovadas e ele condenado, então não poderemos renovar seu contrato e o atual será encerrado. Mas tudo isso ainda será motivo de julgamento pela justiça e pela diretoria do clube." Aliás contra o clube não foi apresentada nenhuma acusação. 

Brasileiro na Polônia - 4

O blog JAROSINSKI do Brasil está procurando ouvir a opinião de brasileiros que vieram para a Polônia, para estudar, trabalhar e aqui foram ficando. O quarto brasileiro a responder o questionário foi Alexandre Afonso. Baiano, amante de música, ele chegou na Europa pela Espanha, onde foi descoberto por um grupo que promove a cultura brasileira na Polônia e na Alemanha. Conhecido pelo nome artístico de DJ Alex Baxter, ele agita as noites polacas em discotecas pelo país inteiro. Seu trabalho pode ser conferido no sítio www.myspace.com/djalexbaxter . Morando há um ano e meio em Varsóvia, ele trabalha como Disck-Jockey, músico e produtor musical.

JAROSINSKI do Brasil - O que mais gosta da Polônia?

Alexandre - Da tranquilidade em poder sair caminhando pelas ruas a qualquer hora da noite, o transporte que funciona super bem (aqui em Varsóvia), a cerveja (pra mim, a melhor do mundo) e a simpatia das pessoas que vivem nas vilas da Polônia... sou super bem recebido por eles. 

JAROSINSKI do Brasil – O que não gosta da Polônia?

Alexandre - O trânsito (digo qualidade do asfalto, sinalização e organização), a discriminação nas portas das "boites" (devido à seleção que fazem das pessoas que podem e não podem entrar), pessoas muito idosas de joelhos pedindo dinheiro em via pública (não que seja culpa deles), o clima no inverno porque escurece muito cedo, alcoólatras bebendo nas ruas e espalhados por tudo quanto é canto da cidade e as ruas mal iluminadas de Varsóvia!!!

JAROSINSKI do Brasil – Quais as maiores dificuldades que encontrou na Polônia?

Alexandre - Idioma e o reconhecimento do meu trabalho.

JAROSINSKI do Brasil - O idioma é assim tão difícil como se orgulham os polacos?

Alexandre - Bota difícil... e impossível aprender se não estas em uma escola de línguas!!!

JAROSINSKI do Brasil – É possível viver aqui sem aprender o idioma polaco?

Alexandre - Sim, porém se vive com muitas limitações... o inglês facilita a vida, mas o legal mesmo é aprender a língua !!!

JAROSINSKI do Brasil – A Polônia que você encontrou é diferente daquela cultuada pelos descendentes de imigrantes no Brasil?

Alexandre - Bem, minha descendência é italiana e não tenho família polaca, porém pelo que li em livros e artigos sobre a história polaca, hoje se vive muito limitado e sem a mesma alegria de antes devido às guerras e o comunismo, esse é o meu entendimento.

JAROSINSKI do Brasil – Você acredita que a Polônia já se libertou de seu passado comunista?

Alexandre - NAO!!!

JAROSINSKI do Brasil – Como você define a juventude polaca?

Alexandre - Pra frente, com muita vontade de mudança!!!

JAROSINSKI do Brasil – Qual sua opinião sobre os idosos polacos?

Alexandre - Bem retrógrados, não estão adaptados ao Séc. 21... mas não por culpa deles, mas sim pelas mágoas que carregam do Séc. 20!!!

JAROSINSKI do Brasil – Que nomes famosos polacos você cita sem muito esforço?

Alexandre - João Paulo II e Chopin. 

JAROSINSKI do Brasil – Qual o prato da cozinha polaca que você mais gosta?

Alexandre - Golonko e Pączek (estou falando sobre joelho de porco e o famoso sonho) e a imensa variedade de sopas. 

JAROSINSKI do Brasil – Qual prato da cozinha polaca você sabe preparar?

Alexandre - Pierogi e algumas sopas!!!

JAROSINSKI do Brasil – Beber aqui é um prazer, ou uma imposição ditada pela tradição?

Alexandre - Já deixou de ser um prazer, porque o número de alcoólatras é muito alto e aqui só se pára de beber quando estas bêbado, quase caindo no chão e não vejo prazer nisso!!!

JAROSINSKI do Brasil – Com que frase você define a Polônia?

Alexandre - Um país acolhedor que tem muito para crescer se não ficar remoendo o seu passado... Tem que se pensar pra frente e não ficar culpando a Alemanha, ou a Rússia que destruíram seu país em guerras passadas!!!

JAROSINSKI do Brasil – Qual teu conselho para quem vem visitar a Polônia?

Alexandre - Aconselho visitar a Polônia, no período de inverno e conhecer as suas belas montanhas, esquiar, nadar em suas piscinas térmicas naturais no meio da neve, conhecer os seus castelos que é algo surpreendente. Para quem é aficionado por guerras, aqui também é o lugar certo pra se visitar.

JAROSINSKI do Brasil – Volta para o Brasil com saudades do que viveu na Polônia?

Alexandre - Somente volto ao Brasil de férias... minha vida agora é na Europa!!!

Hotel de Varsóvia entre os melhores da Europa

Foto:  Maciej Zienkiewicz / AG

O Hotel Le Méridien Bristol de Varsóvia está no 11º. posto de melhor hotel da Europa e o 57º. no mundo. A excelente colocação foi dada pelos leitores da revista norte-americana "Travel&Leisure". Apenas dez europeus ficaram na frente do Bristol como os melhores hotéis do mundo.
Na Europa o melhor hotel é o francês quatro estrelas "Domaine des Hauts de Loire" em Onzain. Os outros nove hotéis se encontram nas cidades de Roma, Paris, Bruxelas, Budapeste, Praga e Veneza.
O varsoviano Bristol ficou na frente do Dorchester de Londres, do Bristol de Viena e do parisiense Ritz. No ano anterior o hotel varsoviano não ficou nem entre os 50 melhores hotéis do continente. A Pesquisa da revista é feita pela 13ª vez.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Motorista dos políticos estava bêbado

Com 1,4 mml de álcool por litro de sangue, o motorista do ônibus, que levava de volta para Kielce, os delagados do PiS (Partido Direito e Justiça) que participaram do Congresso do Partido, neste fim de semana em Cracóvia foi detido pelo controle policial próximo a Miechów, na estrada que liga as duas cidades.
O motorista de 31 anos estava bêbado e transportava 45 pessoas, as quais não se deram conta do estado de embriaguês do condutor. Daniel Walas do PiS de Kielce disse que "ninguém percebeu se o motorista dirigia ziguezageando ou não".
Todos ficaram na estrada por mais de duas horas até que um outro motorista da empresa de frete contratada chegasse. O motorista infrator vai responder a processo de acusação de embriaguês e uma vez condenado irá cumprir pena de dois anos de prisão.

Handebol: Medalha de bronze para os polacos

Foto: Kuba Atys / AG

A grande campeã do 20º Campeonato Mundial de Handebol, encerrado neste domingo, foi a equipe da França, que bateu os donos da casa, a Croácia por 23 a 19, num jogo emocionante que estava empatado em 19 a 19 até três minutos do apito final.
Mas para os polacos, o time dos sonhos, foi a seleção da Polônia, que ficou com a medalha de bronze, em terceiro lugar. E isto porque perdeu na semifinal justamente para a Croácia, vice-campeã.
Na disputa pelo terceiro lugar, os polacos se impuseram aos dinamarqueses - atuais campeões europeus - e ganharam por 31 a 23.
Estes são os jogadores "brozowy" da Polônia: Szmal, Malcher - Siódmiak, Jaszka, K. Lijewski, Kuchczyński, Bielecki, B. Jurecki, Jurasik, M. Jurecki, Tłuczyński, M. Lijewski, Gliński e Wleklak

O Brasil ficou em 21º lugar na competição. Uma frustração que remete à saudade do velho mestre curitibano Mauro Rodacki (descendente de polacos) e que um dia fez o handebol da seleção brasileira ser reconhecido no mundo inteiro. Com a saída do professor de educação física do CEFET-PR (Curitiba) do comando da seleção brasileira, o handebol do Brasil nunca mais foi o mesmo.

A Polônia melhorou nesses 20 anos

A principal manchete do jornal Gazeta Wyborcza, desta segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009 é: "Esta Polônia é Melhor". O título é resultado de uma enquete realizada pelo jornal junto aos seus leitores. "Nestes 20 anos de queda do sistema soviético, as mudanças foram por uma Polônia melhor. Mas será que aproveitamos nossa liberdade?".


A tabela da sondagem pública da Gazeta responde a questão: Bom ou ruim que há 20 anos mudou na Polônia o regime da PRL - República Popular da Polônia para a III RP - Terceira República da Polônia?
As respostas em percentuais foram:
Boa (Dobrze) = 65%
Ruim (Źle) = 9%
Nem boa, nem ruim (Ani dobrze, ani źle) = 21%
Na média 5% respondeu = Difícil dizer 

Não está na tabela acima, mas no texto da reportagem aparece que 9% dos que responderam sentem saudades do comunismo. Entretanto, nem tudo mudou para melhor. Segundo outras pesquisas, nos últimos vinte anos, os polacos ficaram bem mais europeus, passaram a ter uma melhor educação, ficaram mais ricos e mais trabalhadores, e até mais bonitos. Mas se paga um preço alto para uma saúde cada vez pior e um "stress" muito maior. Em torno de 91% dos polacos alertam que estão muito mais estressados do que estavam durante a Polônia comunista. Não se tem mais tempo para os amigos e agora só se escontra gente interesseira.

Brasileiro na Polônia - 3

O terceiro brasileiro a responder ao questionário do blog JAROSINSKI do Brasil foi Fernando Wieliczko. Ele chegou, em outubro último, em Wrocław, para fazer o curso intensivo de idioma polaco e com pretensões de prosseguir na graduação universitária no curso de informática da Universidade Iaguielônia de Cracóvia. Filho de polaco com uma paulista (com cidadania portuguesa), Fernando nasceu em Pedregulho, interior do Estado de São Paulo e vice em Rio Claro, mesma cidade no lendário presidente do MDB, Ulisses Guimarães. Aos 18 anos, ele diz gostar de Wrocław, mas não vê a hora de se mudar para Cracóvia. Portanto, de influência polaca ele só teve o pai, pois em ambas as cidades é praticamente inexistente alguém de ascendência polaca.

JAROSINSKI do Brasil - Por que veio parar Polônia?

Fernando - Estudo.

JAROSINSKI do Brasil – O que mais gosta da Polônia?

Fernando - A paisagem e o clima..

JAROSINSKI do Brasil – O que não gosta da Polônia?

Fernando - A falta de limpeza na cidade e em transportes públicos; A falta de emprego e o baixo pagamento aos cidadãos, inclusive aos com profissões à nível universtiário.


JAROSINSKI do Brasil – Quais as maiores dificuldades que encontrou na Polônia?

Fernando - Adaptação à moradia, mas que por sua vez não está diretamente relacionado ao fato de eu estar na Polônia.

JAROSINSKI do Brasil - O idioma é assim tão difícil como se orgulham os polacos?

Fernando - O idioma contém muita informação, portanto quem deseja aprender o idioma em um curto período de tempo, tem problemas para decorar e conversar tanto em um tão curto período, já que os polacos decoram tudo e não entendem o porquê de usar aquilo, não compreendem a gramática.

JAROSINSKI do Brasil – É possível viver aqui sem aprender o idioma polaco?

Fernando - Teoricamente sim, porém com grandes dificuldades, dependendo do nível social, já que apenas os jovens falam inglês, porém não todos.

JAROSINSKI do Brasil – A Polônia que você encontrou é diferente daquela cultuada pelos descendentes de imigrantes no Brasil?

Fernando - Não conheci muitos imigrantes polacos no Brasil.

JAROSINSKI do Brasil – Você acredita que a Polônia já se libertou de seu passado comunista?

Fernando - Em parte sim, em parte não. Muitos velhos são conservadores, o que na minha opinião significa, em parte, comunismo. Com a nova geração de polacos essa situação pode ser alterada.

JAROSINSKI do Brasil – Como você define a juventude polaca?

Fernando - Em geral, assim como todos os outros jovens de outros países: Altamente dependentes, influenciados pela mídia, sem idéias próprias formadas.

JAROSINSKI do Brasil – Qual sua opinião sobre os idosos polacos?

Fernando - Alguns são flexíveis, educados e dispostos a ajudar os outros. Alguns sao inflexíveis, pensando ser mais importantes que os outros. Porém a maioria com visão limitada, um tanto conservadores.

JAROSINSKI do Brasil – Que nomes famosos polacos você cita sem muito esforço?

Fernando - Nenhum.

JAROSINSKI do Brasil – Qual o prato da cozinha polaca que você mais gosta?

Fernando - Pierogi!

JAROSINSKI do Brasil – Qual prato da cozinha polaca você sabe preparar?

Fernando - Pierogi!

JAROSINSKI do Brasil – Beber aqui é um prazer, ou uma imposição ditada pela tradição?

Fernando - Nossas decisões são influenciadas, impostas pela mídia, por amigos, etc. É muito relativo definir se isso é um prazer ou uma imposição.

JAROSINSKI do Brasil – Com que frase você define a Polônia?

Fernando - Terra da mesa farta e comemorações.

JAROSINSKI do Brasil – Qual teu conselho para quem vem para visitar a Polônia?

Fernando - Que visite Cracóvia e arrume um guia turístico que entenda do assunto, para aproveitar o máximo possível.

JAROSINSKI do Brasil – Volta para o Brasil com saudades do que viveu na Polônia?

Fernando - Talvez não, assim como não sinto saudades do Brasil.